O Preço da Liberdade . Джек Марс
Чтение книги онлайн.

Читать онлайн книгу O Preço da Liberdade - Джек Марс страница 6

СКАЧАТЬ levantou-se e começou a correr.

      *

      A primeira explosão eclodira mesmo acima da sua cabeça. Toda a casa estremeceu. Brown relanceou a entrada do piso superior através do ecrã.

      A extremidade mais distante tinha simplesmente desaparecido. O lugar onde se encontrava Smith já não existia. Apenas se via um buraco irregular onde pouco antes haviam estado a janela e o Sr. Smith.

      “Sr. Smith?” Chamou Brown. “Estás aí, Sr. Smith?”

      Silêncio absoluto.

      “Alguém viu de onde veio?”

      “Tu é que és os olhos, Ianque,” Declarou uma voz.

      Estavam em sarilhos.

      Alguns segundos mais tarde, um foguete atingiu a parte fronteira da casa. A onda de choque derrubou Brown. As paredes estavam a ruir. Subitamente, o teto da cozinha cedeu. Brown estava deitado no chão entre destroços. As coisas não estavam a correr como ele tinha previsto. Os polícias derrubavam portas, não dispavam foguetes por paredes adentro.

      Outro foguete atingiu a casa, desta feita penetrando ainda mais fundo. Brown cobriu a cabeça. Tudo tremia. A casa parecia prestes a desabar.

      Passou um momento. Agora alguém gritava. Não fosse isso e haveria silêncio. Brown ergueu-se e correu na direção das escadas. Quando se encaminhava para fora do compartimento, agarrou na sua arma e numa granada.

      Atravessou a sala principal. Era uma carnificina, um autêntico matadouro. A divisão estava em chamas. Um dos homens de barbas estava morto, aliás, mais que morto – pedaços do que fora o seu corpo, avistavam-se por toda a parte. O Australiano tinha entrado em pânico e tirara a máscara. Tinha o rosto coberto de sangue negro, mas Brown não conseguia descortinar onde tinha sido atingido.

      “Não vejo!” Gritava o homem. “Não vejo!”

      Tinha os olhos bem abertos.

      Um homem envergando uma proteção corporal e capacete atravessou calmamente a parede destruída. Silenciou o Australiano com o ensurdecedor disparo de uma arma automática. A cabeça do Australiano rebentou como um tomate. Ainda permaneceu de pé sem cabeça durante um ou dois segundos, depois caiu desamparado no chão.

      O outro homem de barbas estava deitado no chão junto à porta das traseiras, a porta reforçada com aço duplo com que Brown se deliciara há apenas alguns momentos atrás. Os polícias nunca conseguiriam atravessar aquela porta. O barba #2 ficara ferido na explosão, mas ainda estava operacional. Arrastou-se até à parede, endireitou-se e alcançou a arma presa ao ombro.

      O intruso abateu o barba #2 com um tiro à queima-roupa no rosto. Sangue, osso e uma substância cinzenta espalharam-se na parede.

      Brown voltou-se e desatou a correr pelas escadas acima.

      *

      O ar estava repleto de fumo, mas ainda assim Luke conseguiu ver o homem a correr para as escadas. Olhou em seu redor e constatou que estavam todos mortos.

      Satisfeito, correu para as escadas. O som da sua própria respiração retumbava-lhe nos ouvidos.

      Ali estava vulnerável. As escadas eram tão estreitas que se alguém decidisse atirar sobre ele, seria difícil resistir. Mas ninguém o fez.

      Na parte superior da casa, o ar já era respirável. À esquerda avistava a janela e parede destruídas onde o atirador se instalara. Num relance, viu as pernas do homem no chão. As botas apontavam em direções divergentes. O resto do corpo eclipsara-se.

      Luke virou à direita. De forma instintiva, correu para o compartimento situado na extremidade da entrada. Largou a Uzi no corredor. Retirou a shotgun do ombro e largou-a também. Retirou a Glock do coldre.

      Virou à esquerda na direção do quarto.

      Becca e Gunner estavam amarrados em duas cadeiras desdobráveis com os braços atrás das costas. Tinham os cabelos desgrenhados como se alguém lhos tivessem divertidamente afagado. E de facto, ali estava um homem atrás deles. Deixou cair dois capuzes negros no chão e colocou o cano da arma encostado à nuca de Becca. Estava agachado numa posição muito baixa utilizando Becca à sua frente como escudo humano.

      Os olhos de Becca estavam muito abertos e os de Gunner fechados. Chorava de forma incontrolável e todo o corpo estremecia com silenciosos soluços. Tinha molhado as calças.

      Valeria a pena?

      Vê-los daquela forma, indefesos, aterrorizados, valera a pena? Luke ajudara a travar um golpe de estado na noite anterior. Salvara a nova Presidente de morte quase certa, mas tinha valido a pena?

      “Luke?” Articulou Becca como se não o reconhecesse.

      Claro que não o reconhecia. Retirou o capacete.

      “Luke,” Repetiu. Arquejou, talvez aliviada. Luke não conseguira decifrar. Era normal as pessoas emitirem ruídos em momentos extremos e não tinham necessariamente que ter um significado.

      Luke ergueu a arma, apontando-a diretamente para o espaço entre as cabeças de Becca e Gunner. O homem sabia o que estava a fazer. Não havia nada que Luke pudesse atingir. Mas mesmo assim, Luke deixou a arma apontada àquele local. Observou pacientemente. O homem não seria sempre eficaz. Ninguém o era de forma permanente.

      Naquele momento, Luke não sentia nada a não ser uma… Calma… De morte.

      Não sentiu qualquer alívio a apoderar-se do seu corpo. Isto ainda não tinha terminado.

      “Luke Stone?” Perguntou o homem. Luke assentiu. “Fantástico. Tem estado em toda a parte nestes últimos dias. É mesmo o Luke?”

      Luke conseguira visualizar o rosto do homem antes de se agachar atrás de Becca. Tinha uma cicatriz vincada na bochecha esquerda. Cabelo à escovinha. As caraterísticas bem distintivas de alguém que passara toda a vida no exército.

      “Quem quer saber?” Desafiou Luke.

      “Chamam-me Brown.”

      Um nome que não era um nome. O nome de um fantasma. “Bem, Brown, como queres fazer isto?”

      Luke conseguia ouvir a polícia a invadir a casa logo abaixo deles.

      “Que opções temos?” Redarguiu Brown.

      Luke não se mexia, a arma à espera do momento certo para disparar. “Parece-me que temos duas opções. Podes morrer neste preciso momento ou, se tiveres sorte, na prisão daqui a muitos anos.”

      “Ou podia estoirar os adoráveis miolos da tua mulher para cima de ti.”

      Luke não respondeu. Limitava-se a apontar a arma. O braço não sentia cansaço. Nunca se cansaria. Mas os polícias iriam irromper pelas escadas acima a qualquer momento e isso ia alterar as coisas.

      “E tu estarás morto um segundo depois.”

      “Verdade,” Concedeu Brown. “Ou podia fazer isto.”

СКАЧАТЬ