A Duquesa Impetuosa. Barbara Cartland
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Название: A Duquesa Impetuosa

Автор: Barbara Cartland

Издательство: Bookwire

Жанр: Языкознание

Серия: A Eterna Colecao de Barbara Cartland

isbn: 9781788673754

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СКАЧАТЬ sorrindo.

      —Continue— pediu.

      O Duque hesitou, procurando as palavras adequadas.

      —E segundo— ela continuou—, porque sou muito bonita. Pode dizer. Eu sei que sou bonita. Todo mundo me diz isso, faz anos.

      —Não está sendo um pouco convencida?— o Duque perguntou.

      —Nem um pouco! Minha mãe era linda e eu sou como ela. Ela era meio-francesa e morava em Paris antes de se casar com meu pai.

      —Você não parece nada francesa.

      —Isso é porque todo mundo que é ignorante, acha que as francesas são sempre morenas— Jabina respondeu—, minha mãe tinha cabelos vermelhos como os meus. E o senhor deve saber também que Josephine, a mulher de Napoleão Bonaparte, é ruiva, não?

      Jabina tornou a empinar a cabeça. Era um hábito seu.

      —Acha que vou fazer muito sucesso em Paris?

      O Duque procurou o que dizer.

      Ele pensava como poderia explicar àquela jovem impulsiva por que não poderia viajar sozinha para Paris e que o tipo de sucesso que ela poderia obter lá certamente estaria em desacordo com a educação que tinha recebido.

      Mas ele convenceu-se de que não tinha nada a ver com isso.

      Não devia, sob nenhuma alegação, nenhuma hipótese, se envolver numa coisa que poderia resultar num desagradável escândalo.

      Não conhecia Lorde Dornach, mas, sem dúvida, devia ser um nobre. O simples fato de a noiva ter fugido já causaria, por si só, muitos rumores, não havendo, portanto, a menor necessidade de saberem que a fuga fora auxiliada pelo Duque de Warminster.

      O Duque começou a entrever um grande número de perigos, nos quais, de maneira nenhuma, poderia envolver-se.

      Acomodou-se melhor em seu canto da carruagem e desconversou:

      —Tem razão, Jabina, de dizer que é assunto seu e que não devo me meter. Assim que chegarmos à próxima estalagem, tomaremos rumos opostos. E acho que seria mais conveniente se nenhum de nós dois tivesse conhecimento da verdadeira identidade do outro.

      —Já sei quem é o senhor— Jabina respondeu—, é o Duque de Warminster. Ouvi quando o seu cocheiro contou ao dono da estalagem assim que chegaram. Mas devo confessar que pensei que era uma brincadeira.

      —Brincadeira?

      —Bom, os Duques, em geral, não viajam só com dois cocheiros, sem batedores e acompanhantes.

      —Minha segunda carruagem se atrasou— o Duque disse antes que pudesse se conter.

      Não tinha a menor intenção de dar explicações àquela criança impertinente.

      —Então foi isso. Mas, mesmo assim, é um meio pobre de se viajar. Não pode gastar mais do que isso?

      —Claro que posso— o Duque respondeu, quase irritado—, mas não gosto de ostentação, acho que batedores, a não ser em ocasiões especiais, são absolutamente desnecessários.

      —Se eu fosse Duque— Jabina continuou—, usaria sempre batedores e meus cavalos iriam sempre na frente para eu não ter de depender dos que pudesse encontrar na estalagem.

      —Meus cavalos sempre viajam na frente quando estou no sul— o Duque contestou—, mas na verdade, vim para o norte em meu iate e me pareceu desnecessário mandar meus próprios cavalos à frente, uma distancia tão grande.

      —Veio de iate? Que fascinante! E onde está ele?

      —No porto de Berwick— o Duque informou—, e tenho a intenção de velejar para o sul, ao longo da costa, depois subir o rio Tamisa, até Londres.

      —Isso é o que eu chamo de original!— Jabina exclamou—, o senhor não é, afinal, tão emproado como eu pensava.

      —Emproado?

      —É um Duque mais simplório— Jabina disse, com franqueza—, primeiro, não está bem vestido. Sua gravata está muito baixa, as pontas do seu colarinho não sobem até além do queixo e seu cabelo está mal cortado.

      O Duque, que sempre se gabara de sua sobriedade, sentiu-se provocado.

      —Não vejo necessidade— defendeu-se gelado—, de comentários pessoais, mas talvez, Jabina, você ainda venha a agradecer o fato de eu ser sóbrio, desinteressante. Se eu fosse diferente, você poderia estar em maus lençóis neste momento.

      —Que maus lençóis?— Jabina perguntou, interessada.

      O Duque olhou para ela com a intenção de responder secamente, mas percebeu que o olhar dela era muito inocente.

      Ela não entendia mesmo, ele pensou, não fazia ideia do perigo que podia enfrentar se tivesse subido para a carruagem de um daqueles dândis que frequentavam os clubes de St. James. Muitos deles, sem dúvida, considerariam uma jovem sozinha, presa fácil.

      O Duque nada disse e Jabina esperou um instante.

      —Conte— ela pediu.

      —Seu comportamento é ridículo!— o Duque ralhou, severo—, e permita que lhe diga mais uma vez, Jabina, que não pode viajar para Londres sozinha e ir até a França desacompanhada. É uma ideia impossível. E, além disso, não vou permitir que você tente uma coisa tão perigosa e condenável.

      —Como pretende me deter?— Jabina desafiou.

      —Vou entregá-la ao Xerife, na primeira cidade por onde passarmos— o Duque respondeu—, entrego-a aos cuidados dele e ele se encarregará de levá-la de volta a seu pai.

      Ela soltou um grito.

      —Não! Não vai fazer isso! Como pode ser tão cruel? Tão traiçoeiro?

      —Não estou sendo nada disso, mas sim, apenas razoável e, na verdade, penso apenas em seu próprio bem.

      —Não acredito!— ela gritou rudemente—, está é com medo de se envolver.

      —Está sendo infantil— disse o Duque—, mas posso lhe garantir que é para seu próprio bem.

      —Eu odeio as coisas que são para o meu próprio bem: mingau, pão com manteiga e leite quente! Por que é que você não podia ser um jovem alegre e excitante, realmente interessado em me ajudar?

      —Lamento, Jabina. Eu compreendo o seu problema, apesar de você achar que não. Mas sei um pouco mais da vida do que você e posso lhe garantir que seria uma negligência criminosa de minha parte permitir que você se lançasse nessa viagem maluca absolutamente sozinha.

      Fez-se um silêncio.

      —Quer dizer... que vai mesmo me entregar para o Xerife?— Jabina perguntou num fio de voz.

      —Vou, sim— a resposta foi firme—, e pode ter certeza, Jabina, que um dia vai me agradecer por isso.

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