Название: A Última Missão Da Sétima Cavalaria
Автор: Charley Brindley
Издательство: Tektime S.r.l.s.
Жанр: Зарубежная фантастика
isbn: 9788835416876
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“Meu T-DARD ficou louco. Ele acha que estamos na Costa Azul.”
“Costa Azul, é? Seria agradável.” Alexander olhou para seus soldados. “Eu sei que vocês foram ordenados a deixar seus celulares no quartel, mas será que alguém não trouxe um sem querer?”
Todos puxaram seus telefones.
“Jesus!” Alexander balançou a cabeça em negação.
“E é uma boa coisa, também, Sargento.” Karina empurrou seu capacete para cima e colocou o celular na orelha. “Com rádio e GPS na palma da mão, de que outra forma poderíamos descobrir onde estamos?”
“Não encontro nada.” Paxton bateu seu celular no tronco de uma árvore e tentou de novo.
“Provavelmente você não pagou sua fatura.” Karina digitava uma mensagem de texto com seus polegares.
“Nada aqui,” Joaquin disse.
“Estou ligando para o 9-1-1,” Kady disse. “Eles vão saber onde estamos.”
“Você não precisa ligar para o 9-1-1, Sharakova,” Alexander disse. “Isto não é uma emergência, ainda.”
“Nós estamos muito longe das torres de telefonia,” Kawalski disse.
“Bem,” Karina disse, “isso nos diz onde não estamos.”
Alexander olhou para ela.
“Não pode ser na Costa Azul, com certeza. Provavelmente tem setenta torres ao longo daquele pedaço da costa do Mediterrâneo.”
“Certo,” Joaquin disse. “Estamos em algum lugar tão remoto, que não há torre de telefonia em oitenta quilômetros.”
“Isso poderia ser noventa por cento do Afeganistão.”
“Mas estes noventa por cento do Afeganistão nunca se pareceram com isto,” Sharakova disse, apontando para os pinheiros muito altos.
Atrás dos elefantes vinha um comboio de carros de boi carregados com feno e grandes potes de barro cheios de grãos. O feno estava empilhado até o alto e amarrado com tiras de grama. Cada carro era puxado por dois bois pequenos, pouco mais altos do que um pônei Shetland. Eles trotavam em um bom ritmo, conduzidos por homens que caminhavam ao lado deles.
Demorou vinte minutos para que os carros de feno passassem. Eles eram seguidos por duas colunas de homens, todos vestindo túnicas curtas de diferentes cores e estilos, com saias de proteção de tiras grossas de couro. A maioria estava nu até a cintura, e todos eram musculosos e cheios de cicatrizes. Eles carregavam escudos feitos de pele de elefante. Suas espadas de dois gumes tinham cerca de sessenta centímetros e eram levemente curvadas.
“Parecem durões,” Karina disse.
“Sim,” Kady disse. “Aquelas cicatrizes são de verdade?”
“Ei, sargento,” Joaquin disse.
“Sim?”
“Você notou que nenhuma destas pessoas tem o menor medo das nossas armas?”
“Sim,” Alexander falou enquanto observava os homens passarem.
Eram cerca de duzentos soldados, e eles eram seguidos por outra companhia de combatentes, mas estes estavam a cavalo.
“Eles devem estar gravando um filme em algum lugar lá na frente,” Kady disse.
“Se estiverem,” Kawalski disse, “conseguiram um monte de atores feios.”
Eles viram mais de quinhentos soldados montados, que eram seguidos por um pequeno grupo de homens a pé, vestindo túnicas brancas que se pareciam com togas.
Atrás dos homens de branco vinha outro comboio. Os carros de duas rodas levavam grandes potes de barro, pedaços de carne crua, e dois vagões estavam carregados de porcos guinchando.
Um cavalo e seu cavaleiro vieram galopando da frente da coluna, no lado oposto da trilha do pelotão.
“Ele está com pressa,” Karina disse.
“Sim, e está sem estribos,” Lojab comentou. “Como é que ele fica na sela?”
“Eu não sei, mas aquele cara deve ter um metro e noventa.”
“Provavelmente. E olha só aquela fantasia.”
O homem vestia um peitoral de bronze gravado, capacete de metal com pelo vermelho de animal no topo, um manto escarlate, e sandálias extravagantes, com cordões de couro amarrados nos seus tornozelos. Sua sela era coberta por pele de leopardo.
Uma dúzia de crianças corria na beira da trilha, passando pelos carros. Eles vestiam sarongues curtos feitos de um tecido áspero e de cor morena, estendendo-se até os joelhos. Exceto por um deles, estavam nus acima da cintura e tinham a pele escura, mas não negra. Eles carregavam volumosas bolsas de pele de cabra, com tiras sobre seus ombros. Cada um segurava uma tigela de madeira em uma das mãos. As tigelas eram presas aos seus pulsos por um pedaço de couro.
Um dos meninos viu o pelotão de Alexander e foi correndo até eles. Ele parou em frente a Karina e inclinou sua bolsa para encher a tigela com um líquido claro. Com a cabeça baixa, e usando as duas mãos, ele estendeu a tigela para Karina.
“Obrigada.” Ela pegou a tigela e a levantou em direção aos lábios.
“Espere,” Alexander disse.
“O quê?” Karina perguntou.
“Você não sabe o que é isso.”
“Parece ser água, sargento.”
Alexander foi até ela, mergulhou o dedo na tigela, e tocou sua língua. Ele estalou os lábios. “Tudo bem, dê um pequeno gole.”
“Não depois de você ter enfiado seu dedo aí.” Ela sorriu para ele. “Brincadeirinha.” Ela tomou um gole, e então bebeu metade da tigela. “Obrigada, muito obrigada,” ela disse, e então e devolveu a tigela para o menino.
Ele pegou a tigela, mas ainda sem olhá-la; em vez disso, ele manteve os olhos fixados nos pés dela.
Quando as outras crianças viram Karina beber da tigela, quatro delas, três meninos e a única garota do grupo, se apressaram para servir água ao resto do pelotão. Todos eles mantinham a cabeça baixa, jamais olhando para os rostos dos soldados.
A menina, que aparentava ter cerca de nove anos, estendeu sua tigela para Sparks.
“Obrigado.” Sparks bebeu a água e devolveu a tigela para ela.
Ela o espiou, mas quando ele sorriu, ela jogou a cabeça para baixo novamente.
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