Seduzindo Uma Princesa Americana. Dawn Brower
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Название: Seduzindo Uma Princesa Americana

Автор: Dawn Brower

Издательство: Tektime S.r.l.s.

Жанр: Историческая литература

Серия:

isbn: 9788835400493

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СКАЧАТЬ disse.

      Como se Julian precisasse daquela explicação… ele segurou o impulso de revirar os olhos. Por pouco. Em vez de fazer um comentário sarcástico, ele saiu do cômodo logo atrás da família. Os lugares tinham sido dispostos à mesa. Havia seis acentos com plaquinhas em cada um deles. Na cabeceira estava o nome de Randall Collins. À direita dele, o da esposa, Lilliana e à esquerda, o de Brianne. William tinha sido colocado ao lado da mãe, o que deixava Julian ao lado de Brianne. Ele quis gemer. Não, ele queria dar meia-volta e ir embora. Que tolo tinha sido ao aceitar aquele convite. Agora ele não tinha outra escolha a não ser ter alguma conversa com Brianne.

      Com muita relutância, ele puxou a cadeira e se sentou. Os criados os serviram com peru recheado, cebolas cozidas, ostras no xerez, arando em conserva e batatas doces. Julian comeu, mas não prestou atenção em nada do que colocou na boca. Não saboreou nenhum dos pratos, então o que consumia não fazia nenhuma diferença.

      — O senhor deve gostar bastante de cebola — disse Brianne com a voz divertida.

      Julian olhou para o prato. As cebolas dela não tinham sido tocadas, mas ele tinha conseguido comer cada uma das dele.

      — Estão deliciosas. — O que mais poderia dizer? — A senhorita não gosta delas?

      Ela enrugou o nariz em desgosto.

      — Eu as odeio. Se não fosse falta de educação, eu colocaria as minhas no seu prato, feliz, e deixaria que as comesse por mim.

      — Eu ainda posso — respondeu ele. Ele ergueu o garfo para ela. — Seria bastante fácil tirar o conteúdo do seu prato.

      Os lábios de Brianne se inclinaram em um sorriso travesso.

      — Eu o desafio. — A diversão praticamente dançava nos olhos dela. Ele nunca a tinha visto feliz desse jeito, e a visão dela era de tirar o fôlego. Isso lhe deu vontade de fazer exatamente o que sugerira. Se isso trouxesse aquele lado dela à tona…

      — Eu não deveria… — Ele olhou em volta da mesa. William estava em uma profunda discussão sobre equipamentos agrários com o pai. A Sra. Collins estava falando com uma das criadas. Julian não podia ouvir o que ela estava dizendo e não se importava muito. Nenhum deles parecia estar prestando atenção em Julian e Brianne. Não tinha certeza do que achava daquilo.

      Ela suspirou.

      — Eu deveria saber que o senhor não teria coragem de afrontar o decoro. O senhor, lorde Julian, é empertigado por demais.

      Sem pensar, ele ergueu a mão, pegou uma pilha de cebolas do prato dela e as enfiou na boca. Mastigou-as e então as engoliu antes de ela ter a oportunidade de falar. Só que ela não fez isso… Brianne caiu em um gargalhada que parecia ecoar por toda a sala.

      Ele fez uma reverência com a mão na frente de si.

      — Ao seu serviço, milady — disse Julian em tom de gracejo.

      Brianne secou uma lágrima do canto do olho com o guardanapo.

      — Retiro tudo o que já disse sobre o senhor. O senhor não é tão ruim quanto eu pensava. — Ela colocou o guardanapo sobre a mesa. — Eu talvez até mesmo sinta a sua falta enquanto estivermos na Inglaterra.

      Ele franziu as sobrancelhas.

      — Perdoe-me… a senhorita disse Inglaterra? Vocês estão deixando Nova Iorque? — O coração foi quase parar no estômago, e ele não entendeu por que aquelas notícias o deixaram tão alarmado.

      — Sim — respondeu ela. — Partiremos amanhã em um dos navios a vapor da RandCo. O Natal é uma ocasião importante na nossa família. É tradição nos reunirmos por toda a temporada. Vamos para lá todos os anos após a Ação de Graças e ficamos uns dois meses. — Ela inclinou a cabeça para o lado. — O senhor não sabia? Pensei que William tivesse dito.

      Agora que tinha tempo para pensar naquilo, a maior parte das vezes que se encontrou com William tinha sido durante os meses de dezembro e janeiro. Ele nunca tinha feito a conexão antes. Aquilo não fazia dele um bom espião, mas, em sua defesa, William nunca tinha sido seu objeto de avaliação antes. Mas todos aqueles detalhes o fizeram avançar e prestar atenção. O que mais estava perdendo, e o que teria que fazer para melhorar sua capacidade de observação?

      — Seu irmão e eu temos coisas muito mais interessantes a discutir que os seus planos de viagem. — Ele pegou o próprio guardanapo e deu batidinhas nos cantos da boca. Mais para ter algo a fazer do que qualquer outra coisa. — Espero que façam boa viagem. — Parte dele estava com inveja. Ele tinha gostado da ideia dessa missão e de viajar para lugares em que nunca tinha estado, mas também queria voltar para casa.

      — Já que não estaremos aqui — Brianne começou. — Tenha um ótimo Natal. — Ela colocou a mão na dele. — Espero que o senhor não fique sozinho.

      — Ficarei bem — ele a tranquilizou. Por que ela estava tão preocupada por ele ficar sozinho no feriado? Seu coração saltou no peito por um breve momento. Ela se importava com ele? Por que aquilo importava? Julian não queria avaliar o que sentia por ela. Temia que talvez não fosse gostar do que descobrisse. — Não será a primeira vez que me encontro em tal situação.

      — Ainda assim…

      — Não se preocupe comigo, princesa. Eu posso cuidar de mim. Aproveite a estadia na Inglaterra. — Naquele momento, ele quis escapar mais que nunca. Odiava aquele olhar de pena nos olhos dela.

      — Isso pode ser verdade — ela disse baixinho. — Mas não faz com que seja menos triste. Escreverei. Ao menos isso lhe dará algo pelo que ansiar.

      Os lábios dele se contorceram.

      — Eu agradeço, mas não acho que a senhorita deva se dar ao trabalho.

      — Não será trabalho — ela assegurou. — Eu quero.

      Julian sacudiu a cabeça. Discutir com ela não faria nenhum bem, e se fosse honesto consigo mesmo, ele gostava da ideia de ela escrever para ele.

      — Muito bem — disse ele. — Longe de mim negar os desejos de uma princesa.

      — É melhor o senhor se lembrar disso. — Havia aquele calor nos olhos dela novamente. Ela era linda, de verdade, e ele desejava nunca ter notado aquilo. Julian engoliu em seco e afastou o olhar. Ele parou de comer e tentou esquecer toda aquela conversa. Infelizmente… não podia, e talvez nunca pudesse.

      Julian estava sentado no Player’s Club, olhando para a carta sobre a mesa. Ela havia chegado mais cedo, mas ainda não a tinha aberto. Brianne tinha cumprido a palavra e escrito para ele enquanto eles estavam na Inglaterra. Eles ficaram dois meses além do esperado. Algo sobre o nascimento do primeiro filho da prima Angeline, era algo pelo que toda família Marsden estava animada.

      Julian era amigo do marido de Angeline, Lucian, o marquês de Severn. Eles estavam casados há seis anos e ainda não tinham tido filhos. Lucian, uma vez, tinha lhe explicado que aquilo estava começando a aborrecer Angeline. Ela tinha começado a pensar que talvez fosse estéril e odiava a ideia de que ela pudesse ser a razão da extinção do ducado Huntly. Tanto o marquês quanto a marquesa deviam estar rezando para que a criança fosse um menino…

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