Название: Seduzindo Uma Princesa Americana
Автор: Dawn Brower
Издательство: Tektime S.r.l.s.
Жанр: Историческая литература
isbn: 9788835400493
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— Nikola Tesla é um membro — William ofereceu.
Julian não estava familiarizado com o trabalho do físico, mas já tinha ouvido o nome antes. Um cientista não era um artista, mas eles realmente exploravam as possibilidades do mundo.
— Eu preciso ter algum tipo de dom para poder me tornar um associado?
— Eu não tenho — William disse. — Eles têm uma variedade de artistas, para falta de uma palavra melhor, e pessoas da classe alta. É o jeito do Player’s Club de manter os canais abertos para indivíduos em necessidade e manter a genialidade deles.
Este Player’s Club ia ser muito mais interessante do que pensara de início…
— Nesse caso… — Ele apontou para William. — Leve-me à pessoa com a qual preciso falar sobre minha filiação.
Não levou muito tempo para convencer os patronos a considerarem sua filiação. Eles não podiam admiti-lo na hora, teria que ir à votação, mas os associados mais importantes não achavam que seria um problema. Eles gostavam da inclusão do filho de um duque em seus registros. Julian gostava da piscina de informações na qual seria capaz de mergulhar. Era muito melhor do que o que podia esperar. Se o restante da visita a Nova Iorque fosse assim tão boa, ele poderia ser capaz de voltar para casa mais cedo que esperava, e talvez conseguir uma missão melhor no processo.
Essa missão não tinha sido o tipo que queria aceitar, mas sentia que precisava. Se queria fazer um nome para si mesmo, ele tinha que tomar os passos necessários para mostrar ao alto escalão que poderiam contar com ele, não importa o quanto a missão pudesse ser desagradável. Ele foi enviado a Nova Iorque porque queriam alguém lá para ficar de olho nos esforços das sufragistas.
A Inglaterra enfrentava os próprios problemas no que dizia respeito ao direito das mulheres, e era prudente que entendessem o que estava acontecendo em outros lugares. Alice Paul era uma americana que tinha se envolvido com as Pankhurst na Inglaterra, e foi isso que chamou a atenção do governo. Parte da sua missão era assegurar de que ela não voltasse. A última estadia dela na cadeia não tinha sido… agradável. É claro, aquilo era um eufemismo para o que ela tinha passado. Por causa da própria obstinação dela com a causa, ela poderia ter morrido de fome, e eles foram forçados a alimentá-la contra a própria vontade. Felizmente, ela tinha sobrevivido e voltado para casa. Desde que a mulher ficasse onde pertencia, ela não voltaria a ser um problema para a Inglaterra.
Mesmo Alice Paul sendo parte da sua missão, ela não era a totalidade. Ele não a seguiria por aí e a espionaria. Seria estranho se fizesse isso. Ele era da aristocracia, e seria fácil para ele se infiltrar na sociedade de Nova Iorque. Faria sua parte ao parecer um cavalheiro de posses, e em seu tempo livre, ele bisbilhotaria o movimento das sufragistas. Provavelmente também havia mulheres das classes altas insatisfeitas com o status quo. A senhorita Brianne Collins parecia uma delas…
O parentesco que ela tinha com seus amigos Alexander e Andrew Marsden fazia com que fosse mais fácil para ele se aproximar dela. Isso também lhe deu razão para falar com ela na Penn Station, mas esse fato não significava que ela confiasse nele. A senhorita Collins parecia pensar que olhar para ele era um desgosto.
Teria que fazê-la mudar de ideia. Ela poderia ser a única pessoa que ele precisaria para espionar as sufragistas e relatar seu progresso ao seu país. Os homens da alta sociedade eram seus alvos secundários. Eram eles que controlavam o clima nos Estados Unidos e que tinham altos cargos no governo federal. Já que eram eles que davam as cartas, por assim dizer, em último caso, a mudança caberia a eles.
De certa forma, Julian não tinha certeza de por que eles se importavam com o que se passava na América. Por que a Inglaterra não poderia decidir por si mesma se iria ou não garantir mais direitos às mulheres sem saber o que estava se passando ao redor do mundo? Era um assunto difícil e ele podia ver por que os homens não queriam abrir mão do controle que eles tinham desde, bem… sempre; entretanto, as mulheres deveriam ter a habilidade de escolherem por si mesmas o que queriam para as próprias vidas sem ter alguém ditando os seus passos. Isso não queria dizer que ele aceitava algumas das ações das quais as Pankhurst tomavam parte. Elas eram perigosas e radicais.
No entanto, aquela era a sua missão. Gostasse ele ou não.
CAPÍTULO TRÊS
Junho de 1911
Brianne odiava o teatro. Infelizmente, aquele também era um dos poucos lugares aos quais ela podia ir para ser vista e para socializar. Nunca entendeu a razão para usar o teatro para tal propósito. A única hora que se podia ter uma conversa de verdade era durante o intervalo. O resto do tempo ela se via ou enfiada em um camarote privado; para aqueles que eram ricos o bastante para manter um, e felizmente a sua família era; ou apertada nos assentos minúsculos da plateia. Nunca tinha ido a uma peça que gostasse, e como debutante, ela tinha ido a muitas. Ao menos isso lhe dava uma desculpa para se vestir bem. Seu vestido era de uma macia seda violeta com uma delicada sobreposição de renda. Ela até mesmo tinha uma estola branca para colocar sobre os ombros e se proteger do frio e seu cabelo tinha sido semeado com pérolas, parecia quase uma coroa.
Eles entraram no Teatro Harris e foram para o camarote que alugaram pelo tempo da estadia em Nova Iorque. William conduziu a mãe e Brianne até lá. Ele não parecia mais feliz por estar no teatro do que Brianne. Estavam na cidade há um mês, e até então, ela não estava correspondendo às suas expectativas. Era tão entediante quanto Lilimar e não mostrava sinais de que iria desenvolver nem um grama de animação.
William puxou a cortina que conduzia ao camarote e fez sinal para elas entrarem. A mãe entrou primeiro e se sentou à direita e William se sentaria ao lado dela. Brianne entrou no camarote depois da mãe e parou subitamente quando notou um homem familiar já acomodado ali. Droga. Ela seria forçada a conversar com aquela besta maligna durante a peça porque o assento dela era ao lado do dele, do outro lado do camarote onde estavam a mãe e o irmão.
— Milorde — Brianne fez uma mesura. A mãe tinha incutido a etiqueta apropriada nela, e mesmo tendo crescido na América, Brianne não negava suas raízes inglesas. Julian Kendall era filho de um duque, e aquele parentesco deveria ser respeitado. — Não sabia que o senhor conhecia os Dewitts. — Os Dewitts eram os donos do camarote que eles estavam usando naquela noite. Ela tomou o assento à direita de Julian. William se sentou ao lado da mãe deles.
— Eles são da família — respondeu ele, despreocupado. — De maneira indireta. Temos uma ligação por intermédio da minha tataravó Alys Dewitt Kendall, mas eu nunca entendi como isso se deu. Aprendi a não questionar as esquisitices da família, ou melhor, nada que envolva essa avó em particular.
Brianne não se importava muito com o parentesco dele com os Dewitt. Desejava ter sabido daquilo antes de concordar sair aquela noite. William tinha sugerido o teatro. Ela deveria ter percebido que aquela ideia era ruim apenas baseado nesse fato. O irmão nunca sugeria sair de casa, e ele odiava qualquer entretenimento. Certo, talvez ela estivesse indo um pouco longe demais, mas Brianne não podia se lembrar da última vez que tinha estado irritada desse jeito.
— Fascinante — disse ela, um pouco sarcástica. — Por favor, conte mais. — Sua voz não podia estar mais carente de emoção. Esperava que ele não tomasse aquelas palavras como encorajamento.
— Princesa — disse Julian e então ele riu baixinho. Como se aquele tratamento em particular o divertisse. Aquilo só serviu para aumentar a sua irritação. — Não tema, eu não me atreveria СКАЧАТЬ