Название: Seduzindo Uma Princesa Americana
Автор: Dawn Brower
Издательство: Tektime S.r.l.s.
Жанр: Историческая литература
isbn: 9788835400493
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— Nós nos damos bem — ele respondeu, mas não disse mais nada. Ele afastou o olhar e a girou pela pista de dança.
Ela, provavelmente, deveria dizer alguma coisa, mas não sabia o quê. Às vezes não tinha ideia sobre como conversar fiado. Preferia ler um livro a falar sobre coisas inúteis. Felizmente, não precisou fazer nada. Ele voltou a prestar atenção nela e lhe lançou um dos seus sorrisos encantadores. O tipo de sorriso que levava uma dama a fazer coisas que normalmente não faria. Brianne queria acreditar que isso não a afetava, mas ela também não mentia para si mesma.
— A senhorita está linda esta noite. — A voz dele parecia quente como o mel, pingando doçura.
— O senhor não precisa fingir comigo — ela o repreendeu. — Eu não sou uma das suas conquistas. — Ela se recusava a ser.
— Eu não faria isso com a senhorita — ele insistiu. — Não há fingimento entre nós.
Brianne queria acreditar nele, mas não podia. Se se permitisse, poderia acabar desenvolvendo sentimentos de verdade por Julian. Algo nele a atraía. Mesmo quando ele estava sendo sarcástico, ela gravitava em direção a ele. Ele a tentava de uma forma que nenhum outro homem tinha tentado. As notas da valsa chegaram ao fim, e ele se afastou dela. Ela não olhou para trás enquanto deixava a pista de dança. Era hora de escapar e encontrar a biblioteca ou ao menos um lugar onde a presença de Julian não tomasse todo o espaço…
Julian não tinha reunido tanta informação quanto gostaria. Seus relatórios estavam ficando cada vez menores. As sufragistas não tinham feito qualquer progresso em seu movimento, e ele aguardava ordens do escritório central. Até lá, ele continuaria na América e tentaria aproveitar o seu tempo naquele país.
Hoje era feriado para os Ianques. Eles estavam celebrando o dia de Ação de Graças. Ele tinha sido convidado para jantar com a família Collins. Durante sua estadia em Nova Iorque, ele começou a gostar de toda a família. Até mesmo de Brianne… Sob alguns aspectos, ela era uma menina tola. Ela não parecia acreditar que houvesse qualquer razão para se fazer qualquer mudança na vida dela.
Por algum motivo, apesar da sua missão de observar as sufragistas que queriam um monte de mudanças, Julian estava aborrecido com a atitude blasé de Brianne. Por que ela não queria mais direitos, mais liberdade, mais escolhas? Se lhe fossem negadas liberdades básicas, ele nunca aceitaria aquela situação.
Debruçar-se sobre o funcionamento da mente feminina não ia ajudar em nada. O problema era que ele não fazia ideia do ajudaria. Mas aquilo seria assunto para outro dia. Ele tinha que ir para a casa dos Collins em breve. O jantar começaria logo e ele não queria cometer a falta de educação de chegar atrasado.
Julian saiu de seu quarto no Gramercy Hotel e foi em direção à saída. Assim que chegou lá fora, ele seguiu em direção à casa dos Collins. Não levou muito tempo para chegar. Ele saltou os degraus dois por vez e então bateu na porta. Um homem com cabelo escuro e um pouquinho de cinza e prateado nas têmporas o cumprimentou:
— Lorde Julian — disse ele. — Entre. William disse que o convidou. — William e o pai tinham voltado para a cidade algumas semanas antes. Julian ficou feliz pelo amigo estar de volta a Nova Iorque. Eles se reuniam com frequência no Player’s Club e divertiam um ao outro. Sua estadia na América tinha ficado bastante insípida e monótona.
— Obrigado, Sr. Collins — disse ele. — Por favor, chame-me de Julian. Prefiro não me prender às formalidades. — Especialmente quando a maioria dos presentes ali seriam a família Collins. Ele não precisava manter qualquer aparência com eles.
— Bem, Julian — o Sr. Collins começou. — Então preciso insistir que me chame de Rand. — Ele fez um gesto com a mão. — Venha comigo. Todo mundo está na sala de estar tomando uns drinques antes do jantar.
Eles percorreram um curto corredor. As paredes eram de um rico tom de mogno e um macio carpete azul tinha sido disposto sobre o piso de nogueira. Arandelas alinhadas nas paredes iluminavam o caminho. Eles entraram na sala de estar. A luz do sol atravessava as imensas janelas que iam do chão ao teto e iluminava a sala.
Lilliana Collins estava sentada em uma cadeira perto da lareira. O fogo ardia lá dentro, aquecendo o cômodo. William estava no canto mais afastado, servindo uma dose de brandy. Brianne estava sentada em um sofá, olhando para as mãos. Ele nunca a tinha visto se comportar com tal recato.
— Julian — William gritou para ele. — Venha aqui, vou lhe servir uma bebida.
Uma bebida talvez o ajudasse a enfrentar toda a refeição. Ele não queria estar ali. Se fosse honesto consigo mesmo, ele não tinha certeza do que queria. Estava tão cansado da falta de sentido da sua vida. Julian se juntou a William e disse:
— Uma bebida parece uma excelente ideia. — Ele pegou o brandy que William servira e o bebericou. O licor desceu queimando por sua garganta. — Então, do que consiste este feriado?
— Pouca coisa — respondeu William. — Nós agradecemos por todas as bênçãos que recebemos no último ano e então fazemos um banquete.
— É claro — disse Julian com reserva. Ele deveria estar grato por alguma coisa, mas por tudo o que é mais sagrado, naquele momento, ele não podia pensar em nada em particular.
— Vamos nos juntar à família. Levará mais alguns minutos até o banquete de Ação de Graças ficar pronto. Uma criada virá avisar quando for servido.
Eles foram até onde os pais e a irmã de William estavam. Randall Collins tinha se sentado ao lado da esposa. Aquilo deixava disponível a outra cadeira e o lugar ao lado de Brianne. William se sentou na cadeira antes de Julian, e ele o amaldiçoou em pensamento. Não queria se sentar ao lado de Brianne. Ele gostava das conversas que tinham, mas também não queria encorajá-la. William tinha mencionado que ela estava procurando marido e Julian não queria cair naquela armadilha em particular. Tinha planos para a vida, e eles não incluíam uma esposa. Era o irmão que esperavam que casasse, já que ele herdaria o título. Julian tinha mais opções, e ele pretendia explorar todas elas.
Ergueu o copo de brandy e deu um bom gole. Machucou como se ele estivesse engolindo uma pedra, arranhando a garganta sensível. A queimação veio logo em seguida, aguilhoando as feridas abertas. Uma nova litania de imprecações invadiu a sua mente, e ele mal conseguiu contê-las. Lágrimas ameaçavam escorrer do canto de seus olhos, mas, por algum milagre, ele conseguiu segurá-las. Colocou a copo sobre a mesinha, farto daquele líquido demoníaco.
Julian olhou para o assento vazio, debatendo se seria falta de educação ficar de pé. Ele olhou por tanto tempo que poderia muito bem ter ficado de pé.
— O senhor acha o fato de se sentar ao meu lado desagradável ou se objeta aos sofás por princípio? — É claro que seria Brianne a notar sua posição vertical e a fazer um comentário.
— Nenhum dos dois — negou. — Não quero me sentar no momento. — Uma péssima desculpa, mas não tinha pensado em mais nada.
— Uhummm — ela murmurou.
Ele abriu a boca para responder, mas Julian foi poupado de ser ainda mais grosseiro quando a criada entrou. Uma mulher pequeninha com o cabelo louro quase branco e queixo pontudo chegou ao cômodo. СКАЧАТЬ