O filho inesperado do xeque. Carol Marinelli
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Название: O filho inesperado do xeque

Автор: Carol Marinelli

Издательство: Bookwire

Жанр: Языкознание

Серия: Sabrina

isbn: 9788413754802

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СКАЧАТЬ sabíamos nada.

      – Um casamento?

      – Entre o casamento com a sua primeira mulher e o casamento com a minha mãe, afinal esteve casado com uma tal de Brandy durante setenta e duas horas.

      – História antiga e sem importância – disse Khalid.

      – É possível, mas trata-se de uma história antiga que pode bem ressurgir manhã.

      – A reputação do Jobe está acima de tudo isso – respondeu Khalid, tranquilo, tentando acalmar aquelas águas turbulentas. – E a vossa, também. Se fosse algo recente, aí sim, poderia ser difícil de assumir para a sua companheira atual. Ele voltou para a Chantelle antes de morrer?

      – Na verdade não, mas estiveram juntos, de um modo intermitente, durante alguns anos.

      – Ethan, toda a gente tem um lado escuro – respondeu-lhe Khalid com calma. – E que o Jobe tivesse amantes, ou que estivesse casado por umas horas, não será uma grande surpresa. O Jobe levou uma vida intensa e todos sabemos como gostava das mulheres.

      – Das mulheres, sim – Ethan suspirou e Khalid viu como estava incomodado. Agora sim, ia ouvir a verdadeira razão pela qual lhe tinham pedido que viesse antes do funeral. – Durante os últimos quatro anos, o meu pai enviou uma soma mensal muito considerável a uma Aubrey Johnson.

      Isso sim, era uma surpresa.

      – O Jobe tinha uma aventura com um homem?

      E, naquela noite sombria, Ethan começou a rir.

      – Não, Khalid. O Jobe não era gay.

      – Mas Aubrey é um nome masculino.

      – Não. Digamos que é unissexo. Garantidamente, a Aubrey Johnson não é um homem.

      Ele entregou-lhe algumas fotos.

      Não, Aubrey não era um homem. Na verdade, parecia ser algo mais do que uma simples mulher.

      Aubrey Johnson tinha um espesso cabelo loiro e uns expressivos olhos azuis, mas as suas delicadas feições ficavam um pouco alteradas por uma maquilhagem muito marcada, com pestanas postiças e os lábios muito pintados de vermelho. A sua bela figura aparecia envolta numa única peça, uma malha vermelha de lantejoulas.

      – Quantos anos tem? – perguntou Khalid, com um tom de desilusão na voz. Jobe tinha setenta e quatro anos.

      – Vinte e dois. É dançarina.

      – Imagino que não te refiras a dançarina num salão de baile.

      A imagem seguinte respondeu à sua pergunta. Aparecia junto a um grupo de mulheres com um vestido muito reduzido e muito revelador. E, novamente, com muita maquilhagem.

      – E é trapezista – acrescentou Ethan enquanto Khalid continuava a ver as fotos. – Embora não muito boa. A menina Johnson vive num parque de caravanas e é frequentadora habitual das mesas de jogo. Quando não está a atuar, parece que ela e o meu pai… – não conseguiu terminar. – Mal tinha dezoito anos quando começaram os pagamentos.

      Em que raios estaria o Jobe a pensar?

      Khalid não conseguia acreditar que o homem que tanto admirava tivesse mantido uma relação com alguém tão jovem.

      Não. Não podia aceitar algo assim de Jobe.

      – Poderá haver outra explicação?

      – Se há, estamos a fazer tudo o que é possível para a encontrar – Ethan moveu a cabeça. – Mas não aparece.

      – Não poderia ser filha dele? – insistiu Khalid, reticente e a pensar o pior.

      – Não. O meu pai era um homem generoso e, se soubesse que ela era sua filha, nunca teria permitido que estivesse a viver num parque de caravanas. E, se o dinheiro fosse por uma qualquer razão benevolente, tinha fideicomissos e colaborava com organizações de beneficência. Mas os pagamentos à menina Johnson saíram de uma conta oculta, que ele não queria que alguém soubesse.

      – Ainda bem que ficaste a saber antes que se tornasse público.

      – Se houver algum escândalo, eu e o Abe tratamos do assunto, mas não queremos que se saiba amanhã no funeral. Queremos que o nosso pai tenha uma despedida digna.

      – Claro.

      – Comunicámos os nomes destas mulheres aos seguranças para que as mantenham afastadas de…

      – Não, não – interrompeu-o Khalid. – Vocês têm de as deixar entrar no funeral.

      – De modo algum. Não vamos transformar a sua despedida num espetáculo de Vegas.

      – Ethan, pensava que me tinhas feito vir cá para pedir-me conselhos.

      – Sim, mas…

      – Queres armar uma cena com as câmaras fora do teu controle?

      – Claro que não.

      – Então, acrescenta essas mulheres à lista de convidados. Se chegarem, põe os seguranças a vigiá-las. Eu também farei com que os meus estejam atentos. Vocês foquem-se em despedirem-se do vosso pai e não te esqueças que, se alguma aparecer, será para apresentar os seus respeitos. E isso não se nega a ninguém.

      – Não – Ethan suspirou.

      – E deverás convidá-las para a homenagem privada.

      – Não! Isso é apenas para a família e para os amigos próximos.

      – Não deveria precisar recordar-te que deves manter perto os teus inimigos, Ethan.

      – E arriscar-me a que tudo acabe por tornar-se num circo? – explodiu Ethan, mas sabia que Khalid nunca dava um conselho sem refletir, por isso acabou por assentir. – Falarei com o Abe.

      – Tudo se esclarecerá – tranquilizou-o Khalid. – É possível que o teu pai guardasse alguns segredos, mas era um bom homem.

      – Eu sei. Obrigado por estares aqui. Para o meu pai significaria muito.

      – O teu pai significava muito para mim.

      E continuaram a falar dos detalhes do que ia acontecer no dia seguinte. O título de príncipe de Khalid tinha sido suprimido do serviço por seu expresso desejo.

      – Tens a certeza disso? – insistiu Ethan quando Khalid se preparava para retirar-se.

      – Completamente. Foi uma das melhores coisas do tempo que passei aqui – admitiu Khalid. – Ninguém me tratava como príncipe ou como herdeiro da coroa. Aqui era apenas o Khalid. Amanhã deves focar-te em recordar o teu pai. Eu ocupo-me dos problemas que possam surgir.

      Ethan assentiu agradecido e ambos saíram do escritório.

      – E tu, Khalid?

      – Eu o quê?

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