Sedução Diabólica. Barbara Cartland
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Название: Sedução Diabólica

Автор: Barbara Cartland

Издательство: Bookwire

Жанр: Языкознание

Серия: A Eterna Colecao de Barbara Cartland

isbn: 9781782136118

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СКАЧАТЬ é a cobra do paraíso– uma vez uma mulher tinha declarado, furiosa–, se aquela serpente tivesse nome, seria Circe!

      Mais de uma dúzia de mulheres pensava da mesma forma, ao ver seus maridos dominados, seus filhos com o coração partido e a confusão emocional causada por Circe, que prosseguia intacta, vitoriosa.

      Sobre ela, circulavam muitas histórias, e o Conde, às vezes, pensava que seria uma rival à altura na luta do amor. Com ela, precisaria ser cuidadoso, para não perder a batalha.

      Bem, mas não tencionava competir com ninguém.

      Seus dias de juventude tinham firmado a reputação de conquistador. Possuía glórias e críticas suficientes. Era, no fundo, um rebelde, não propriamente um leviano, como diziam. Só seguia sua própria vontade e não se importava com o que os outros pensavam.

      Quando queria uma mulher, tomava-a. Não precisava fazer disso um acontecimento público, um carnaval.

      Na noite anterior, quando Circe Langstone o convidou, de modo muito casual, para visitar sua casa, sabia exatamente o que ela queria.

      –Vou receber alguns amigos– disse–, teria muito prazer em vê-lo, se não tiver nada melhor a fazer.

      Era um modo muito artificial, para que o Conde acreditasse na pureza das intenções dela e não lesse, nas entrelinhas, um convite bem diferente. Na última hora, ele sabia, os amigos não compareceriam “por motivos pessoais” e se encontraria sozinho com a anfitriã.

      Olhou-a de cima a baixo. Estava com um colar de esmeraldas que brilhavam do mesmo modo que seus olhos verdes. De repente, desejou saber como realmente, ela era. Se na verdade seria assim tão má como a reputação que tinha.

      À reputação de uma mulher, o Conde pensou, pode ser construída em bases muito frágeis. Um boato pode ser exagerado tanto que se torna algo pior e mais depravado que as profundezas do inferno.

      Circe parecia um pouco diabólica. Rake achou que os olhares lânguidos por baixo dos cílios longos e escurecidos eram tão artificiais como as coisas que ela dizia. Seria um erro não procurar conhecer todo o repertório dela.

      –Estou treinando alguns cavalos– respondeu–, e se tiver vontade, como espero ter, e passar por Park Lane, vou me dar a honra de aceitar o seu convite.

      Falou com seu cinismo habitual e olhou nos olhos da mulher, deixando bem claro que, no último momento, podia mudar de ideia e não aparecer, e que também, não estava lisonjeado nem muito interessado pelo convite.

      Agora que estava ali, tudo acontecera como já esperava… com exceção de Ofélia.

      Quando a porta do boudoir se abriu, sentia-se confuso, pensando no que teria acontecido com Jem Bullet e por que a garota havia dito que não recebia nenhuma pensão.

      Lá em cima, em um pequeno quarto, nos fundos, Ofélia perguntou a si mesma como podia ter se comportado de modo tão louco e estúpido, ao se encontrar, sozinha, com o Conde de Rochester.

      Sabia que a madrasta ia ficar furiosa, se soubesse. Agora, só podia rezar para que Bateson, o mordomo, tivesse suficiente tato e não dissesse que o Conde a havia encontrado arrumando as flores.

      Na verdade, naquele dia arrumou mais flores do que normalmente. Por isso, sabia que a visita do Conde era importante.

      Ofélia podia adivinhar a importância dos homens que a madrasta recebia, pela quantidade de flores que comprava.

      Hoje, havia mais do que nunca. Depois de arrumar os vasos do boudoir da madrasta, arrumaria ainda os dos salões Entretanto, ela dizia a si mesma que devia ter observado o relógio, pois sabia que tinha que desaparecer dali, antes que o Conde fosse levado lá em cima.

      –Como pude ser tão idiota?

      Olhou o espelho, apreensiva. Não estava preocupada com seu próprio rosto, mas com a face contorcida de ódio da madrasta, que lhe dava medo, quase terror.

      Ofélia sentiu-se aterrorizada, ciciante da ira da mulher que havia tomado o lugar de sua mãe. Era inteligente bastante, para saber que Circe não a punia pelos erros que cometia, e sim por ser atraente demais para uma enteada.

      Antes de sair da escola, já fazia ideia de como seria sua vida. Mas suas previsões não eram tão horríveis quanto a realidade. Agora, depois de três meses vivendo com uma mulher que a odiava, Ofélia imaginava quanto tempo ainda conseguiria aguentar.

      Nada do que fazia estava certo. E sempre que a madrasta a olhava, era com olhos cruéis e os lábios apertados. Não adiantava recorrer ao pai. Tudo que dizia era desmentido pela madrasta e o pai acreditava na esposa.

      Depois de dois anos de casados, ele continuava apaixonado, completamente dominado por aquela mulher que o escravizara, mal a esposa tinha sido sepultada.

      Ofélia não sabia, mas muita gente percebeu que George Langstone enviuvou no momento certo para Circe Drayton.

      O marido dela, um bêbado, havia morrido em duelo e o amante da época desaparecera imediatamente, porque não queria casar.

      Homens que gostavam de visitá-la e cortejá-la, quando o marido não estava em casa, oferecendo joias e vestidos, se recusavam a dar o que mais desejava; uma aliança de casamento.

      Sem dinheiro, sem amigas e com uma posição precária na sociedade, Circe olhou em volta, desesperada, procurando alguém que a salvassse e encontrou George Langstone.

      Ele era uma presa fácil, encantador, educado, esportista e rico. Um homem que sempre pensava o melhor de seus semelhantes. Circe concentrou nele todos os seus encantos, e alguns diziam até que havia usado magia negra para conquistá-lo. Segundo os boatos, Circe invocava o diabo, e logo a história se espalhou rapidamente.

      –Minha querida, ela é uma bruxa!– as mulheres comentavam.

      –Como Henry poderia evitar? Você sabe como ele é simples, nunca iria lutar contra bruxaria!

      Se não era Henry, era Leopold, Alexander, Lionel ou outros.

      Os homens pareciam coelhos hipnotizados por uma serpente, quando olhavam nos olhos de Circe, ficavam encantados, até que ela não mais os desejasse.

      Foi Lady Harriet Sherwood, sua amante, que fez com que o Conde se interessasse por Lady Langstone, pois ele próprio não tinha nenhuma intenção de seguir o destino de outras vítimas.

      –Ela é cheia de truques!– Harriet tinha dito, furiosa–, John foi dominado por ela e tenho certeza de que tudo isso é resultado de magia negra!

      –Acredita mesmo nestas bobagens?

      –Mas você conhece John! Ele é o melhor irmão que alguém pode ter. É calmo, sensível e nunca antes se importou com mais ninguém, a não ser com a esposa e a filha.

      –Talvez tenha chegado a hora dele resolver fazer algumas farras– o Conde comentou, cínico.

      –Farras? Aos trinta e quatro anos? Ele já passou desta fase há muito tempo! Não é culpa dele! É aquela mulher. A bruxa. Ele não tem jeito de escapar dela!

      Harriet se aborrecera por causa СКАЧАТЬ