Название: O playboy implacável
Автор: Miranda Lee
Издательство: Bookwire
Жанр: Языкознание
Серия: MINISERIE SABRINA
isbn: 9788413489940
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– Eu também vou sozinho – reconheceu Jeremy. – Eu também sou um solteirão resmungão. Talvez possa dar-me a honra de se sentar ao meu lado durante o jantar desta noite…
– Será um prazer.
– Suponho que seja de etiqueta.
– Sim. É um… inconveniente?
– Não. Não é inconveniente.
Se havia algo em que Jeremy nunca falhava, era em ir perfeitamente vestido a todos os eventos sociais. Adorava a moda e preocupava-se com a sua imagem. O seu guarda-roupa tinha uma variedade imensa de roupas.
Quando ela começou a agradecer-lhe outra vez, interrompeu-a, perguntou-lhe onde e quando podiam encontrar-se naquela noite, despediu-se e chamou Madge.
Ela espreitou imediatamente pela porta.
– Tudo resolvido? – perguntou ela.
– Resolvido, mas diz-me uma coisa. Viste a tal Alice?
– Não, só falei com ela ao telefone.
– E em que agência de relações públicas trabalha?
– Ela… Eu… – Madge hesitou com perplexidade. – Não te disse? Ela trabalha como assistente social em alguns refúgios para mulheres.
– Não, Madge, não me disseste.
– Lamento muito. Hoje, estou um pouco confusa. Em qualquer caso, a Alice explicou-me, da primeira vez que ligou, que não podiam permitir-se pagar a um angariador de fundos profissional e que estava a fazer tudo sozinha. Garanto-te que não é uma tarefa fácil.
– Não… – reconheceu Jeremy.
No entanto, aborrecia-o enganar-se. Imaginava que podia haver filhas de famílias ricas com consciência social e o desejo de fazer alguma coisa pelos menos favorecidos, mas, segundo a sua experiência, era muito estranho.
Ficou impressionado e decidiu que faria tudo o que estivesse ao seu alcance para que o leilão daquela noite fosse um sucesso.
– Será melhor continuar a trabalhar – acrescentou ele.
No entanto, tinha a mente noutra coisa. Estava impaciente por saber tudo a respeito da enigmática Alice Waterhouse.
Capítulo 2
– Obrigada por me emprestares este vestido comprido tão bonito, Fiona.
Alice estava a olhar-se ao espelho de corpo inteiro. O vestido era preto, liso e sem alças, mas tinha um casaco a condizer para a proteger do fresco da noite até chegar ao hotel.
– É um prazer – replicou a companheira de apartamento.
Essas palavras recordaram-lhe a conversa que tivera com o editor de Kenneth Jacobs. Era um homem encantador e tinha uma voz linda. Seria um leiloeiro muito melhor do que o senhor Jacobs.
– Oxalá pudesse ter ido ao teu evento em vez de ter de jantar com os pais do Alistair – continuou Fiona –, mas é o aniversário da mãe dele… Não posso começar mal com a minha futura sogra.
– Suponho que não.
Alice alegrava-se por não ter de se preocupar com essas coisas, porque não tencionava casar-se.
– Estás muito bonita – elogiou Fiona. – Adoraria ter a tua classe, a tua altura e o teu cabelo.
Alice ficou perturbada com os elogios. Parecia-lhe que não era nada de especial, embora tivesse um cabelo bonito. Era loiro e fácil de pentear. Também não era tão alta, media um metro e setenta. Sim, era verdade que Fiona era mais baixa, mas era muito atraente. Tinha um cabelo escuro e denso, uns olhos grandes e castanhos e um corpo voluptuoso que os homens desejavam. Embora Alice não quisesse que a desejassem.
– Esse vestido fica-te muito melhor do que a mim – continuou Fiona. – Quando o visto, fico quase com os seios de fora e os homens não me tiram os olhos de cima toda a noite. O Alistair diz que não devo voltar a usá-lo, portanto, se o quiseres, querida, é todo teu.
Alice surpreendia-se por Fiona lhe chamar «querida» como se fosse uma criança quando, na verdade, tinham a mesma idade. Também não queria que a tratasse como se ainda fosse aquela rapariga que chegara a Londres e aparecera, sem um cêntimo, à sua porta.
Fiona acolhera-a e dera-lhe um quarto, sem custos, até ganhar algum dinheiro. Então, quando dissera que ia mudar-se ao fim de umas semanas, Fiona rogara-lhe que ficasse, pois divertia-se muito com ela. Ao longo dos sete anos que tinham vivido juntas, tinham-se tornado bastante íntimas e contado confidências. Fiona entendia porque não gostava dos homens, mas, mesmo assim, não perdera a esperança de que, algum dia, conhecesse um homem em quem pudesse confiar… e que pudesse amar.
– Tinha-te contado que o Kenneth Jacobs desistiu de ser o nosso leiloeiro no último momento? – perguntou Alice, enquanto Fiona lhe punha perfume. – Alegou uma constipação.
– A sério? O que fizeste?
– Fiquei em pânico.
– Tu? – Fiona riu-se. – Em pânico? Impossível! Tu terás sabido o que fazer.
Divertia-se com essa fé cega de Fiona na sua capacidade organizativa, embora, claro, qualquer pessoa parecesse fria e serena em comparação com Fiona, que era bastante despistada e muito desordenada. Às vezes, pensava que Fiona lhe pedira para ficar porque ela fazia quase todas as tarefas da casa.
– Tive sorte. O Kenneth Jacobs pôs-me em contacto com uma mulher encantadora da Barker Books e, antes de dar por isso, o dono da editora ligou-me e ofereceu-se para substituir o senhor Jacobs.
– Que sorte!
– Não consegues imaginar. Tem uma voz incrível. Vai ser um leiloeiro fantástico. Não me ponhas mais perfume, Fiona. Tenho de ir buscar as minhas coisas. Combinei encontrar-me com o senhor Barker-Whittle às sete no vestíbulo do hotel.
– O quê?
– Disse…
– Sei o que disseste – interrompeu Fiona. – Suponho que não te refiras ao Jeremy Barker-Whittle.
– Sim – respondeu Alice. – Foi assim que se apresentou. Porquê? O que se passa?
– Nada, mas é um dos playboys com pior reputação de Londres. É bonito e tem mais encanto do que um homem devia ter o direito de ter. A minha irmã saiu com ele durante cinco minutos e não parou de o elogiar. Diz que, depois de ter estado com o Jeremy, nenhum outro homem pode comparar-se. Nunca te teria emprestado um vestido tão sensual se soubesse ao lado de quem ias estar sentada esta noite!
Embora ficasse atordoada com a notícia, Alice sentiu-se incomodada por Fiona pensar que podia ser vítima dos encantos discutíveis de um playboy. Tinha de a conhecer melhor do que isso. Uma vez avisada, o senhor Barker-Whittle não tinha a mínima possibilidade de a enganar, por muito bonito e atraente que fosse…
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