Arena Um: Traficantes De Escravos . Морган Райс
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Читать онлайн книгу Arena Um: Traficantes De Escravos - Морган Райс страница 8

СКАЧАТЬ as sigo, transportando a vela com cuidado para que não se apague e me dirijo diretamente para a pilha de lenha.  Coloco alguns dos galhos menores na lareira e então boto um punhado de folhas secas  que estavam em um cesto próximo à lareira. Estou satisfeita de ter juntado bastante dessas folhas no último outono para acendermos o fogo. Elas funcionam como um feitiço. É só colocar folhas secas embaixo da lenha, acender o isqueiro nelas e logo aparece uma chama que começa a tocar na madeira. Eu continuo alimentando a lareira com folhas até que a lenha finalmente pegue fogo. E logo apago a vela, guardando-a para outra ocasião.

      “Vamos fazer uma fogueira?” Bree grita, animada.

      “Sim,” eu digo. “Hoje vamos comemorar. É nossa última noite aqui.”

      “Viva!” Bree exclama, dando saltos, e Sasha late junto com ela, tomada pela alegria. Bree se aproxima e pega um pouco da lenha, me ajudando com o fogo. Nós alimentamos as chamas com cuidado, dando espaço para o ar, Bree assopra, avivando as chamas. Quando a lenha enfim pega fogo, ponho uma madeira grossa em cima. E sigo empilhando troncos grossos, até termos uma fogueira.

      Em pouco tempo, a sala está iluminada e eu já posso sentir o calor. Ficamos na frente da lareira, estendo minhas mãos, esfregando-as, deixando que o calor penetre meus dedos. Lentamente, sinto a sensibilidade voltando. Aos poucos, me descongelo do longo dia passado ao ar livre e começo a me sentir eu mesma de novo.

      “O que é isto?” Bree pergunta, apontando para o chão. “Parece um peixe!”

      Ela vai até ele, o agarra e, ao levantá-lo, o peixe escapa de suas mãos. Bree ri, e Sasha, não querendo perder o momento, avança sobre ele com suas patas, o mandando para longe no chão. “Onde você conseguiu um?” Bree grita.

      Eu o pego antes que Sasha possa danificá-lo mais, abro a porta e o jogo lá fora, na neve, onde ele será mais bem preservado, longe do calor e fecho a porta atrás de mim.

      “Essa é minha surpresa,” eu falo. “Nós teremos janta hoje!”

      Bree corre e me dá um grande abraço. Sasha late, como se entendesse. Eu a abraço de volta.

      “Eu tenho mais duas surpresas para você”, anuncio com um sorriso. “Elas são para sobremesa. Você quer esperar o jantar? O que agora?”

      “Agora!” ela grita, eufórica.

      Eu também sorrio, animada. Pelo menos isso a deixará controlada na janta.

      Coloco a mão em meu bolso e tiro o frasco de geleia. Bree o olha com curiosidade, duvidando, e então eu retiro a tampa e a coloco debaixo de seu nariz. “Feche os olhos,” eu falo.

      Ela fecha. “Agora, sinta o cheiro”.

      Ela respira profundamente e um sorriso se abre em seu rosto. Ela abre os olhos.

      “Tem cheiro de framboesas!” ela exclama.

      “É geleia. Vá em frente. Prove.”

      Bree mete dois dedos, pega bastante geleia e come. Seus olhos se iluminam.

      “Uau,” ela fala, enquanto pega mais um pouco e dá para Sasha, que avança sem hesitar para comer. Bree ri  histericamente e eu fecho o frasco e deixo o vidro na estante, fora do alcance de Sasha.

      “Isso também é da nossa nova casa?” ela pergunta.

      Eu concordo com a cabeça, feliz em ver que ela já considera aquela casa como nosso lar.

      “E ainda tem uma última surpresa,” eu falo “mas esta aqui eu vou deixar para depois do jantar.”

      Tiro a garrafa térmica do meu cinto e a coloco no alto da estante, fora de vista, para que ela não saiba o que é. Posso vê-la alongando o pescoço, mas eu escondi bem.

      “Confie em mim,” eu falo. “Vai ser muito bom.”

*

      Como eu não quero que a casa cheire a peixe, decido encarar o frio e cozinhar o salmão do lado de fora. Levo minha faca e começo a prepará-lo, apoiando-o em um toco de árvore enquanto me ajoelho sobre ele na neve. Eu não sei realmente o que estou fazendo, mas sei que não comemos a cabeça nem a cauda então começo a cortar essas partes.

      Também suponho que não iremos comer as nadadeiras, por isso as retiro – nem as escamas, que tento removê-las o melhor que posso. Logo percebo que devemos abri-lo para comê-lo, então fatio o que sobrou na metade. O peixe tem entranhas rosas, grossas e um monte de ossinhos. Não sei mais o que fazer então acredito que esteja pronto para assar.

      Antes de voltar para casa, sinto a necessidade de lavar minhas mãos. Me abaixo, pego um punhado de neve e enxáguo minhas mãos com isso, grata pela neve – porque normalmente eu teria que andar até o córrego mais próximo, já que não temos água corrente. Levanto-me e, antes de entrar, paro por um segundo e examino os arredores. A princípio, procuro ouvir, como sempre, por qualquer sinal de barulho, de perigo. Após alguns segundos, percebo que o mundo está tranquilo como deveria estar. Finalmente, aos pouco, eu relaxo, respiro profundamente, sentindo os flocos de neve em minhas bochechas e disfruto desta incrível tranquilidade, me dou conta de como esta paisagem é absolutamente linda. Os pinheiros altíssimos estão cobertos de branco, a neve cai sem parar do céu púrpuro e o mundo parece perfeito, como um conto de fadas. A lareira resplandece através da janela e, daqui, nossa casa parece o lugar mais acolhedor do mundo.

      Regresso a casa com o peixe, fechando a porta atrás de mim, e tenho a ótima sensação de entrar em um lugar tão quente, com a suave luz do fogo refletindo em tudo. Bree está cuidando bem do fogo, como sempre, adicionando lenha sabiamente, as chamas agora chegam a uma altura maior ainda. Ela está colocando os talheres no chão, próximos à lareira, com facas e garfos da cozinha. Sasha está sentada ao seu lado, atenta, observando cada movimento.

      Eu levo o peixe até o fogo. Não sei realmente como se cozinha isso, acredito que eu deva colocá-lo no fogo por um tempo, deixá-lo assando e virá-lo algumas vezes, espero que isso funcione. Bree lê minha mente: ela vai até a cozinha e volta com uma faca afiada e dois espetos grandes. Ela espeta cada pedaço de peixe, pega sua parte e coloca sobre as chamas. Eu a imito. Os instintos domésticos de Bree são melhores que os meus, eu sou grata por sua ajuda. Nós sempre formamos uma boa equipe.

      Nós duas ficamos ali, olhando as chamas, paralisadas, segurando nossos peixes no fogo até nossos braços começarem a cansar. O cheiro do peixe encheu a casa e, depois de uns dez minutos, sinto um incômodo em meu estômago e fico impaciente de fome. Decido que meu peixe já está assado, afinal, lembrei que as pessoas, às vezes, comem peixe cru, então não tem como me fazer mal. Bree parece concordar e, assim, nós duas colocamos nossos pedaços nos pratos e nos sentamos no chão, uma ao lado da outra, de costas para o sofá e nossos pés voltados para o fogo.

      “Cuidado,” eu aviso. “Ainda tem muitos ossos dentro.”

      Tiro algumas espinhas e Bree também o faz. Quando termino de triá-las, eu pego um pedaço da carne rosada, quente ao toque, e levo à boca, me preparando.

      Na verdade, o sabor é bom. Podia ter um pouco de sal ou algum tempero, mas pelo menos parece cozido e tem o sabor mais fresco possível.  Eu posso sentir a necessidade de proteínas de meu organismo. Bree devora seu peixe e posso notar o alívio em seu rosto. Sasha senta-se ao seu lado, observando, lambendo seus beiços até que Bree escolha um belo pedaço desossado para alimentá-la. Sasha o mastiga e engole, lambe seus lábios e volta a nos olhar, querendo mais.

      “Sasha, aqui,” СКАЧАТЬ