Uma aristocrata no deserto - Escondida no harém. Maisey Yates
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Название: Uma aristocrata no deserto - Escondida no harém

Автор: Maisey Yates

Издательство: Bookwire

Жанр: Языкознание

Серия: Ómnibus Temático

isbn: 9788413752808

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СКАЧАТЬ libertá-la-ia.

      «Olho por olho.»

      Essa fora a forma de pensar do pai, não a dele. No entanto, estava tão furioso que não se importava. Ter estado prisioneiro durante três dias e ter tido de atravessar o deserto no meio de uma tempestade fizera com que a sua lógica racional se dissipasse. O seu desejo de pôr as mãos em cima da filha de Mohamed Hajjar também não era nada racional. Sem conseguir evitá-lo, interrogou-se como cheiraria depois do banho. Uma fantasia excitante invadiu a sua mente. Os dois nus e molhados, enquanto ele a devorava.

      Por Alá, aquela mulher não era o seu tipo.

      No duche, Zachim refletiu que, possivelmente, podia encontrar uma mulher que o acompanhasse ao casamento. Com sorte, haveria alguma entre as convidadas, pensou. Talvez conhecesse alguém que quisesse partilhar uma noite de paixão. Ele sabia que podia agradar a qualquer mulher. Com trinta e dois anos, desfrutava de uma libido muito saudável. Embora a tivesse deixado desatendida durante muito tempo. O seu recente celibato era a única coisa que podia explicar tanta obsessão por Farah Hajjar.

      Zachim fechou a torneira do duche e sacudiu o cabelo. Não ia voltar a ver Farah quando tudo aquilo acabasse. E isso era bom, pensou, enquanto se vestia e se concentrava no casamento do irmão.

      Quando estava vestido e preparado, Staph bateu à porta.

      – Príncipe Zachim! – gritou Staph, aparecendo à porta com desespero. – Tem de vir depressa. A mulher do harém desapareceu!

      – Desapareceu? – repetiu Zachim, paralisado. – É impossível. Deixei dois dos meus melhores guardas à porta.

      – Sim, senhor. Não conseguimos encontrá-la – indicou o idoso, ofegante.

      Perplexo, Zachim disse uma enxurrada de blasfémias e dirigiu-se para o harém.

      Capítulo 6

      Farah deteve-se dentro de uma porta escondida nas sombras para respirar fundo e decidir que caminho seguir naquele labirinto de ruas e edifícios. Ao princípio, pensara que não era possível escapar, mas, no fim, fora muito fácil.

      Um pedreiro esquecera-se de uma escada extensível no jardim, o que lhe bastara para escalar o muro do palácio. Além disso, os preparativos de alguma celebração tinham-na ajudado a camuflar-se entre tantos empregados.

      Observando a posição do sol, decidiu dirigir-se para norte e começou a andar em ziguezague entre o mar de corpos que a rodeavam.

      Olhando para a direita e para a esquerda, correu por um pequeno beco com edifícios altos aos lados e chegou a uma pequena praça. Tapou a cara com o lenço que tinha na cabeça e acelerou o passo, enquanto um mau pressentimento a assaltava.

      – Está uma tarde muito quente para sair para passear, menina Hajjar – comentou alguém, num tom profundo.

      Ao virar-se, Farah reconheceu ao príncipe à espera dela no beco.

      – Prefiro ficar em casa nas horas de calor.

      Encontrara-a! Como era possível? Farah tinha a certeza de que ninguém a vira a ir-se embora. Dissera à empregada que ia dormir. Frustrada, viu como ele a observava com um ar tranquilo, como se fossem dois velhos amigos que se encontravam por acaso. No entanto, eram inimigos acérrimos e ela não o esqueceria, por muito sedutora que fosse a sua boca, sobretudo, depois de ter tomado banho e se ter barbeado.

      Por Alá, estava muito bonito!

      Algo se acendeu entre as pernas de Farah, ao mesmo tempo que a respiração acelerava. Aquele homem despertava coisas dentro dela a que preferia não dar nome.

      Ele estava vestido com uma túnica preta e, apesar de estar limpo, não parecia mais civilizado do que no deserto. Era o arquétipo do poder masculino e atraía-a imenso.

      Furiosa, tirou a espada que escondera nas dobras da túnica.

      – Mais um passo e lamentarás.

      – Não me digas? – replicou ele, arqueando uma sobrancelha com um ar trocista.

      A sua insolência era insultante. Farah sabia que não podia vencê-lo em combate, pois era muito alto e muito forte. No entanto, talvez pudesse fazê-lo recuar por um momento, o suficiente para fugir e desaparecer entre as ruelas.

      Em qualquer caso, não tencionava render-se.

      – Pousa a espada, Farah! – ordenou ele, com suavidade.

      Ela mexeu os dedos no punho da espada. A forma como pronunciava o seu nome naquele tom tão viril e sensual fazia a sua temperatura subir.

      – Não.

      – Pensava que eras inteligente, minha pequena Zenóbia. Vais demonstrar-me que me enganava?

      Farah treinara-se para a luta com alguns dos homens do pai, até Mohamed o ter proibido. Depressa lhe tiraria a vontade de se rir.

      – Escapei, não foi? – perguntou ela, com ferocidade.

      Ele cerrou os dentes. Ainda bem. Um homem furioso cometia mais erros do que se estivesse tranquilo, pensou ela.

      – Os meus guardas encontraram-te – observou ele, olhando para a lâmina da espada.

      – Os teus guardas são uns inúteis. Duvido que conseguissem encontrar um grão de areia no deserto. Talvez lhes falte treino.

      Quando Zachim voltou a cerrar os dentes, ela quase sorriu ao verificar que conseguia irritá-lo tão facilmente. Ele tivera sorte quando a apanhara no acampamento. Mas, daquela vez, não seria tão afortunado.

      – Não é boa ideia provocar um leão furioso – avisou ele, num tom rouco.

      Um calafrio percorreu Farah diante da sua ameaça.

      – Se for verdade que os teus homens me localizaram, porque não me prenderam?

      – Ordenei-lhes que não o fizessem.

      – Porquê? – perguntou ela, ficando tensa ao ver que ele começava a aproximar-se.

      Farah interrogou-se porque a praça atrás dela estava tão silenciosa, embora não desviasse os olhos do príncipe. Naquele momento, nada era mais perigoso do que aquele homem. Levantou a espada, preparando-se para a luta.

      – Temias que os magoasse?

      – Não – negou ele, rodeando-a pela direita. – Temia que te magoassem – acrescentou. – Deixa a espada. Não podes ganhar esta batalha.

      Ela não disse nada. Pelo canto do olho, captou movimento no terraço do edifício que tinha ao lado. Portanto, não estavam sozinhos.

      – Precisas de ajuda para desarmar uma mulher, príncipe Zachim? – troçou Farah.

      – Penso que já demonstrei que não, gatinha.

      – Sim! Foi apenas sorte. Apanhaste-me desprevenida.

      – A sério? СКАЧАТЬ