Storey. Keith Dixon
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Название: Storey

Автор: Keith Dixon

Издательство: Tektime S.r.l.s.

Жанр: Триллеры

Серия:

isbn: 9788873041719

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СКАЧАТЬ sou casado.”

      “Então… questões familiares. Morreu a mamã ou o papá.”

      Paul não disse nada.

      “Acertei numa, não foi? Voltou para enterrar alguém” – disse Cliff.

      Paul limpou a garganta.

      “Estou a ver que, como estamos a discutir velhos tempos, ainda não respondeu à minha pergunta. Como é que tem sido a sua brilhante carreira?”

      Cliff abriu as mãos e encolheu os ombros. “Tenho um problemazinho com a autoridade, eu. Parece que não consigo segurar um emprego. Portanto, faço um pouco disto e um pouco daquilo. Eu e estes rapazes aqui. Os cientistas, como gosto de lhes chamar.”

      “Vai-te lixar, Cliff”– disse Gary.

      Paul percebeu que aquelas foram as primeiras palavras que qualquer dos outros proferiu.

      Cliff prosseguiu: “E para o caso de estar a interrogar-se, não sou nenhum menino do coro. Choquei-o? Não, estive durante algum tempo às ordens de Sua Majestade. Digo isto num espírito de abertura e honestidade. Não queria que pensasse que estou a falar consigo sob qualquer tipo de dissimulação.”

      “Mas a sua experiência não o pôs nos carris.”

      Cliff voltou a sorrir.

      “Não reconheceria os carris mesmo que caísse em cima deles e partisse o nariz.”

      “Todos fazemos o que podemos para conseguir que o dinheiro chegue ao fim do mês.”

      “É exatamente o que eu acho” – disse Cliff. Dirigiu outro olhar avaliador a Paul. “Então, voltou cá para um funeral. Calculo que os seus pais já tenham partido, os dois, pois se tivesse sido só um estaria em casa a amparar o outro. E não por aí, com gente como nós. Portanto, provavelmente tem vontade de arrumar as coisas, vender a casa e livrar-se de roupas e de todas essas porcarias…Tive de fazer tudo isso há anos. A minha mãe e o meu pai fumavam tanto que foram prematuramente para a cova. Procuraram o que tiveram, também. Cinquenta por dia, cada um deles. Quase lhes dei uma pá e lhes disse que começassem a cavar.”

      Paul recostou-se na cadeira e olhou para Araminta. Estava outra vez a escrever no telemóvel.

      “Tudo isto é fascinante, mas não faço ideia do que estou aqui a fazer” – disse.

      Cliff encolheu os ombros. “Eu sei, pensava que vinha tomar um copo para namorar com a Minty e em vez disso dá com quatro patifes. É como aquele programa de televisão, como é que se chamava?” – olhando para os seus homens, à procura de ajuda e a receber olhares vazios – “Dragons Den. Tem de nos vender uma coisa e nós não queremos comprar.”

      “Não estou a vender nada.”

      “Oh! Acho que está. Olhe, estou interessado em si por causa da diferença entre o que diz que é e o modo como se comporta. Disse à Minty que trabalha em seguros. Mas atirou-se a mim como um polícia. Seguro de si. Mostrando os músculos. Pus-me a pensar – que intenções tem você com esta pobre rapariga? Qual é a sua jogada, hem? Qual é a sua jogada?”

      Araminta estava agora de pé, a guardar o telefone e a alisar a frente do vestido. Paul reparou de novo em como era magra à volta das ancas, o que lhe tornava o estômago muito plano.

      Cliff levantou o olhar para ela e disse: “O David está bem?”

      Tirou uma mala creme do seu lugar nas costas da cadeira, dizendo: “Um bocado chateado comigo. Não o vejo há uns tempos.”

      “Mantém-no a querer mais, querida. Os homens são todos iguais.” E, virando-se para Paul: “Não somos? Dão-nos um pouco e nós queremos mais. Estávamos a falar do namorado da Minty, caso estivesse curioso. Vê? Você não é o único galo na capoeira.”

      Paul pôs-se em pé, empurrando a cadeira para trás e dizendo a Araminta: “Preciso de ir à casa de banho. Acompanho-a à porta.”

      “Boa tentativa, mas não é preciso; vemo-nos por aí.”

      Passou por ele sem olhar e ele sentiu brevemente o odor do seu perfume. Virou-se e seguiu-a, abrindo caminho por entre mesas onde homens com as suas mulheres e namoradas paravam para olhar para ela, olhando a seguir para ele.

      Agarrou-lhe no braço, dizendo: “Minty.”

      Ela virou-se, uma escuridão nos seus olhos. “Não me toque, porra.”

      Largou-a. “Que se passa? Porque é que está no mesmo código postal que aquele bando de falhados?”

      “Não tem nada a ver com isso.” Suavizou um pouco o olhar. “Lamento que estivessem cá quando apareceu.”

      “Que quer ele? Porque é que anda à sua volta?”

      Olhou-o fixamente. “Provavelmente pela mesma razão que você.”

      Depois, virou-se e foi-se embora. Paul viu-a sair para o ar frio, abanou a cabeça e dirigiu-se às casas de banho. A pensar que entrara num filme cuja intriga não entendia e em que as personagens não faziam sentido.

      Mais tarde, percebeu que era naquela altura que devia ter continuado a andar, afastando-se do bar o mais rapidamente que pudesse.

      Estava a puxar o fecho das calças quando Tarzan e Gary entraram – o homem alto, até mais alto do que Paul pensava, a inclinar a cabeça sob a moldura da porta antes de a fechar e se encostar a ela, Gary a olhar em redor do espaço revestido a azulejos, assobiando e verificando os compartimentos.

      Paul passou as mãos por água e pegou numa toalha de papel, perguntando a si mesmo o que iriam fazer. Nada de grave, pelo menos num bar movimentado, provavelmente apenas uma conversa para apalpar o terreno. Ele próprio o fizera quando era mais jovem, para perceber certas coisas.

      Disse a Gary: “Ele Tarzan, tu Jane?”

      Gary olhou para Tarzan – estás a ver, que é que eu te disse? Depois, apontou um dedo a Paul.

      “A tua boca mete-te em sarilhos, não mete? Não consegues evitar. Estávamos a dizer, o Tarzan e eu, estávamos a dizer que a tua boca será a tua morte, um dia. Não é verdade, Tarz?”

      Tarzan acenou afirmativamente com a cabeça, dobrando os braços para dar mais ênfase, a sua energia a mover-se lentamente, quase letárgico. Paul imaginou que ele tivesse força, mas não habilidade. Seria fácil incapacitá-lo, desde que se ficasse fora do seu alcance.

      Gary era mais pequeno do que Paul, um homem rijo, de pele cinzenta e com um movimento constante atrás dos olhos. Não era de confiar nele para proteger a retaguarda e provavelmente era desejável tê-lo sempre à frente.

      “Este sítio cheira mal. Podemos conversar lá fora?” – disse Paul.

      “Isto não é nenhuma conversa” – disse Gary. “É um… como é que se chama, um exemplo.”

      “De quê?”

      “De como as coisas são. Entre nós e tu. Se vais СКАЧАТЬ