Название: Terra em Fogo
Автор: Barbara Cartland
Издательство: Bookwire
Жанр: Языкознание
Серия: A Eterna Colecao de Barbara Cartland
isbn: 9781788674089
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Durante a noite, tinha dito a si mesma que o que sentia pelo retrato de Don Carlos de Olaneta era ridículo. Ele não era diferente dos outros.
Eram todos orgulhosos, autocratas, cruéis; não tinham o direito de ficar naquele país e deviam voltar para sua terra, a Espanha.
Mas, quando se viu de novo diante do retrato, houve a mesma magia, a mesma sensação de ser atraída por ele.
Gostaria de compreender a razão. No rosto de Olaneta, nada havia de bom, nem de suave. Era bonito, mas havia dureza nos olhos e na linha firme do queixo. Era o rosto de um homem implacável e, talvez, ambicioso.
Mesmo assim, Lucilla tinha a impressão de que não revelava tudo. Alguma coisa estava oculta, controlada... Mas o quê? E por que motivo isso a preocupava?
Com ar resoluto, saiu da sala, fechando a porta.
Tinha toda a tarde livre. Os criados tinham-se adaptado à rotina determinada por ela. As criadinhas cuidavam bem das roupas de Catherine; a própria Catherine estava adorando cada momento de sua visita a Quito.
Quase todos os dias, havia festas em casa de senhoras que a tinham acolhido muito bem, por causa da posição de Sir John e também porque Catherine era uma novidade, uma estrangeira e, portanto, uma atração.
Todos os homens, como era de se esperar, a achavam encantadora.
Chegavam ramos de flores todos os dias para ela, e Catherine já estava achando difícil manifestar preferência por um, com medo de ofender outro.
— Estou fazendo sucesso!— disse ela a Lucilla, quando se vestia para o jantar, na véspera.
—Papai teve razão de me trazer. Afinal, no meio de todas essas mulheres morenas, eu brilho como uma estrela.
Estava de fato muito bonita, usando um dos vestidos elaborados que tinha comprado em Londres, com um xale diáfano, azul, da cor de seus olhos.
Dirigiu-se, em companhia do pai, para o jantar que ia ser dado em sua homenagem. Pelo menos, foi o que disse a Lucilla.
Ninguém pareceu estranhar que a irmã não tivesse sido convidada.
Se é que o fora, nem Catherine nem Sir John se deram ao trabalho de lhe transmitir o convite. Na realidade, Lucilla não tinha vontade de ir, a não ser pelo fato de desejar conhecer o pessoal de Quito. Achou que seria excitante saber o que pensavam as pessoas desse lugar tão distante da Inglaterra, mas que era um dos mais belos que conhecia.
Como que atraída por essa beleza, ela se dirigiu para o jardim, nos fundos da casa.
Havia ali uma orgia de cores, as plantas crescendo de um modo luxuriante, devido ao sol tropical.
Qualquer coisa naquela desordem fez com que se lembrasse de que ainda não contratara um jardineiro. Isso lhe tinha escapado, porque havia muita coisa a organizar na casa. Soube por Josefina, a criada mais velha e na qual mais confiava, que o último jardineiro tinha sido forçado pelos espanhóis a ir para o exército e, ou havia sido feito prisioneiro, ou morrera.
«Amanhã preciso arranjar pelo menos dois jardineiros».
Indo até o fundo do jardim, achou que seriam necessários três.
Havia muito que fazer, e Lucilla já tinha percebido que os índios trabalham esporadicamente, sempre prontos para uma siesta, quando ninguém os observava.
Na extremidade do jardim havia um pequeno pavilhão, feito de pedra branca, como a casa, mas que evidentemente há muito tempo não via pintura.
Lucilla achou que a primeira idéia devia ter sido a de fazerem um pavilhão grego, mas, de certo modo, tinha um ar espanhol, que empanava a perfeição clássica.
Parecia um bom lugar para as ferramentas do jardineiro.
Num dos lados do pavilhão havia uma buganvília vermelha, no outro, uma clematite.
Lucilla subiu os dois degraus e viu que a porta estava muito necessitada de pintura. Ficou imaginando por que motivo os espanhóis tinham desleixado essa parte da propriedade. Curiosa, empurrou a porta.
Esta se abriu mais facilmente do que esperava. E então, na sala quadrada onde não havia mobília, Lucilla viu um homem.
Estava de pé, parecendo ter-se levantado ao ruído da aproximação de alguém. Por um momento, sentindo medo, ela não pôde vê-lo distintamente. Depois percebeu que era um soldado, com o uniforme azul e dourado dos espanhóis.
Ficou de respiração suspensa. Olhando bem para ele, soube que já o tinha visto antes.
Inacreditável! Era o homem do quadro... Don Carlos de Olañeta!
Fitou-o e notou que escorria sangue no rosto, devido a um corte na testa.
—Está ferido!
—Não! Estou morto!
Ao dizer isso, escorregou para o chão e ficou imóvel.
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