Storey. Keith Dixon
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Читать онлайн книгу Storey - Keith Dixon страница 15

Название: Storey

Автор: Keith Dixon

Издательство: Tektime S.r.l.s.

Жанр: Триллеры

Серия:

isbn: 9788873041719

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СКАЧАТЬ disso, sou um combatente contra o crime, não sou? Nascido para combater o crime.”

      “Desaparece. Agora vou dar uma pancada para o buraco catorze, portanto, desampara-me a loja.”

      “Vê lá se cais e te magoas.”

      Rick cortou a ligação, virou-se e viu Kirkland a olhar para ele, levantando o sobrolho como que à espera de que lhe dissesse de quem era a chamada.

      Esquece. Não precisava de saber de nada. Se ia violar a lei, dando informações a Storey, quanto menos pessoas soubessem, melhor.

      CAPÍTULO DEZ

      Viu-os antes mesmo de chegar à porta do bar – os três homens de Cliff estavam cá fora, dois deles a fumar, o terceiro, o que pensava que provavelmente era holandês, com uma imperial na mão. Merda. Estaria ela presa a ele? Não podia fazer nada sem que Cliff lá estivesse?

      Olhou em redor. O Litten Tree era um bar-restaurante numa zona movimentada perto do centro, na rua que ia para a estação ferroviária e, finalmente, para Kenilworth. Conseguia ver através da porta dupla o grande televisor de parede, que devia ter dois metros ou mais de largura. O local parecia movimentado, embora a rua estivesse calma.

      “Que diabo de coincidência voltar a encontrar os três” – disse ele.

      Gary, o baixote com olhar intenso, apagou a beata com o pé. “Desbocado, como de costume. És sempre assim?”

      “Tu fazes sobressair o melhor que há em mim. A Araminta está por aí?”

      Gary olhou para Tarzan. “Que é que achas, Tarz? Viste-a?” Gostava de usar o grandalhão como seu ajudante nas piadas, pensou Paul, uma maneira de provocar os outros. Antes que Tarzan pudesse responder, continuou: “Tenho a certeza de que lhe teria sentido o cheiro. Borracho à procura de alguém debaixo de quem se rebolar como uma porra duma cadela com o cio. Tarz, viste alguém que corresponda a esta descrição?”

      Tarzan puxou uma passa do seu cigarro e abanou a cabeça.

      “Ultimamente, não. Nada de borrachos cheirosos por estas bandas.”

      “Então, que se passa? Estão à espera de alguém? Sabem, alguém me disse há muito tempo que se visse três homens à porta dum bar, dois deles provavelmente eram gays e o outro, invejoso. Portanto, qual é o quê?”

      Gary puxou as calças para cima pelo cinto, olhando em redor, a ver se estava alguém a observar, e Paul preparou-se para a eventualidade de vir aí um murro. Tarzan a deitar fora o cigarro, Paul a pensar que estavam a preparar-se, à procura duma oportunidade, quando o Holandês começou a rir-se.

      “Levei-vos, os dois, aos arames” – disse ele. “O perito da provocação pregou-lhes uma partida.”

      “Cala-te” – disse Gary, com Paul a vê-lo ficar vermelho. “Ao contrário do meu colega Tarzan, estou seguro da porra da minha masculinidade.”

      “Sim, eu vi” – disse o Holandês. “Estava-se a ver na porra da tua cara.”

      A porta do bar abriu-se e ali estava agora Cliff, atarracado e musculoso, sólido no seu espaço, começando Paul a ver melhor o poder que exercia sobre as pessoas. “Que merda de mariquice é esta?” – disse Cliff.

      “Estávamos só...”

      “Sim, sim, eu disse-lhes que me avisassem quando este idiota aparecesse.”

      “O idiota sou eu?” – perguntou Paul.

      “Achas que sim? Serve-te a carapuça e tudo. Anda, anda por aqui” –, pegando no braço de Paul e afastando-o da luz da porta, passando intencionalmente pela zona pedonal de Bull Yard em direção à passagem subterrânea que levava a um silo automóvel com vários andares.

      Paul, libertando o braço, começou a perguntar a si mesmo aonde iam. Era ali que Cliff entrava, tentando convencê-lo a alinhar no golpe que estava a planear? Ou havia algo mais?

      Pararam no meio da passagem subterrânea, à frente duma parede de azulejos pretos e brancos. Retesou os músculos e, depois, descontraiu-se. Concentrou-se. Sintonizou o ouvido, hipersensível agora ao barulho pés no asfalto, cinco homens a posicionarem-se, a leve brisa a vir da passagem subterrânea, o fedor a vir de meia dúzia de caixotes de lixo industriais azuis.

      “Tenho de falar contigo acerca da Minty, como sabes, não sabes?” – disse Cliff.

      “Ela está cá?”

      “Não te preocupes. Que andas tu a fazer com aquela rapariga? Estás a ver se lhe dás uma? A uma rapariga com bom aspeto como ela? Pode ser uma vaca miserável a maior parte do tempo, mas sabe muito bem tratar dela, concedo.”

      Paul inclinou-se para trás, abrindo distância entre ele e Cliff, e disse descontraidamente: “Qual é a vossa? Ela tem um namorado, não tem?”

      “Conheceste-o, não conheceste? Ontem. Sei a história toda. Está muito aborrecida por teres falado com ele. Acha que estás a arruinar a sua vida amorosa. Devias perceber, companheiro, que uma pessoa não se mete entre uma rapariga e uma pila amigável. Percebes o que estou a dizer?”

      Paul sentiu que, de repente, estava no meio dum círculo, tendo os outros mudado de posição.

      “Que é isto?” – disse. Depois, entendeu acrescentar: “Estão a ameaçar-me?”

      Cliff olhou para cada um dos seus homens antes de voltar a ele.

      “Parece uma ameaça? Cinco sujeitos a conversarem numa túnel merdoso. Podíamos estar a falar de pesca, não podíamos? É uma coisa que nunca compreendi – porque é que chamam a isto ‘pesca recreativa’? Que é a porra dum recreio? Neste contexto, claro.”

      “Que é que tens em curso com a Araminta e o David? É a história do cancro? Dar-lhe algum dinheiro enquanto se trata… Estou surpreendido por ele ter caído nessa.”

      “O quê? Com a tua grande experiência de psicologia humana enquanto avaliador de seguros, é isso que queres dizer?”

      “Entre outras coisas.”

      Cliff acenou com a cabeça no escuro, como se soubesse que Paul ia dizer aquilo ou algo semelhante. “Está bem, eu sabia que não eras um miserável dum manga de alpaca. És demasiado agressivo. Que mais há? No teu passado?!”

      Paul não disse nada, limitou-se a olhar para ele, deixando os olhos repousarem em cima do outro homem como um peso pesado.

      “Aposto que estiveste no exército” – disse Cliff. “Toda essa merda das viagens… Aposto que fizeste uma missão na Irlanda, no Iraque ou noutro sítio qualquer, não fizeste?”

      Paul continuava a olhá-lo em silêncio… deixa andar, não digas nada.

      Então, Cliff pareceu fartar-se e disse: “Que se foda – não incomodes o David. É um bom homem e está a fazer um trabalho importante. Ao contrário de ti.”

      “Se tu o dizes...”

      “Ah! Agora já falas, não falas? Pensei que o gato СКАЧАТЬ