A Duquesa Impetuosa. Barbara Cartland
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Название: A Duquesa Impetuosa

Автор: Barbara Cartland

Издательство: Bookwire

Жанр: Языкознание

Серия: A Eterna Colecao de Barbara Cartland

isbn: 9781788673754

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СКАЧАТЬ uma velhinha, Sua Graça, que solicita a sua gentileza de levá-la até a próxima estalagem postal. Houve um acidente com a carruagem dela e não tem jeito de chegar lá sem a ajuda de Sua Graça.

      O Duque interrompeu o abotoamento do casaco.

      Ele tinha sérias objeções a viajar de carruagem acompanhado, quanto mais por um estranho.

      Gostava de ler enquanto viajava, ou simplesmente meditar calmamente, em silêncio, os muitos projetos que tinha em andamento em suas propriedades.

      A mera ideia de precisar manter uma conversação ou ouvir alguém falando durante as longas milhas que ainda tinha de viajar até a próxima estalagem postal o encheu de desânimo.

      —Certamente— ele disse esperançoso—, deve haver algum outro jeito de essa senhora chegar ao seu destino.

      —Não, Sua Graça— a criada respondeu—, a diligência só passa aqui uma vez por semana e, agora, só depois do sábado.

      O Duque gostaria de alegar que não havia espaço para mais um passageiro em sua carruagem, mas sabia que o veículo bem construído e moderno, recentemente adquirido, atraía interesse e admiração por onde quer que passasse.

      Sem dúvida, a velhinha em questão já devia ter até examinado o interior antes de pedir que ele a levasse.

      Foi, portanto, com um suspiro de irritação, que ele não conseguiu reprimir, que o Duque respondeu à criada:

      —Muito bem. Pode dizer à senhora que será uma honra oferecer a ela um lugar em minha carruagem, mas que devemos partir imediatamente.

      —Eu digo a ela, Sua Graça— e a criada saiu em seguida da saleta, com uma reverência.

      O Duque estava para sair atrás dela quando o estalajadeiro apareceu, trazendo a conta. Era uma coisa que o Duque tinha esquecido.

      Sempre que viajava sem um contador, seu valete invariavelmente acertava todas as contas. O Duque nunca se preocupava com pagamentos, nem com a necessidade de levar dinheiro consigo.

      Felizmente tinha algumas moedas de ouro no bolso do colete e colocou uma na salva de prata que o estalajadeiro lhe estendia, desprezando a sugestão de que havia troco.

      Evidentemente, tinha pago a mais, pois o estalajadeiro foi profuso em sua gratidão, curvando-se em reverências, num excesso de boa vontade, até o Duque embarcar na carruagem, repetindo sem parar que se tivesse sido avisado com antecedência da visita de Sua Graça teria providenciado melhor atendimento.

      O Duque cerrou os ouvidos, da maneira que fazia sempre que era conveniente e não queria ouvir.

      Porém, sorrindo agradavelmente para o homem ao chegar à porta da carruagem, deixou o estalajadeiro com a impressão de que estava muito satisfeito com o atendimento.

      Um pé de vento forte quase arrancou o chapéu do Duque. Segurando-o com firmeza no lugar, o Duque subiu para o carro.

      Já acomodada num canto da carruagem estava uma figura de mulher, vestindo uma capa de viagem escura, com grande capuz debruado de pele puxado sobre a cabeça, escurecendo seu rosto.

      Estava coberta com um cobertor de pele e assim que o Duque sentou, o segundo-cocheiro colocou um outro sobre as pernas dele. Sob seus pés ele encontrou uma bolsa de água quente que havia sido cheia na estalagem.

      —Boa tarde, madame— disse o Duque à senhora a seu lado—, lamento que tenha tido um acidente com sua carruagem. Fico feliz de poder ajudá-la a prosseguir seu caminho.

      —Obrigada.

      A voz dela era baixa e trémula.

      Sua acompanhante, o Duque concluiu, devia ser muito velha e, nesse caso, provavelmente ia dormir e não o perturbaria.

      Para evitar que ela tentasse conversar, assim que os cavalos começaram a andar, ele abriu o livro ostentosamente.

      Não havia dúvidas de que o vento tinha aumentado muito desde a manhã, assolando agora ferozmente a carruagem. Se não fosse um veículo extremamente bem construído, as janelas, sem dúvida, estariam chacoalhando.

      O Duque acomodou-se confortavelmente pensando que Higman seria mais do que capaz de conseguir boa velocidade com os quatro cavalos.

      Ao mesmo tempo, esperava que a segunda carruagem não se atrasasse demais. Ele sabia bem o quão indispensável era seu valete quando tinham de passar a noite numa estalagem de beira de estrada.

      Trusgrove estava com ele desde menino e, de alguma maneira quase mágica, sempre conseguia água quente, aquecedores de cama e até mesmo um jantar decente por mais inadequadas que fossem as acomodações.

      O Duque parou de pensar em seu valete na segunda carruagem. Percebeu, de repente, que já deviam ter viajado algumas milhas e a passageira ainda não tinha se mexido nem falado.

      Ele disse a si mesmo que era isso exatamente o que queria, que era uma fonte de real satisfação e que não lamentaria ter jeito uma boa ação ao dar-lhe carona.

      Ao mesmo tempo não conseguia evitar a curiosidade de saber quem seria ela, e se pilhou lendo repetidamente a página do livro sem apreender nem uma palavra.

      Uma rajada de vento frio entrando pela janela lhe deu a desculpa de puxar conversa:

      —Sem dúvida, minha senhora, esse tempo não é normal nesta época do ano.

      —É. É, sim.

      Palavras ditas baixinho, novamente a voz trémula.

      É claro, o Duque pensou, que a senhora não quer conversa e ele sorriu a si mesmo ao pensar que, pela primeira vez, encontrava alguém ainda mais recluso do que ele.

      Voltou ao livro e retomou a leitura.

      Mas, imediatamente, atingiram uma curva da estrada e o que devia ser uma nevada recente fez a carruagem perder o equilíbrio por um momento.

      O veículo deslizou fortemente o atirou a mulher para cima do Duque.

      Ele estendeu as mãos para amparar a queda dela e o movimento fez cair o capuz que a cobria, revelando dois grandes olhos brilhantes num lindo rostinho ovalado.

      O Duque ficou olhando, perplexo.

      Não era uma velha senhora, mas, sim, uma jovem. E muito jovem a julgar pela aparência! Bem depressa ela tornou a vestir o capuz e voltou para seu canto, mas o Duque já tinha visto seu rosto.

      —Disseram-me— o Duque falou devagar—, que uma velhinha precisava de minha ajuda.

      Houve um momento de hesitação.

      —Eu achei que…— ela começou quase desafiante—, que o senhor poderia se recusar a me levar, a menos que eu fosse velha e desamparada.

      —E tem razão em sua suposição— o Duque garantiu—, mas agora que já não é possível continuar com a mentira, talvez pudesse me contar por que está viajando sozinha?

      Em resposta, sua companheira afastou o capuz, СКАЧАТЬ