O playboy implacável. Miranda Lee
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Название: O playboy implacável

Автор: Miranda Lee

Издательство: Bookwire

Жанр: Языкознание

Серия: MINISERIE SABRINA

isbn: 9788413489940

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СКАЧАТЬ começou a falar nesse tom refinado e cristalino.

      – Bem-vindos. Para começar, quero agradecer-vos por terem vindo esta noite para apoiar uma causa tão querida para mim. É uma desdita que os refúgios para mulheres sejam necessários no nosso mundo, que devia ser civilizado e ilustrado, mas são. É possível que alguns de vocês não saibam, mas sou assistente social de alguns refúgios de bairros marginalizados e sei que custa imenso seguir em frente e ajudar todas as mulheres que lhes pedem ajuda. Precisamos de mais refúgios, de mais assistentes sociais, de mais assessores… Naturalmente, tudo isso implica mais dinheiro e, esta noite, esperamos angariar parte, graças à vossa generosidade. Por favor… abram os cordões à bolsa. Acreditem em mim quando vos digo que tudo será crucial para essas mulheres que não têm para onde ir nem a quem recorrer. Precisam da vossa ajuda. Obrigada.

      Quando parou de falar, a sala irrompeu em aplausos. Jeremy sentiu-se orgulhoso dela e francamente comovido. Que discurso! Bela mulher! Os políticos deveriam aprender com ela. Se não fosse o leiloeiro, teria licitado em todos os lotes para que alcançassem o preço mais alto antes de cair o maço. No entanto, decidiu que faria uma doação considerável no fim da noite. Até era possível que esse gesto servisse para que ela aceitasse sair com ele. Porque, certamente, sabia que ia pedir-lhe.

      Quando Alice se sentou à mesa, todos se dirigiram a ela ao mesmo tempo. Felicitaram-na e garantiram-lhe que doariam. Jeremy não conseguiu falar, mas, assim que pôde, inclinou-se para ela para falar em voz baixa.

      – Foi um discurso muito impressionante, Alice. Se quisesses, poderias ser angariadora de fundos profissional.

      Alice ficou rígida com a reação do seu corpo à voz dele e ao calor da respiração na orelha. Sentiu um nó no estômago e os mamilos endureceram. Era aterrador, mas também era maliciosamente cativante. Desejava virar-se e sorrir a sério, com um sorriso que lhe indicasse como queria deixar-se levar por esse feitiço carregado de erotismo que achava que poderia fazer-lhe… se deixasse.

      No entanto, seria como brincar com o fogo. Vira o que os homens podiam fazer a uma mulher.

      Era possível que Jeremy não fosse tão atroz como o marido abusador da irmã ou como esse descarado desalmado com quem saíra na universidade, mas era um mulherengo compulsivo que queria as mulheres apenas para uma coisa. Embora também tivesse de reconhecer que a sua mente traiçoeira estivera a pensar nessa coisa desde que o conhecera. Evidentemente, Jeremy era um Casanova consumado que não precisava de levantar um dedo para que as mulheres se derretessem. A sua elegância e beleza naturais faziam-no por ele… e essa voz tão maravilhosa e sensual, claro.

      Apesar da tentação poderosa, recusou-se a ser mais uma das suas conquistas de playboy. Esboçou um sorriso de mera cortesia, antes de virar a cabeça para responder. No entanto, infelizmente, não esperara que Jeremy estivesse tão perto. Os seus narizes, os seus olhos e as suas bocas ficaram a escassos centímetros. O seu sorriso congelou, olhou para os lábios dele e odiou-se por se questionar como seria beijá-los. Mesmo assim, desejou-o. Efetivamente, desejava-o e, durante um instante, quase cedeu a esse impulso premente de encurtar a distância que havia entre eles. No entanto, conseguiu dominar-se no último segundo e ele, graças a Deus, endireitou-se na sua cadeira.

      – Não poderia ser uma angariadora de fundos profissional – replicou ela, com a frieza habitual. – Não gosto de pedir dinheiro a ninguém. Pelo menos, desta forma, as pessoas recebem alguma coisa em troca da doação. Garantiram-me que a comida e o vinho serão bons, mas, claro, não haverá muito por onde escolher. É um menu fixo com duas alternativas em cada prato. Era a única forma de conseguir servir tantos jantares.

      – Parece-me bem – comentou Jeremy, enquanto chegavam os primeiros pratos.

      Alice alegrou-se por poder concentrar-se em algo que não fossem essas sensações desatinadas. Conteve um suspiro de alívio quando todas as pessoas da sua mesa começaram a comer com aparente satisfação. Os empregados ofereciam constantemente vinho branco ou tinto e cada mesa tinha jarros de água fresca e de sumo de laranja para o caso de alguém não beber álcool. Mandy, que estava à sua direita, e ela escolheram vinho branco, embora não tencionasse beber muito.

      – Come – disse Jeremy, ao vê-la com o garfo na mão e a cabeça noutro lugar. – Adoro as mulheres que desfrutam da comida.

      – Parece-me que gostas de todas as mulheres.

      – É possível que tenhas razão, são o sexo mais bonito sem nenhum género de dúvidas.

      – Com especial ênfase no sexo – troçou ela.

      – Não gostas muito dos homens, pois não? – perguntou ele. – Ou é só comigo?

      O remorso corroeu-a por dentro quando percebeu como fora antipática quando não lhe fizera nada. Fora tudo fruto da sua imaginação.

      – Lamento – desculpou-se ela, sinceramente. – Não costumo ser tão desagradável, mas foi um dia complicado. Gosto de ti, a sério, e agradeço que tenhas vindo para ser o leiloeiro. É que…

      – O quê?

      Alice fechou os olhos e abanou a cabeça. Era impossível explicar-lhe sem ser desagradável outra vez.

      – Nada – respondeu ela. – Estou um pouco cansada.

      – Não pareces cansada, estás muito bonita.

      – Por favor, não…

      – Não o quê? – interrompeu ele. – Não queres que te diga que me pareces maravilhosa? Eu gostaria de te convidar para jantar, Alice.

      Não conseguia acreditar que estivesse tão tentada a aceitar o jantar e, depois, a cama. A intensidade dessa tentação deixou-a atónita. Fiona tivera toda a razão do mundo. Jeremy era muito perigoso.

      – Obrigada, lisonjeias-me, mas não posso aceitar.

      – Posso perguntar porquê? Acabaste de me dizer que gostas de mim

      – Tenho de te dar um motivo? Talvez tenha namorado.

      – Tens?

      – Não.

      Alice levou o copo de vinho aos lábios. Decidira não beber, mas esse homem faria qualquer mulher beber.

      – Tens namorado? – insistiu ele.

      O susto fez com que lhe caísse um pouco de vinho. Ele, rapidamente, pegou no lenço branco que tinha no bolso do casaco e limpou-lhe o vinho que lhe caíra pelo queixo e pelo pescoço e que se aproximava do decote.

      – Não faças isso! – ordenou ela, embora tivesse ficado com pele de galinha.

      – Não sejas ridícula – replicou ele, enquanto continuava a limpar-lhe o vinho.

      George e Mandy disseram qualquer coisa, mas ela só conseguia concentrar-se nesse lenço endiabrado que se dirigia para os seus mamilos duros e eretos.

      Ele parou antes de os alcançar e retirou o lenço. Alice não soube se devia sentir-se aliviada ou dececionada.

      – Então, qual é o verdadeiro motivo para que não possas aceitar o meu convite? – perguntou ele, sem se alterar, enquanto ela tentava acabar o primeiro prato. – E, por favor, gostaria que me dissesses a verdade.

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