A Duquesa Impetuosa. Barbara Cartland
Чтение книги онлайн.

Читать онлайн книгу A Duquesa Impetuosa - Barbara Cartland страница 3

Название: A Duquesa Impetuosa

Автор: Barbara Cartland

Издательство: Bookwire

Жанр: Языкознание

Серия: A Eterna Colecao de Barbara Cartland

isbn: 9781788673754

isbn:

СКАЧАТЬ

      Ela sorriu para ele.

      —Ainda bem que não preciso mais usar aquela voz tremida. Mas consegui enganá-lo, não?

      —Conseguiu, de fato— o Duque respondeu—, e por que deveria eu desconfiar do que me tinham dito?

      —Estava morrendo de medo que o senhor se recusasse a me ajudar— ela disse—, mas agora já estamos bem longe e não há mais nada que o senhor possa fazer.

      A voz dela era tão segura que o Duque chegou quase a se abalar.

      —Eu poderia, evidentemente, deixá-la à beira da estrada.

      —Deixar-me congelar nesse tempo horrível?— ela perguntou—, isso não seria nada gentil.

      O Duque olhou para ela, examinando as feições nítidas, o queixinho pontudo.

      Não era bonita, ele concluiu, mas era extremamente graciosa e havia um certo fascínio em seu sorriso e um brilho nos olhos que ele raramente havia visto em outras jovens.

      Mais do que qualquer outra coisa ela era, evidentemente, uma dama.

      —Seria melhor que fosse franca comigo— ele pediu—, perguntei por que está viajando sozinha e gostaria de ouvir a resposta.

      Ela o olhou com as pálpebras semicerradas.

      —É um segredo, mas tenho documentos importantes e urgentes que têm de ser entregues em Londres imediatamente! Um mensageiro ou correio normal seria intercetado na estrada, mas de mim ninguém suspeitará.

      —Muito dramático!— o Duque disse, seco—, mas agora talvez pudesse me contar a verdade.

      —Não acredita em mim?

      —Não!

      Fez-se um breve silêncio.

      —Não quero lhe contar a verdade e não vejo razão para o senhor exigir isso de mim!

      —Pois vejo todas as razões!— o Duque respondeu—, afinal, você está recebendo a hospitalidade de minha carruagem e, para ser franco, não gostaria de me ver envolvido em nenhum escândalo...

      —Não existe nada disso!— ela disse depressa.

      Um tanto depressa demais!

      —Tem certeza?— o Duque perguntou—, talvez seja melhor eu mandar a carruagem voltar. O seu veículo já deve estar sendo consertado e pode esperar na estalagem até que esteja pronto.

      A moça pensou por alguns instantes.

      —Se lhe contar a verdade, promete me ajudar?

      —Não posso fazer tal promessa— foi a resposta—, mas, digamos que serei complacente.

      —Isso não basta!

      —Não posso oferecer mais do que isso.

      Novo silêncio.

      —Eu... eu fugi!

      —Eu já tinha desconfiado— o Duque observou.

      —É assim tão óbvio?

      —Damas, mesmo que sejam escocesas, não viajam desacompanhadas e não pedem carona a estranhos!

      A jovem não respondeu e o Duque prosseguiu:

      —Está fugindo da escola?

      —Não, claro que não! Tenho dezoito anos e já sou adulta! Na verdade, eu nunca estive na escola.

      —Então está fugindo de casa?

      —É.

      —Por quê?

      Ela hesitou.

      —Devo insistir em saber toda a verdade— o Duque disse—, e será mais fácil se contar de livre e espontânea vontade, sem que eu tenha de forçá-la. Que tal se começar por me contar seu nome?

      —Jacobina.

      —Evidentemente faz parte da seita dos jacobinos.

      —Claro!— ela concordou—, e toda a minha família também. Meu avô morreu na Rebelião de 45.

      —E agora o jovem pretendente, Charles Stuart, está morto também— disse o Duque—, é impossível continuar batalhando por um Rei que não existe mais.

      —O irmão dele, James, ainda está vivo!— a garota respondeu, depressa—, e se acha que vamos reconhecer aqueles descendentes de alemães que estão em Londres como nossos legítimos monarcas, o senhor está muito enganado!

      O Duque sorriu para si mesmo.

      Ele sabia muito bem como grande parte dos escoceses era leal à família real Stuart e não podia deixar de admirar essa coragem. Os ingleses nunca tinham conseguido destruir a persistente e obstinada adoração que tinham pelo querido Príncipe Charles.

      —Muito bem, Jacobina— ele disse—, continue sua história.

      —Me chame de Jabina— pediu—, Jacobina é muito explícito, mas foi assim que fui batizada e tenho muito orgulho do nome.

      —Acredito! Mas você acha que aqueles que a batizaram teriam orgulho de você neste momento? Imagino que devem estar à sua procura.

      —Não vão conseguir me encontrar— Jabina garantiu, firme.

      —Comece do começo— o Duque usou aquele tom de comando que seus criados conheciam bem.

      —Não quero falar disso!— Jabina protestou.

      —Sinto muito, mas vou ter de insistir em saber as razões de sua fuga. Senão, levo-a de volta para a estalagem, não tenha dúvida.

      Ela olhou para ele com grandes olhos interrogativos.

      —Eu acredito que seria mesmo capaz de uma coisa horrível dessas!— ela disse—, o senhor é um Sassenach. E eu sempre soube que não se pode confiar num Sassenach!

      —Mas confiou em mim!— o Duque respondeu—, está em minha carruagem e, portanto, sou responsável por você. Pelo menos por enquanto. Do que é que está fugindo?

      —Do… do casamento!— ela disse, baixo.

      —Está noiva?

      —Papai pretendia anunciar o noivado na semana que vem.

      —Disse a seu pai que não queria se casar?

      —Disse… mas ele não me deu ouvidos.

      —Porquê?

      —Ele gosta do homem que escolheu para mim.

      —E você não gosta?

      —Eu СКАЧАТЬ