Pero da Covilhan: Episodio Romantico do Seculo XV. Brandão Zephyrino
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Название: Pero da Covilhan: Episodio Romantico do Seculo XV

Автор: Brandão Zephyrino

Издательство: Public Domain

Жанр: Зарубежная классика

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isbn: http://www.gutenberg.org/ebooks/32296

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СКАЧАТЬ um aposentador-mór, que de ante-mão preparava os quarteis das tropas, quando estas se mobilisavam. O capitão de ginetes era o general de cavallaria; o adail-mór, o capitão dos bésteiros; e o coudel-mór commandava escudeiros e homens de armas, que não pertenciam a capitania alguma, e eram repartidos em tróços de vinte por coudeis.

      Desempenhavam o serviço e a guarda do rei vinte cavalleiros ou escudeiros, commandados por um guarda-mór. Eram escolhidos, e andavam armados de cotas, barretas, braçaes, lanças e espadas; e no tempo de paz assistiam no paço junto da real camara. Algumas vezes o soberano encarregava tambem da sua guarda o capitão de ginetes, sendo então de duzentos o numero de cavalleiros, que ficavam em tudo considerados como os da camara real.

      Segundo prescrevia o Regimento, os soldados ou gente de guerra deviam trazer em batalha uma divisa, ou sinal d'armas de S. Jorge, larga, e tanto no peito como nas costas, para se distinguirem do inimigo. As trombetas eram os instrumentos empregados nos diversos toques ou chamadas; mas affirma Ruy de Pina, que n'esta marcha a Castella já o nosso exercito usou tambem dos atabales.

      O trem de artilheria com suas bombardas e colubrinas era morósamente conduzido. Estava a cargo de um védor-mór, aprompta-lo e pô-lo em marcha.

      Para este fim tinha atribuições amplas, estabelecidas em um regimento proprio, de que se lhe passou carta em 20 de abril de 1450. Requisitava ás auctoridades locaes as bestas, bois, carros e barcos, que julgassse indispensaveis á conducção do trem, sendo depois pago o aluguer; bem como os bombardeiros, ferreiros, carpinteiros e pedreiros, de que houvesse necessidade o serviço de artilheria, e aos quaes pagava conforme os seus merecimentos. Annexa ao trem ia uma brigada de gastadores, para abrir caminho.

      O principe D. João acompanhou seu páe até Piedra Buena, e d'aqui regressou a Portugal na mesma occasião, em que o exercito marchou para o norte, indo fazer alto em Plasencia.

      D'esta cidade mandou D. Affonso V a Luiz XI uma embaixada, composta de D. Alvaro de Ataide e do licenciado João d'Elvas, a fim de negociar o seu reconhecimento como rei de Castella, e, conforme os desejos do rei de França, renovar os antigos tractados, que existiam entre as duas monarchias. Ao mesmo tempo escreveu á cidade de Salamanca uma carta sobre os direitos de sua sobrinha aos reinos de Castella e Leão, e mandou publicar um manifesto, no qual se demonstrava a justiça bem fundada, com que eram combatidas as pretensões de Isabel e Fernando de Aragão.

      Celebrou esponsaes com a princeza D. Joanna, que já o esperava acompanhada dos duques de Arévalo, marquez de Vilhena e outros magnates, e foi publica e solemnemente proclamado rei, pelo que logo começou de intitular-se rei de Castella, Leão e Portugal.

      Isabel e Fernando accrescentaram igualmente aos seus titulos os de reis de Portugal; de modo que não parecia luctarem uns pela união iberica e outros contra, senão méramente para dar a presidencia d'essa união áquelle que mais afortunado fosse.

      D. Affonso V ia passando os dias em ruidosas festas, como se com ellas se formasse o prestigio dos noivos, e nem por sombras suspeitava das diligencias de D. Isabel, em comprar com o ouro e prata das egrejas o favor de muitas povoações, visto serem mui versateis e caros os magnates. Em quanto o seu antagonista se divertia, conquistava ella as sympathias da classe burgueza. Percorria os seus estados. Procurava e enviava soccorros ao exercito, que seu marido commandava, para conter o progresso da invasão. Assegurava a fidelidade vacillante de Leão. Entabolava as intelligencias, que lhe fizeram recobrar a importante cidade da Zamora. Reduzia o numero de inimigos, que tinha na depravada e cupida aristocracia. Lançava finalmente mão do thezouro de Castella, confiado á guarda do célebre Andrés de Contrera, a quem mais tarde brindou com o Marquezado de Moya.

      Na marcha pela provincia da Extremadura, por contemplação com o duque de Arévalo, senhor de Plasencia, commetteu D. Affonso V um erro estrategico; pois, segundo Zurita, «foi de grande remedio para a conservação do estado do rei da Secilia, e seria de grande prejuizo, se a entrada se effectuasse pela Andaluzia, direito a Sevilha». Seguindo este caminho, penetrava logo no interior do reino, e fazia-se fórte em Madrid, como lhe aconselhou o marquez de Vilhena, que se mostrou descontente por não ser attendido, e tomou este pretexto para se retirar do serviço do rei. Era de esperar, todavia, que esse magnate assim procedesse mais cedo ou mais tarde, por quanto, havendo-se declarado a maior parte de seus vassallos contra elle, e a favor de Isabel, que os corrompeu a peso de ouro, intimidou-o essa arteira tactica, e determinou-o a propalar, que já estava de accordo com D. Fernando e sua mulher.

      Por grande parte da fronteira portugueza succediam-se a miude as incursões de nossos visinhos. Até o primogenito do duque de Medina Sidonia, o duque D. Henrique, môço mais audacioso do que prudente, fez uma entrada em Portugal, como se fosse em terras de mouros.

      Este rebentão dos Medina Sidonia era um isabelista sedicioso. Pouco depois da jornada de seu tio a Portugal, rendeu-se ás astucias de D. Isabel, que lhe prometteu intervir pacificamente na eterna contenda com o marquez de Cadiz.

      E sabe o leitor, quem levou á rainha da Secilia a noticia d'aquella jornada de D. Juan de Guzman?

      – O velho mendigo, que nós vimos em Sevilha a tocar samphona. Era um espião.

      Para desaffrontar-nos dos repetidos insultos, que soffriamos, mandou o principe D. João descobrir a campanha por homens praticos no paiz, escoltados de alguma cavallaria; collocar sentinellas occultas nos lugares suspeitos, para avisarem das partidas do inimigo; cortar as estradas das serras com patrulhas, a fim de embaraçarem os castelhanos, que de ordinario se emboscavam por entre os arvoredos e quebradas do terreno; e proveu finalmente de remedio a tantos males, cuidando ao mesmo tempo da conservação e defesa do reino.

      Terminados os festejos em Plasencia, onde Lopo de Albuquerque, para premio de seus serviços, foi agraciado com o titulo de conde de Penamacor, saiu emfim D. Affonso V d'aquella cidade com a rainha, a quem o nosso exercito agora principalmente resguardava. Marchou por Arévalo em direcção a Toro, não sem o inimigo estar bem informado ácerca do movimento do exercito; o que certamente não convinha, a quem era chamado e levado para soccorrer.

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      1

      Canc. Gen.

      2

      Canc. Gen.

      3

      Hist.

      4

      Camões.

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