Legado de paixões - O homem que arriscou tudo. Michelle Reid
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Название: Legado de paixões - O homem que arriscou tudo

Автор: Michelle Reid

Издательство: Bookwire

Жанр: Языкознание

Серия: Tiffany

isbn: 9788413752785

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СКАЧАТЬ durante a maior parte do tempo, mas eles tinham insistido em mantê-lo intacto para ela.

      Os seus pais tinham tentado ter aquele filho durante vinte anos e, quando se tinham dado por vencidos, aquele anjo fora concebido. E Zoe amava-o com todo o seu coração.

      Quando lhe pegou ao colo, estava molhado e inquieto, mas tranquilizou-se assim que reconheceu a voz do Zoe.

      – Ninguém nos vai separar, querido – sussurrou ela.

      Depois de lhe mudar a fralda, desceu com ele. Ao chegar ao andar de baixo apercebeu-se de que aumentara o volume do ruído procedente do exterior e perguntou-se o que teria causado o rebuliço.

      A razão, apercebeu-se, estava na cozinha, a olhar pela janela. Devia ter-se espalhado a notícia de que Anton Pallis estava ali. Só faltava que um helicóptero aterrasse no jardim e dele saísse Theo Kanellis para que os sonhos dos jornalistas se tornassem realidade.

      Encontro de milionários gregos numa casa modesta de Islington!, pensou Zoe, ao mesmo tempo que tirava um biberão do frigorífico.

      O milionário que estava na sua cozinha falava naquele momento ao telefone e, mais uma vez, ela sentiu um formigueiro no estômago ao olhar para ele, que se recusava a aceitar como atração embora não lhe custasse admitir que era um homem muito atraente.

      Desviando o olhar, ouviu-o a falar em grego. Parecia zangado e, quando se virou para a ouvir, o seu rosto contraiu-se numa expressão de impaciência. Depois de acabar a conversa bruscamente, apoiou as costas no lava-loiça e marcou outro número.

      Em vez de prestar atenção à conversa, Zoe sentou-se no sofá, pôs os pés ao alto e concentrou-se em dar o biberão a Toby.

      Só conhecia aquele homem há meia hora e, no entanto, aquela cena pareceu-lhe de uma naturalidade inaudita: ela a alimentar o bebé enquanto ele dava instruções com firmeza no que parecia russo.

      «Uma cena doméstica terna», disse-se, sorrindo para si com sarcasmo enquanto pegava na mãozinha de Toby e a beijava.

      Anton acabou de falar e houve um silêncio em que se ouviu o ponteiro dos segundos do relógio da parede e o motor do frigorífico. Havia uma tensão no ar que Zoe atribuiu às suas últimas palavras, de que se arrependera imediatamente. Não tinha o direito de acusar aquele homem de ser o filho substituto de Theo Kanellis. Não era preciso ser um génio para calcular que devia ser um menino quando o seu pai fugira. E o seu pai sempre dissera que se fora embora por vontade própria e que não tinha o menor desejo de voltar.

      Anton não recordava ter-se sentido tão incomodado como na casa de Leander Kanellis. O comentário de Zoe tinha-o afetado profundamente.

      – A menina e o seu irmão podiam ter tudo o que quiserem – ouviu-se dizer, deixando que o negociador que havia nele tomasse as rédeas.

      Zoe olhou para ele por cima das costas do sofá.

      – A que preço? – perguntou, por pura curiosidade.

      Anton aproximou-se da poltrona que havia junto do sofá e, depois de pedir permissão com o olhar, que ela concedeu encolhendo os ombros, sentou-se. Mas antes de falar, Zoe adiantou-se:

      – Lamento o que disse antes. Fui muito injusta.

      – Não se desculpe. Tem o direito de dizer o que sente. Além disso, sabe porque estou aqui.

      – Talvez devesse dizer-mo claramente para que não haja mal-entendidos.

      Embora não se tratasse de um cessar de hostilidades, Anton viu-o como uma via aberta para a negociação, um terreno onde se sentia muito mais confortável.

      – Estou aqui para negociar os termos em que acederia a entregar o bebé a Theo. Pode acompanhá-lo ou, se o preferir, continuar com os seus estudos.

      – Diga-lhe que agradeço, mas que Toby e eu não vamos a lado nenhum.

      – E se Theo decidisse ir a julgamento para conseguir a custódia do menino?

      – Sou a sua tutora legal e duvido que Theo queira a má imprensa que ganharia se me enfrentasse.

      – Tem a certeza? – perguntou Anton, olhando para ela fixamente.

      – Sim.

      Anton era da mesma opinião. Cerrou os dentes e procurou outro ângulo de aproximação.

      – Theo não é um mau homem. É teimoso e, às vezes, difícil, mas é honesto e nunca seria cruel com um bebé.

      – Mas não foi capaz de enviar um representante ao funeral do seu próprio filho.

      – Porque sabia que o expulsaria.

      – É possível – disse ela, encolhendo os ombros.

      Nesse momento, Toby queixou-se, e ela, deixando o biberão de lado, pô-lo sobre o seu ombro ao mesmo tempo que lhe esfregava as costas. Anton observou-os e, ao observar a fragilidade de ambos, sentiu-se como o mensageiro do diabo, enviado para roubar o bebé.

      – O seu avô está muito doente e não pode viajar.

      – Vê-se que está doente há vinte e três anos.

      Anton não fingiu não a compreender.

      – O seu pai…

      – Nem pense em culpar o meu pai! – exclamou ela, com olhos cintilantes. – Não está aqui para se defender, portanto mencioná-lo é desprezível.

      – Ofereço-lhe as minhas desculpas – disse Anton, imediatamente.

      – Não as aceito – replicou Zoe, sentindo que o sangue lhe fervia.

      Toby emitiu outro gemido e, deitando-o novamente, Zoe ofereceu-lhe o biberão.

      Anton observou-os, fascinado por um instante. Não tinha nenhuma experiência com bebés, mas de onde o observava, aquele bebé era grego dos pés à cabeça: o cabelo preto, a pele cítrica…

      – Esse menino merece a melhor vida possível, Zoe – Anton sabia por experiência que era verdade. – Impedir que a tenha porque se recusa a perdoar os pecados do seu avô é de um egoísmo extremo, para além de um erro profundo.

      – Porque não fecha a boca e se vai embora? – gritou Zoe, fazendo com que Anton se assustasse e Toby começasse a chorar.

      Capítulo 3

      – Odeio-o – sussurrou Zoe, antes de respirar fundo para conter as lágrimas e acalmar o bebé.

      – Porque sabe que tenho razão – insistiu Anton. – Sabe que não pode manter esta casa e que terá de se mudar para uma ainda mais modesta.

      Tocou o seu telemóvel e Anton, dirigindo-se para a cozinha, atendeu com um ar de impaciência. Tratava-se de Kostas, o chefe da sua escolta, que o avisava de que os ânimos começavam a aquecer no exterior.

      – Os vizinhos estão indignados – disse Kostas. – Não aguentam a maneira СКАЧАТЬ