A Carícia da Morte . Блейк Пирс
Чтение книги онлайн.

Читать онлайн книгу A Carícia da Morte - Блейк Пирс страница 3

СКАЧАТЬ azul para mim.

      Era importante não as trocar.

      Ambos bebericaram o chá sem dizer nada. Hallie encarava aqueles momentos como momentos de companheirismo tranquilo. Entristecia-a um pouco saber que não haveria mais momentos daqueles. Dali a alguns dias, este paciente já não precisaria dela.

      Dali a nada Cody cabeceava de sono. Ela misturara o pó com um medicamento para dormir para garantir que tal sucedia.

      Hallie levantou-se e juntou os seus pertences para se ir embora.

      E então começou a cantar suavemente uma canção que conhecia desde sempre:

      Longe de casa,

      Tão longe de casa-

      Este bebé pequenino está longe de casa.

      Definha

      De dia para dia

      Demasiado triste para rir, demasiado triste para brincar.

      Não chores,

      Sonha até mais não poderes.

      Deixa-te vencer pelo sono.

      Não há mais suspiros,

      Fecha os olhos

      E estarás em casa pelo sono.

      Os seus olhos fecharam-se, ela afagou o seu cabelo carinhosamente.

      Então, depois de lhe pousar um beijo afável na testa, ergueu-se e foi-se embora.

      CAPÍTULO UM

      A Agente do FBI Riley Paige estava preocupada enquanto caminhava na escada de desembarque do Phoenix Sky Harbor International Airport. Estivera ansiosa durante todo o voo desde o Reagan Washington International. Viera à pressa porque ouvira que uma adolescente estava desaparecida – Jilly – uma rapariga em relação à qual Riley se sentia especialmente próxima. Riley estava determinada a ajudar a rapariga e até colocava a hipótese de a adotar.

      Quando Riley se encaminhava para o portão de saída, caminhando apressadamente, olhou para cima e ficou chocada ao ver a própria Jilly ali com o agente do FBI do gabinete de Phoenix Garrett Holbrook mesmo a seu lado.

      Jilly Scarlatti de treze anos estava ao lado de Garrett, a piscar os olhos, obviamente à sua espera.

      Riley ficou confusa. Tinha sido Garrett a telefonar-lhe para lhe dizer que Jilly tinha fugido e estava em parte incerta.

      Contudo, antes de Riley fazer qualquer pergunta, Jilly correu na sua direção e atirou-se para os seus braços a soluçar.

      “Oh, Riley, desculpa. Desculpa-me. Nunca mais volto a fazer o mesmo.”

      Riley abraçou Jilly carinhosamente, olhando para Garrett em busca de uma explicação. A irmã de Garrett, Bonnie Flaxman, tinha tentado adotar Jilly, mas Jilly rebelara-se e fugira.

      Garrett sorriu ligeiramente – uma expressão fora do normal para um homem geralmente taciturno.

      “Ela ligou à Bonnie depois de saires de Fredericksburg,” Disse Garrett. “Disse que só queria dizer adeus de uma vez por todas. Mas então a Bonnie disse-lhe que estavas a caminho para a levares contigo para casa. Claro que ficou logo entusiasmada e disse-nos onde a devíamos ir buscar.”

      Ele olhou para Riley.

      “Vires até cá salvou-a,” Concluiu Garrett.

      Riley limitou-se a ficar parada durante uns instantes com Jilly a soluçar nos seus braços, sentindo-se estranhamente desajeitada e indefesa.

      Jilly murmurou algo que Riley não conseguiu ouvir.

      “O quê?” Perguntou Riley.

      Jilly recompôs-se e olhou Riley nos olhos, olhos castanhos a transbordar de lágrimas.

      “Mãe?” Disse Jilly com uma voz tímida e sufocada. “Posso chamar-te de Mãe?”

      Riley abraçou-a novamente, esmagada pelo confuso massacre de emoções a que estava a ser sujeita.

      “Claro,” Disse Riley.

      Depois virou-se para Garrett. “Obrigada por tudo o que fizeste.”

      “Ainda bem que pude ajudar, pelo menos um pouco,” Respondeu. “Precisas de um lugar para ficar enquanto cá estás?”

      “Não. Agora que a Jilly foi encontrada, não vale a pena. Apanhamos o próximo voo de regresso.”

      Garrett apertou-lhe a mão. “Espero que resulte para ambas.”

      Depois foi-se embora.

      Riley olhou para a adolescente que ainda estava agarrada a ela. Riley sentia uma mistura de sentimentos. Se por um lado estava eufórica por tê-la encontrado, por outro estava apreensiva quanto ao que o futuro lhes reservaria.

      “Vamos comer um hambúrguer,” Disse Riley a Jilly.

      *

      Nevava levemente durante a viagem de carro do Reagan Washington Airport até casa. Jilly olhava silenciosamente pela janela. O seu silêncio era uma grande mudança depois do voo de mais de quatro horas de Phoenix. Nessa altura, Jilly não conseguia parar de falar. Nunca andara de avião e estava curiosa em relação a tudo.

      Porque é que agora está tão sossegada? Interrogou-se Riley.

      Ocorreu-lhe que a neve devia ser uma visão pouco usual para uma rapariga que tinha vivido toda a sua vida no Arizona.

      “Já tinhas visto neve?” Perguntou Riley.

      “Só na televisão.”

      “Gostas?” Questionou-a Riley.

      Jilly não respondeu, o que fez com que Riley se sentisse desconfortável. Ela lembrava-se da primeira vez que vira Jilly. A rapariga tinha fugido de um pai agressivo. Num ato de puro desespero, decidira tornar-se prostituta. Fora para uma paragem de camionistas que era um lugar conhecido no mundo do engate de prostitutas – chamavam-lhes “lot lizards” porque eram particularmente maltrapilhos.

      Riley estava lá a investigar uma série de homicídios de prostitutas. Acontecera encontrar Jilly escondida na cabina de um camião à espera de se vender ao condutor quando ele regressasse.

      Riley entregara Jilly aos Serviços de Proteção de Menores e mantivera o contacto com ela. A irmã de Garrett acolhera Jilly para a adotar, mas Jilly tinha acabado por fugir novamente.

      E fora nessa altura que Riley decidira levar Jilly para sua casa.

      Mas agora começava a pensar se cometera um erro. Já tinha que cuidar de uma filha de quinze anos, April. Só a April podia dar uma trabalheira. Tinham passado juntas por algumas experiências traumáticas desde que o СКАЧАТЬ