A valsa encantada. Barbara Cartland
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Название: A valsa encantada

Автор: Barbara Cartland

Издательство: Bookwire

Жанр: Языкознание

Серия: A Eterna Colecao de Barbara Cartland

isbn: 9781782138129

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СКАЧАТЬ mas agora vá. Não é bom que sua carruagem fique lá fora muito tempo. Não faça segredo de que esteve aqui para me pedir uma audiência, mas diga que não foi recebida. Se alguém lhe perguntar por que me visitou imediatamente após sua chegada, esclareça que considerou cortês apresentar-me seus respeitos ao entrar na capital.

      —E para onde irei agora, Excelência?

      —Para a casa da Baronesa Waluzen, uma prima distante de minha mulher, pessoa de absoluta confiança. Porém, nem a ela revele sua missão. Mais tarde farei arranjos quanto ao modo de nos comunicarmos. E a primeira coisa que deve fazer ao chegar na casa da Baronesa é descansar para o baile de máscaras desta noite.

      —Um baile de máscaras?

      —Sim. Bailes de máscaras são o ponto forte da Convenção.

      Nesses bailes os visitantes de Viena, soberanos, Príncipes, estadistas e pessoas notáveis, misturam-se com a multidão. Qualquer um dança com qualquer um. Todos usam máscaras, mas tomarei providências para que você saiba qual será a fantasia do Czar da Rússia.

      —Tenho de dançar com ele?

      —Sem dúvida. E lembre-se de que um encontro ao acaso é sempre mais interessante que uma apresentação formal.

      —Não posso acreditar em tudo isso!— exclamou Wanda—, que maravilha! Obrigada, muito obrigada!

      Ela inclinou a cabeça e beijou a mão do Príncipe; seus olhos brilhavam como estrelas ao sussurrar:

      —Tive tanto medo quando cheguei aqui e tanto medo de que Vossa Excelência não me recebesse! Mas agora tudo mudou. Sinto-me feliz, tão feliz que não sei como me expressar em palavras.

      —Não há necessidade de palavras, Wanda— ele ergueu com os dedos o rosto dela para poder vê-la melhor—, você não se parece nada com sua mãe, sabe?

      —Nem com meu falecido pai— acrescentou a moça.

      Metternich não manifestou surpresa, e Wanda não entendeu a razão.

      Ele foi para a escrivaninha e escreveu uma breve nota. Entregou-a a Wanda.

      —Isto é para a Baronesa Waluzen. Ela tem minhas instruções para lhe comprar tudo o que necessita. Garanto que, do ponto de vista social, achará Viena um sonho.

      —Um sonho? Que bom!— Wanda pegou o bilhete, foi à porta. Lá, parou e pediu—, há mais uma coisa. Pode dar-me o colar de volta? Pertenceu a minha mãe.

      —Naturalmente! Já ia devolvê-lo, desculpe. Metternich tirou-o do bolso e passou-o para as mãos dela.

      —Minha querida mãe recomendou-me, que devia guardá-lo para sempre— acrescentou Wanda—, foi-lhe dado por uma pessoa muito querida.

      —Ela revelou o nome dessa pessoa?

      —Não, mas já adivinhei...

      Olhos azuis fitaram olhos azuis. O Príncipe baixou a cabeça e beijou os pequenos dedos de Wanda.

      —Fico contente por sua mãe… por não ter se esquecido de mim— murmurou ele.

      — Como se fosse possível!— respondeu Wanda, sorrindo.

      CAPÍTULO II

      A Princesa Katharina ergueu os alvos braços acima da cabeça, espreguiçou-se com uma graça incrível, depois levantou-se da cama.

      Embora sendo dia alto, as venezianas permaneciam fechadas, e o enorme quarto com painéis azuis do Palácio de Hofburg era iluminado por velas em estupendos candelabros de ouro maciço, decorados com cupidos.

      Katharina parou no centro do quarto, onde ficou silhuetada pela luz das velas. A diáfana camisola revelava um corpo perfeito, proporcional como o de uma estátua grega.

      —Um lindo anjo nu— alguém disse da cama.

      Ela virou-se depressa.

      —Quem lhe contou sobre esse apelido, “lindo anjo nu”?

      O homem que a observava, riu.

      —Quem? Toda Viena sabe, é claro. Deixe-me lembrar qual foi o homem que disse isso: o Imperador? O Cardeal? Ou talvez... será? O inigualável Príncipe Metternich?

      Katharina sorriu, mas foi com bastante seriedade que respondeu:

      —Sim, foi ele. Mas acho que o príncipe esqueceu-se de mim. Aconteceu há tanto tempo...

      —Pode um homem esquecer-se de você?

      —Acha impossível?

      Ela sentou-se na beirada da cama, ao lado do homem de pele bronzeada pelo sol contrastando com a alvura do linho do travesseiro onde recostava. Obviamente, ele não era um frequentador de salões, mas um jovem acostumado ao ar livre, a cavalgar, a praticar esportes.

      Ele cobriu Katharina de beijos, beijos famintos, apaixonados, com a impetuosidade da juventude nunca satisfeita.

      —Você é linda! Metternich falou a verdade, bela Katharina!

      —Por que insiste em recordar o passado? Situações acontecidas há tanto tempo?

      —Estou lhe dizendo o que vejo agora, e o que ele viu, um “lindo anjo nu”.

      —Eu era tão jovem, tão feliz! Jovem como você é agora.

      —Não poderia ser mais feliz do que eu neste momento

      —Katharina!— replicou ele, cobrindo-a novamente de beijos.

      —Sentia-me muito feliz…

      Ela semicerrou os olhos enquanto seus pensamentos sensuais a conduziam ao passado:

      —Nunca me esqueci daquele dia…— prosseguiu ela—, algo acontecera errado. Eu estava furiosa. Voei para a Legação em minha carruagem e não esperei que o cavalariço saísse da boleia. Pulei do carro e toquei a sineta com minhas próprias mãos.

      —E a porta foi aberta depressa?

      Não. Fiquei batendo com o pé no chão, rubra de raiva. Um criado enfim apareceu; mas meu chamado havia sido tão impetuoso que o ministro em pessoa levantou- se da escrivaninha e foi à porta para ver o que acontecia. Ele me contou mais tarde que imaginara tratar-se de correspondência imperial. Em vez disso, viu-me lá, emoldurada pelo sol, e eu o vi! Ficamos nos olhando. De súbito, minha cabeça girou e não consegui lembrar o motivo da minha visita. Apenas sabia que o homem à minha frente era Apolo que descia à terra.

      —E o que disse Apolo a você?

      —Clement disse que meu vestido, um modelo diretório, estava transparente contra a luz do sol. E me chamou de um “lindo anjo nu”.

      Katharina fez uma pausa antes de acrescentar, com voz emocionada:

      —Apenas recordo-me dos olhos azuis que me fitavam, e senti, em meu coração, que esperara СКАЧАТЬ