Название: O Preço da Liberdade
Автор: Джек Марс
Издательство: Lukeman Literary Management Ltd
Жанр: Современные детективы
Серия: Um Thriller de Luke Stone
isbn: 9781632917232
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Quando o pai desligou, Gunner ficou a observá-lo. Não parecia estar divertido e descontraído como há um minuto atrás. Gunner sabia que se a Presidente tinha ligado, o mais certo era o pai ter de fazer as malas rapidamente e partir para algum lado. Outra missão, talvez mais homens maus para matar. E deixaria Gunner e a mãe outra vez sozinhos.
“Pai, a Presidente vai ligar-te?”
O pai despenteou-lhe o cabelo com uma carícia. “Monstro, espero bem que não. E agora, que me dizes? Vamos lá pescar uns robalos riscados.”
*
Horas mais tarde, a Presidente ainda não tinha ligado.
Luke e Gunner tinham pescado três belos robalos riscados, e Luke mostrou ao filho como esventrar, limpar e arranjar o peixe. Já o tinha mostrado anteriormente, mas era através da repetição que se aprendia. Becca juntou-se a eles levando uma garrafa de vinho para o pátio e colocando um prato com queijo e crackers na mesa exterior.
Luke estava a começar a acender o lume quando o telefone tocou.
Olhou para a família. Ficaram estáticos ao primeiro toque. Ele e Becca olharam-se. Já não conseguia ler o seu olhar. Mas o que quer que aquele olhar significasse, não era com toda a certeza aprovação solidária. Atendeu o telefone.
“Agente Stone?” Questionou uma voz grave de homem.
“Sim.”
“Aguarde um momento em linha pela Presidente dos Estados Unidos.”
Permaneceu em pé como que entorpecido a ouvir o vazio.
O telefone emitiu um ruído e ela falou. “Luke?”
“Susan.”
Lembrou-se da sua imagem a liderar e a encorajar todo o país e grande parte do mundo ao cantar “Deus Abençoe a América.” Fora um momento maravilhoso, mas não passara disso, de um momento. E era aquele tipo de coisa que os políticos sabiam fazer muito bem. Era algo que fazia parte da cartilha da classe política.
“Luke, estamos com uma crise em mãos.”
“Susan, temos sempre uma crise em mãos.”
“Neste momento, estou enterrada em merda.”
Lindo. Não ouvia aquela há uns tempos.
“Vamos ter uma reunião. Aqui em casa. Preciso de si aqui.”
“Quando é a reunião?”
Ela nem hesitou. “Daqui a uma hora.”
“Susan, contando com o trânsito, estou a duas horas de caminho. Isto num dia bom. Neste momento, metade das estradas ainda estão encerradas.”
“Não tem que se preocupar com o trânsito. Já vai um helicóptero a caminho. Está aí daqui a catorze minutos."
Luke olhou novamente para a família. Becca servira-se de um copo de vinho e estava sentada de costas para ele, a contemplar o sol de final de tarde que se afundava na água. Gunner olhava para o peixe no assador.
“Ok,” Assentiu Luke.
CAPÍTULO SEIS
18:45
Observatório Naval dos Estados Unidos – Washington, D.C.
“Agente Stone, sou Richard Monk, o chefe de pessoal da Presidente. Falámos ao telefone.”
Luke aterrara no heliporto do Observatório Naval há cinco minutos. Apertou a mão de um homem alto, em forma, provavelmente da sua idade. O homem envergava uma camisa azul com as mangas enroladas. A gravata pendia torta. Tinha um tronco musculado, tal como os homens que surgiam nos anúncios da Men’s Health. Exercitava-se com afinco e trabalhava com afinco – era o que o aspeto de Richard Monk transparecia a quem se desse ao trabalho de o interpretar.
Atravessaram o corredor de mármore da Nova Casa Branca em direção às amplas portas duplas no extremo oposto. “Convertemos a nossa antiga sala de conferências numa sala de emergência,” Informou Monk. “É um trabalho em progresso, mas vamos lá chegar.”
“Tem sorte em estar vivo, não tem?” Interrogou Luke.
A máscara de confiança estampada no rosto do homem vacilou apenas por um segundo. Ele anuiu. “A Vice… bem, ela era a Vice-Presidente na altura. A Presidente, eu e uma grande quantidade de funcionários estávamos num comício na Costa Oeste quando o Presidente Hayes solicitou a sua presença no Leste. Foi tudo muito repentino. Eu fiquei em Seattle com algumas pessoas a tratar de alguns assuntos. Quando aconteceu aquilo em Mount Weather…”
Abanou a cabeça. “É demasiado horrível. Mas sim, eu também podia lá ter ficado.”
Luke concordou. Ainda estavam a retirar corpos de Mount Weather vários dias depois do desastre ter ocorrido. Até agora, trezentos. Entre eles encontravam-se o antigo Secretário de Estado, o antigo Secretário da Educação, o antigo Secretário do Interior, o responsável máximo da NASA e dezenas de Representantes e Senadores dos Estados Unidos.
Os bombeiros apenas tinham conseguido extinguir o fogo subterrâneo central no dia anterior.
“Que crise é esta de que Susan me falou?” Perguntou Luke.
Monk apontou para o fundo do corredor. “Bem, a Presidente Hopkins está na sala de conferências com o pessoal de topo. Vou deixar que sejam eles a dizer-lhe o que se passa.”
Ultrapassaram as portas duplas e entraram na sala. Várias pessoas já lá se encontravam sentadas a uma grande mesa oval. Susan Hopkins, Presidente dos Estados Unidos, estava sentada no extremo mais distante da sala. Era uma mulher pequena, quase despretensiosa, rodeada de homens enormes. Dois agentes dos Serviços Secretos estavam em pé, um de cada lado. Três outros estavam em vários cantos da sala.
À cabeceira da mesa estava um homem com aspeto nervoso. Era alto, quase careca, com uma barriga um tanto protuberante, com óculos e um fato que lhe assentava mal. Luke tirou-lhe a pinta em cerca de dois segundos. Este não era um tipo de espaço ou circunstância a que estivesse habituado e parecia estar metido em sarilhos. Parecia um homem sob imensa pressão.
Susan levantou-se. “Antes de começarmos quero apresentar-vos o Agente Luke Stone que integrava a Special Response Team do FBI. Ele salvou a minha vida há alguns dias e foi fundamental na defesa da República tal como a conhecemos. E não estou a exagerar. Penso que nunca conheci um operacional tão dotado, conhecedor e destemido a enfrentar a adversidade. É uma mais-valia para a nossa nação, para as nossas Forças Armadas e para a nossa comunidade de inteligência identificarmos e formarmos homens e mulheres como o Agente Stone.”
Agora todos aplaudiam de pé. Aos olhos de Luke, o aplauso pareceu cínico e formal. Estas pessoas tinham que aplaudir. A Presidente queria que o fizessem. СКАЧАТЬ