Название: Uma aristocrata no deserto - Escondida no harém
Автор: Maisey Yates
Издательство: Bookwire
Жанр: Языкознание
Серия: Ómnibus Temático
isbn: 9788413752808
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– Não vou lutar contigo.
– Tens medo?
Ele sorriu.
– Deixa-o. Ambos sabemos que não podes vencer-me.
Farah susteve a respiração. Aborrecia-a que ele estivesse tão seguro de si próprio. Com todas as suas forças, desejou poder fazer com que o grande príncipe do Bakaan se inclinasse à frente dela.
– Posso fazer-te correr – ameaçou ela e esgrimiu a espada no ar, testando o seu peso e o seu equilíbrio.
– Gostaria de o ver – respondeu ele, com um sorriso.
Então, mexendo-se com uma velocidade incrível, Zachim desembainhou a sua espada.
Sem hesitar, ela carregou contra ele. Os metais chocaram e ecoaram no beco. Finalmente, a adrenalina do combate permitira-lhe esquecer o medo e a tensão que sentira antes. Concentrou-se em procurar um ponto fraco no seu adversário, mas não encontrou nenhum.
– Para, Farah! – ordenou ele, tirando o suor da testa com a manga.
Como resposta, ela voltou a atacar o inimigo. Espada contra espada, continuaram a lutar até que, de repente, se ouviu o som de roupa rasgada.
Ambos ficaram imóveis. Horrorizada, Farah viu como o sangue começava a cair da manga do príncipe.
Oh, por Alá… Ela não quisera magoá-lo. Com os olhos assustados, olhou para ele por um instante, antes de soltar a espada e fugir por um beco.
O suor e o medo tiravam-lhe agilidade. Quando uma mão a agarrou pelo lenço da cabeça, gritou com todas as suas forças. Por sorte, o lenço caiu e ela continuou a fugir.
O som dos passos avisava-a de que o príncipe estava perto, até a agarrar pelo braço e a fazer virar-se de repente.
Cheia de verdadeiro terror, Farah lutou contra ele com todas as suas forças. No entanto, Zachim só demorou um segundo a imobilizá-la com a cara colada contra uma porta, as mãos por cima da cabeça e as pernas abertas, presas pelas dele.
Zachim tentou recuperar o fôlego enquanto a segurava contra a porta. O corte doía-lhe, mas não era grave, pois ela recuara no último momento. Devia tê-la desarmado desde o princípio, pensou. Mas desfrutara muito do combate. Era boa com a espada, sim. Não tanto como ele, embora combater com ela o enchesse de vida e excitação. Fora o mesmo que sentira quando tinham galopado juntos pelo deserto. Há muito tempo que não se sentia tão vivo. Talvez fosse por aquela mulher ser tão perigosa.
Como se tivesse notado que estava perdido nos seus pensamentos, Farah tentou libertar-se e ele apertou-a com mais força contra a porta. Então, pensou que podia ter mais armas. Tinha de a revistar, antes de a soltar. Sem querer, imaginou-se a percorrer-lhe o corpo com as mãos e a tirar-lhe as roupas pouco a pouco. E experimentou uma ereção. Por alguma razão, o seu corpo agia por conta própria quando estava perto dela, pensou, praguejando. Normalmente, costumava sentir-se atraído por mulheres que lhe correspondiam. E aquele não era o caso.
Zachim teve a tentação de apoiar a sua ereção contra o traseiro arredondado da sua adversária. Seria muito agradável, pensou. E, se fletisse um pouco as pernas, podia aninhá-la entre as suas coxas.
Com uma ereção que não parava de crescer, o príncipe inspirou o seu cheiro. Aproveitando o momento, a gatinha selvagem deu-lhe um pontapé e soltou uma mão.
Devia controlar as suas fantasias, repreendeu-se Zachim, segurando-a novamente.
– Teria corrido melhor se tivesses usado o teu corpinho ágil para me dar prazer, em vez de lutares comigo.
Uma mistura de medo e fúria brilhou nos olhos castanhos de Farah. Mas Zachim adivinhou neles algo mais. Desejo, interrogou-se. O que faria se a beijasse com paixão até fazer com que lhe rogasse que a possuísse?
– Preferiria queimar-me com óleo a ferver a ter de te seduzir – declarou ela.
Normalmente, Zachim não achava difícil controlar as suas emoções. Mas aquela mulher conseguia fazer com que um monge esquecesse os seus votos de celibato.
– Mentirosa.
Antes de conseguir pensar se era correto ou não, o príncipe abraçou-a e beijou-a sem piedade. Não parou, por muito que ela se retorcesse e lutasse para se soltar.
A faísca que havia entre eles acendera-se quando Farah lhe pusera os dedos na boca ou, talvez, antes. Para além da lógica e da razão, a única coisa que queria era submetê-la, ter as suas pernas compridas à volta das ancas e possuí-la até a fazer esquecer o seu próprio nome.
Quando ela gemeu como se estivesse a magoá-la, Zachim levantou a cabeça finalmente. A sua prisioneira tinha as faces rosadas e madeixas de cabelo na cara. Tinha os lábios inchados e húmidos e, com cada gemido, esmagava os seios contra o peito dele.
Emocionado com a sua própria reação, Zachim pensou em soltá-la naquele mesmo instante. Mas mudou de ideias quando ela deitou a língua de fora e lambeu os lábios, onde a beijara. Então, apercebeu-se de que já não tentava libertar-se, mas olhava para a boca dele, pedindo mais.
Com um gemido desesperado, ele inclinou a cabeça e voltou a beijá-la, daquela vez, com mais suavidade. Queria saboreá-la, sentir a sua textura e o seu sabor. Quando ela levantou a cara, entregando-se ao beijo, ele excitou-se ainda mais. Nunca experimentara algo tão íntimo, tão delicioso, pensou, apertando-se contra ela.
Farah escondeu os olhos por baixo das pestanas grossas, como se aquilo fosse demasiado, como se não conseguisse resistir ao inevitável. Abriu mais os lábios, dando as boas-vindas à língua do seu captor. Sem se aperceber, soltou-lhe as mãos e agarrou-a pelo queixo, para poder perder-se na sua boca com mais profundidade.
Ao sentir que ela se derretia nos seus braços e o acariciava timidamente com a língua, Zachim sentiu que o resto do mundo desaparecia à sua volta. Tremendo, a jovem emitiu um gemido suave e agarrou-se aos seus ombros. Ele não conseguia parar de tocar nela. Só queria chegar por baixo da sua túnica para poder sentir o calor da sua pele.
Vagamente, então, apercebeu-se de que não estavam sozinhos. Alguns guardas que tinham parado na entrada do beco estavam a presenciar como fazia amor com a prisioneira. Não era um comportamento exemplar. Por isso, usando toda a sua força de vontade, deu um passo atrás.
Quando a soltou, Farah caiu contra a porta, com os olhos esbugalhados e os lábios inchados, húmidos. Estava bonita. E parecia perplexa.
– O que aconteceu? – perguntou ele, finalmente, quando conseguiu recuperar a prudência.
Um tumulto de emoções desenhou-se no rosto de Farah, entre elas, o orgulho ferido.
– Forçaste-me.
Ele sentiu-se como se o tivesse esbofeteado. O pai fora um perseguidor, mas ele não era. Não a forçara, pois ela suplicara que a beijasse desde que se tinham visto.
– Dei-te o que querias. Se te atreveres a negá-lo, despir-te-ei e demonstrar-te-ei que СКАЧАТЬ