Название: O Preço da Liberdade
Автор: Джек Марс
Издательство: Lukeman Literary Management Ltd
Жанр: Современные детективы
Серия: Um Thriller de Luke Stone
isbn: 9781632917232
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“Ele está demasiado assustado para falar,” Disse a mulher.
“Isso é bom,” Replicou o homem. “Ele deve ter medo. É um rapaz esperto. E um rapaz esperto não faria nada estúpido, pois não?”
A mulher não respondeu e o homem pareceu satisfeito com esse mudo assentimento.
Outrora o homem tivera um nome. Depois, com o passar do tempo, tivera dez nomes. Agora já não se importava com nomes. Apresentou-se como “Brown”, se é que tais delicadezas faziam sentido. Sr. Brown. Soava-lhe bem. Lembrava-lhe coisas mortas. Folhas mortas no Outono. Florestas nuas e queimadas, meses depois de um fogo ter destruído tudo.
Brown tinha quarenta de cinco anos. Era grande e ainda era forte. Era um soldado de elite e assim sempre se mantivera. Há muitos anos, aprendera a suportar a dor e a exaustão na Escola Naval dos SEAL. Aprendera a matar e a não ser morto em várias zonas de conflito por todo o mundo. Aprendera a torturar na Escola das Américas. Tinha colocado em prática o que aprendera na Guatemala e em El Salvador, e mais tarde, na Base da Força Aérea de Bagram e na Baía de Guantánamo.
Brown já não trabalhava para a CIA. Não sabia para quem trabalhava e estava-se nas tintas para isso. Era um freelancer e era pago ao trabalho.
O dinheiro, e era muito dinheiro, era-lhe entregue em notas. Sacos de lona cheios de notas de cem dólares novinhas em folha, deixadas na bagageira de um Sedan alugado no Aeroporto Nacional Reagan. Uma mala de cabedal com meio milhão de dólares em notas de dez, vinte e cinquenta das séries de 1974 e 1977, colocada num cacifo de um ginásio nos subúrbios de Baltimore. Eram notas velhas, mas nunca tinham sido utilizadas e eram tão boas como as novas emitidas em 2013.
Há dois dias, Brown recebera uma mensagem para vir a esta casa. A casa era sua até aviso em contrário e a sua função era geri-la. Se aparecesse alguém, ele era o responsável. Tudo bem. Brown era bom em muitas coisas e um dos seus maiores talentos era chefiar.
No dia anterior de manhã, alguém rebentara com a Casa Branca. O Presidente e a Vice-Presidente fugiram para o bunker de Mount Weather, juntamente com cerca de metade do governo civil. À noite, alguém destruira Mount Weather com toda aquela gente lá dentro. Algumas horas depois, uma nova Presidente entrou em palco, a antiga Vice-Presidente. Muito bom.
Uma reviravolta total, liberais e conservadores a tomarem conta do poder, e tudo num só dia. É claro que o público precisava de culpar alguém e os novos responsáveis apontaram o dedo ao Irão.
Brown ansiava pelos próximos desenvolvimentos.
Já a noite ia avançada, quando quatro tipos atracaram um barco a motor no cais. Os tipos traziam esta mulher e esta criança. Os prisioneiros eram a família de alguém chamado Luke Stone. Pelos vistos, as pessoas partiram do princípio que Stone seria um problema. Naquela manhã, tornara-se clara a magnitude do problema que Stone constituía.
Em pouco tempo, o golpe tinha sido desmascarado e lá estava Luke Stone, de pé em cima dos destroços.
Mas Brown ainda tinha a mulher e o filho de Stone, e não fazia a mínima ideia do que fazer com eles. Não havia comunicações. Possivelmente deveria tê-los morto e abandonado a casa, mas em vez disso, esperou por ordens que nunca surgiram. Agora via uma carrinha Verizon FIOS à frente da casa e um desinteressante barco de pesca na água.
Pensariam que ele era parvo? Por favor. Topava-os à légua.
Dirigiu-se à entrada onde se encontravam dois homens trintões, com cabelo desgrenhado e barbas compridas – uma vida como agentes das operações especiais. Brown reconhecia-lhes o aspeto. Também lhes reconhecia o olhar e não era medo o que transmitiam.
Era excitação.
“Qual é o problema?” Questionou Brown.
“Caso ainda não tenhas reparado, estamos prestes a ser atacados.”
Brown assentiu. “Eu sei.”
“Não posso ir parar à prisão,” Disse o barba #1.
O barba #2 concordou. “Eu também não.”
Brown estava no mesmo barco que eles. Mesmo antes disto, se o FBI descobrisse a sua identidade real, esperavam-no várias condenações a prisão perpétua. Agora? Não valia a pena pensar nisso. Poderia demorar meses até o identificarem e entretanto, permaneceria numa cadeia municipal algures, rodeado de criminosos de terceira. Agora, pelo andar da carruagem, não podia contar com um milagre para o salvar.
Ainda assim, sentia-se calmo. “Este sítio é mais complicado do que parece.”
“Pois, mas não há saída,” Disse o barba #1.
E era bem verdade.
“Então afastamo-los e vemos se conseguimos negociar. Temos reféns.” Mal as palavras lhe saíram da boca, Brown compreendeu a impossibilidade do que dissera. Negociar o quê, passagem segura? Passagem segura para onde?
“Eles não vão negociar connosco,” Atirou o barba #1. “Vão mentir-nos até um atirador dar um tiro certeiro.”
“Ok,” Disse Brown. “Então o que é que querem fazer?”
“Lutar,” Respondeu o barba #2. “E se formos rechaçados, quero ter tempo de vir cá acima para enfiar uma bala nas cabeças dos nossos convidados antes de me enfiarem uma a mim.”
Brown aquiesceu. Já tinha estado em vários locais complicados e sempre tinha encontrado uma saída. Podia ser que ainda houvesse uma forma de se safar desta. Assim pensou, mas não lhes disse isso. Só alguns ratos conseguiam escapar de um navio a afundar-se.
“Parece-me bem,” Concordou. “É o que faremos. Agora, vão para as vossas posições.”
*
Luke vestiu o seu pesado colete à prova de bala. O peso ajustou-se ao seu corpo. Prendeu a cintura do colete, retirando algum peso de cima dos ombros. As suas calças cargo estavam protegidas com uma armadura Pele de Dragão super leve. Aos seus pés, no chão, encontrava-se um capacete de combate.
Ele e Ed estavam atrás da porta traseira aberta do Mercedes. O vidro esfumado da porta traseira ocultava-os das janelas da casa. Ed apoiou-se no carro. Luke tirou a cadeira de rodas de Ed, abriu-a e colocou-a no chão.
“Ótimo,” Disse Ed, abanando a cabeça. “Já tenho a minha carruagem, estou pronto para a batalha.” E libertou um suspiro.
“Então é assim,” Começou Luke. “Nós os dois não estamos aqui para brincadeiras. Quando a SWAT entrar, o mais provável é colocarem armas na porta do alpendre virada para o cais e forçarem a entrada. Não me parece que vá resultar. Quase aposto que a porta das traseiras é de aço duplo e não cede, e no alpendre vai ser uma tempestade dos diabos. Temos fantasmas lá dentro e eles não vão proteger a porta? Nem pensar. Penso que os nossos vão ser repelidos dali para fora. Esperemos que ninguém seja atingido.”
“Ámen,” Rematou Ed.
“Vou aparecer por trás da ação incial. Com isto.” Luke retirou uma submetralhadora Uzi da bagageira.
“E СКАЧАТЬ