Название: A Carícia da Morte
Автор: Блейк Пирс
Издательство: Lukeman Literary Management Ltd
Жанр: Современные детективы
Серия: Um Mistério de Riley Paige
isbn: 9781640294370
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“Tenho que lá ir dizer-lhe adeus,” Disse April.
April desatou a correr porta fora em direção à porta do lado.
Riley ainda estava a tentar organizar as suas próprias emoções.
“Peço desculpa,” Disse ela.
“Desculpa porquê?” Perguntou Blaine.
“Tu sabes.”
Blaine assentiu. “A culpa não foi tua Riley,” Disse ele com um tom de voz carinhoso.
Riley e Blaine fitaram-se durante um momento. Por fim, Blaine forçou um sorriso.
“Ei, eu não vou propriamente abandonar a cidade,” Disse ele. “Podemos sempre encontrar-nos quando quisermos. E as miúdas também. E elas ainda vão frequentar a mesma escola. Será como se nada tivesse mudado.”
Um sabor amargo apoderou-se da boca de Riley.
Isso não é verdade, Pensou. Tudo mudou.
E nessa altura a desilusão começou a dar lugar à fúria. Riley sabia que não estava certo sentir-se zangada. Ela não tinha esse direito. Ela nem sequer sabia porque é que se sentia assim. Tudo o que sabia era que não o conseguia evitar.
E o que deviam fazer agora?
Dar um abraço? Apertar as mãos?
Ela tinha a sensação de que Blaine sentia a mesma estranheza e indecisão.
Conseguiram trocar um adeus conciso. Blaine voltou para casa e Riley regressou para dentro da sua. Encontrou Jilly a tomar o pequeno-almoço na cozinha. Gabriela já colocara o pequeno-almoço de Riley na mesa por isso, sentou-se à mesa e comeu com Jilly.
“Então, estás entusiasmada com o dia de hoje?”
A pergunta de Riley saiu antes de perceber quão desajeitada soara.
“Acho que sim,” Disse Jilly, espetando um garfo nas panquecas. Nem olhou para Riley.
*
Um pouco mais tarde, Riley e Jilly entravam na Brody Middle School. O edifício era atraente com cacifos com portas de cores coloridas alinhados no corredor e arte de estudantes visível em todo o lado.
Uma aluna educada e agradável ofereceu ajuda e direcionou-as para o gabiente principal. Riley agradeceu-lhe e continuou a percorrer o corredor, segurando nos papéis de matrícula de Jilly com uma das mãos e segurando na mão de Jilly com a outra.
Anteriormente, tinham-se registado no gabinete central. Tinham levado a papelada que os Serviços Sociais de Phoenix tinham reunido – boletim de vacinas, transcrições escolares, a certidão de nascimento de Jilly e uma declaração de que Riley era a tutora oficial de Jilly. Jilly tinha sido retirada da custódia do pai, apesar dele ter ameaçado contestar essa decisão. Riley sabia que o caminho para finalizar e legalizar uma adoção não seria rápido ou fácil.
Jilly apertou com força a mão de Riley. Riley teve a sensação de que a rapariga se sentia muito pouco à vontade. Não era difícil imaginar porquê. Por muito dura que tivesse sido a vida em Phoneix, era o único lugar onde Jilly jamais tinha vivido.
“Porque é que não posso ir para a escola com a April?” Perguntou Jilly.
“No próximo ano vais estar no mesmo liceu,” Disse Riley. “Mas primeiro tens que terminar o oitavo ano.”
Encontraram o gabinete principal e Riley mostrou os papéis à rececionista.
“Gostaríamos de ver alguém para matricular a Jilly na escola,” Disse Riley.
“Tem que se encontrar com um orientador escolar,” Disse a rececionista com um sorriso. “Venham por aqui.”
Ambas precisamos de alguma orientação, Pensou Riley.
A orientadora era uma mulher na casa dos trinta anos com um cabelo castanho encaracolado. Chamava-se Wanda Lewis e o seu sorriso era tão terno quanto um sorriso pode ser. Riley pensou que ela podia realmente ajudar. Com certeza que uma mulher naquela posição já teria lidado com outros alunos com passados problemáticos.
Wanda Lewis fez-lhes uma visita guiada à escola. A biblioteca era impecável, organizada e bem fornecida de computadores e livros. No ginásio, raparigas jogavam basquetebol com alegria. A cantina era limpa e reluzente. Tudo parecia absolutamente perfeito para Riley.
Durante todo aquele tempo, Wanda Lewis colocou a Jilly várias perguntas acerca da sua anterior escola e sobre os seus interesses. Mas Jilly quase não disse nada em resposta e não colocou quaisquer perguntas. A sua curiosidade pareceu espevitar um pouco quando espreitou para a sala de arte. Mas mal se prosseguiu, voltou ao seu silêncio e indiferença.
Riley interrogou-se do que poderia estar a passar pela cabeça da rapariga. Ela sabia que as suas notas mais recentes haviam sido fracas, mas já tinham sido ótimas em anos anteriores. A verdade era que Riley quase não sabia nada sobre a experiência escolar passada de Jilly.
Talvez até odiasse a escola.
Esta nova devia ser assustadora, um lugar onde Jilly não conhecia ninguém. E claro, não ia ser fácil recuperar o atraso nos estudos quando só faltavam algumas semanas para o fim do período.
No fim da visita guiada, Riley conseguiu persuadir Jilly a agradecer a Wanda Lewis. Concordaram que Jilly começaria as aulas no dia seguinte. Depois Riley e Jilly saíram para o exterior rumo ao frio cortante de Janeiro. Uma fina camada da neve do dia anterior repousava no parque de estacionamento.
“Então o que te pareceu a tua nova escola?” Perguntou Riley.
“Bem,” Disse Jilly.
Riley não conseguia perceber se Jilly estava a ser soturna ou se estava simplesmente atordoada com todas as alterações que tinha que encarar. Ao aproximarem-se do carro, notou que Jilly tremia muito e que os dentes batiam. Usava um casaco pesado de April mas o frio estava mesmo a ser um problema para ela.
Entraram no carro e Riley ligou a ignição e o ar quente. Mesmo com o carro mais quente, Jilly ainda tremia.
Riley manteve o carro estacionado. Chegara o momento de descobrir o que incomodava aquela menina que estava ao seu cuidado.
“O que é que se passa?” Perguntou. “Há alguam coisa na escola que te incomode?”
“Não é a escola,” Disse Jilly, com a voz agora a tremer. “É o frio.”
“Bem sei que não faz frio em Phoenix,” Disse Riley. “Isto deve ser estranho para ti.”
Os olhos de Jilly encheram-se de lágrimas.
“Às vezes faz frio,” Disse ela. “Sobretudo à noite.”
“Diz-me o que é que se passa,” Pediu Riley.
As lágrimas começaram a correr pelo rosto. Ela falava numa vozinha mínima e abafada.
“O СКАЧАТЬ