Pickle Pie. George Saoulidis
Чтение книги онлайн.

Читать онлайн книгу Pickle Pie - George Saoulidis страница 6

Название: Pickle Pie

Автор: George Saoulidis

Издательство: Tektime S.r.l.s.

Жанр: Героическая фантастика

Серия:

isbn: 9788893986151

isbn:

СКАЧАТЬ

      Onde estava aquele maldito ucraniano? O cara era sacana pra cacete e não tratava Diego muito bem, mas era sempre pontual. A pontualidade era uma qualidade estranha, comum a todos os bons mafiosos. Se você não chegar na hora combinada, as pessoas ficam ansiosas e se mandam.

      Dedos ansiosos sempre acabavam puxando o gatilho e matando alguém. Sempre.

      Diego lambeu os lábios, mordendo as feridas secas. Ele olhou para um lado e para o outro na rua escura, estava escuro pra cacete, cara! Quem, em sã consciência, marcaria um encontro neste buraco? Atenas era um poço de merda, mas você poderia encontrar alguma parte iluminada para fazer negócios, cara! E algum lugar onde o vento não soprasse e te congelasse até os ossos.

      Ele segurou o casaco mais apertado. Não melhorou quase nada, turco imbecil. Era estilosa e Diego gostava de se vestir bem. Ele precisava de uma boa imagem para seus negócios, cara. De que outra forma ele conseguiria seu próprio time? Ele tinha Patty Roo, o que já era um bom começo. Nem muito barata, nem muito cara. Uma boa atleta mediana. Mano, ele teve sorte nessa aposta ou o quê? A porra do Apostolis precisava de dinheiro rápido e Diego estava lá para apostar? Sortudo, sortudo, sortudo pra cacete. Apostolis, o puto ignorante, perdeu, claro, e entregou a chave da mulher para Diego.

      Pelos seios enormes de Deméter, que bênção ela havia lhe dado naquele dia!

      Diego coçou as crostas. Elas doeram, mas foi bom sentir alguma coisa nessa noite fria. Se ao menos ele tivesse sua lanterna, cara.

      Ele verificou a mercadoria. Quatro coletes HPP de última geração. Lindos, simplesmente lindos, como sempre. Aquele filho da puta do Hector era um artista com essa merda, cara. Diego sempre dizia isso a ele, feliz pra cacete por ele ser seu amigo, cara. Tão orgulhoso. Tão fodidamente orgulhoso.

      Diego coçou o braço de novo. Ele olhou para a bolsa. Onde estava aquele ucranianozinho de mer...

      Finalmente.

      Faróis de carro. Diego levantou o braço, não podia ver nada. Alguém saiu. Baixo e largo, como o ucraniano. “Porra, finalmente, cara, eu tô congelando minhas bolas aqui!”

      O homem não disse nada e se aproximou. Diego não conseguia ver o rosto dele.

      “Tô com sua merda aqui mesmo. Merda da melhor qualidade, melhor na cidade. Você não vai se desapontar.” Ele encolheu os ombros. “Tive que realmente vasculhar todo o estoque para achá-las, não foi fácil. Mas por você, e pelo preço certo...” ele parou, sua voz soando orgulhosa.

      O rosto do ucraniano era feio e marcado como sempre. “Vamos, Diego. Me mostre o que tem.”

      “Claro, deixe-me-”, Diego congelou e olhou para o local onde a bolsa estava há um minuto. “Um...” ele coçou a cabeça, arrastando os pés no escuro. Talvez ele tenha chutado pra longe sem perceber? Talvez tenha deixado em outro poste de luz?

      “Pare com essa bobagem, você tem ou não? Não me faça perder tempo.”

      “Estava bem ali, juro! Apenas um minuto atrás, pouco antes de você estacionar-”

      “Malaka prezoni,” o ucraniano xingou em Grego e tirou algo da jaqueta.

      Um flash e, por um momento, Diego pôde ver tudo. A rua suja, as lâmpadas queimadas, as persianas fechadas, o carro à frente.

      Um pequeno anjo, correndo pra longe com minúsculos pés descalços.

      Pôs sua mão sobre sua barriga e ela voltou ensanguentada.

      Diego gorgolejou e xingou o ukraniano de volta. O homem ignorou-o e simplesmente o largou lá.

      O drogado deitou-se no meio da rua, uma poça de sangue se formando em torno dele.

      Não estava tão frio agora. Até os arrepios foram embora.

      Diego teve apenas tempo suficiente para enviar uma última mensagem.

      GOTA SETE

      Diego enviou-lhe uma mensagem de texto estranha. 'Olhe no armário. Cuide bem dela.'

      Hector tentou ligar de volta mas seu telefone não completou a ligação. Ele estava muito cansado e abalado para lidar com os pensamentos incoerentes de um drogado agora, então ele os ignorou e subiu para tirar uma soneca. Assim que ele caiu na cama, ele sentiu o sono envolvendo-o todo como um cobertor.

      Algumas horas depois ele se sentia melhor. Não exatamente descansado, mas teria que ser o suficiente por enquanto. Por pouco não pisou em Armadillo. Seu animal de estimação olhou-o com raiva pois ele tinha esquecido de alimentá-lo. Ele era treinado a pressionar o autofeeder para conseguir ração, de modo que ele nunca correria o risco de morrer de fome devido à negligência, mas o fresquinho gostava mais das comidas enlatadas.

      Hector verificou o armário. “É, desculpe, Armadillo,” disse ele, bocejando, “se contente com a ração. Eu não comprei comida para mim também, eu estava ocupado demais certificando-me de que não fossemos assassinados.”

      O Armadillo se animou e mexeu as pernas dianteiras.

      “Eu sei que você sobreviveria. Mas e quanto ao velho molenga aqui? Hector acenou em desdém. “Ah... eu vou fazer compras, estamos sem nada de qualquer maneira.”

      O dia parecia bom. A cidade ainda era uma merda, mas ter sobrevivido fez tudo parecer saturado demais, as cores, os cheiros, a vida ao seu redor. Ele normalmente pegaria o caminhão, mesmo para uma viagem tão curta, mas hoje ele queria sentir o ar, sabe, sugar o monóxido de carbono? Atravessou a avenida Syggrou, ignorando as prostitutas nas suas esquinas. Ele desviou duas ruas do seu caminho para a boca de fumo habitual de Diego, que ficava atrás de uma casa de apostas.

      Hector não era chegado em esportes. Pela primeira vez na vida, ele notou os vários cartazes e estatísticas exibidos para o futebol, basquete e corrida de Fórmula 1, tanto clássicos quanto elétricos, mas seus olhos caíram no torneio Cyberpink. Era meio difícil evitar. A coisa toda era projetada para atrair o olhar masculino enquanto roubava suas economias.

      Ele entrou no local de apostas. Telas e mais telas com estatísticas, replays, partidas, todas controladas por realidade aumentada e todas com som holográfico direcional de modo que todos podiam ouvir apenas o jogo que queriam, fazendo com que o local tivesse um estranho efeito de eco como se fosse assombrado. Homens e mulheres apostavam nas equipes, nos resultados, nas jogadoras, nas MVPs e, para o espanto de Hector, nas lesões das jogadoras.

      Ele percebeu que não sabia nada sobre Cyberpink. Havia algumas mulheres, em equipes? E algo sobre um crânio? Um crânio de cachorro, por algum motivo? E pontos?

      Essa era toda a extensão de seu conhecimento. Seu implante mostrou um resultado de pesquisa em seu dispositivo de realidade aumentada, mas ele o dispensou. Ele se sentia cansado demais para aprender coisas novas agora.

      Onde estava o Diego? Esta era sua boca habitual. Ele perguntou ao lojista.

      “Oh, cara, ele te devia dinheiro também?”

      Hector tomou nota do tempo passado. “Sim, mas não é por isso que estou perguntando. Eu realmente conheço o bastardo há anos.”

      “Ah, maaano, sinto muito, СКАЧАТЬ