Levada pelos seus parceiros. Grace Goodwin
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Название: Levada pelos seus parceiros

Автор: Grace Goodwin

Издательство: Bookwire

Жанр: Языкознание

Серия: Programa Interestelar de Noivas

isbn: 9783985221424

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СКАЧАТЬ que me perguntar quanto ao que as pessoas do centro de processamento da Terra pensariam quando vissem um homem nu – não, um homem meio ciborgue nu – aparecer ali.

      — Você também é meio metro mais alto do que a maioria dos homens da Terra. Vai se sobressair como um varapau.

      — Eu não sei o que significa essa expressão, mas tenho que presumir que serei uma curiosidade somente pela minha altura, e não por isto. — Apontei para a lateral do meu rosto.

      Hannah enrugou os lábios e acenou.

      — Que assim seja.

      Franzi a testa devido ao atraso, e lancei uma olhadela sombria ao guerreiro por trás dos controles para que prosseguisse. O guerreiro nos controles acenou para mim reconhecendo a minha ordem silenciosa.

      — Esperem.

      Uma voz profunda fez com que todos nós virássemos. Um dos guardas à porta caminhou na minha direção.

      O nome dele era Ander e ele tinha sido um dos guerreiros que tinha me resgatado e a Dare da Colmeia. Ele era ainda maior do que eu, com ombros largos e uma cicatriz enorme que atravessava toda a lateral direita do seu rosto. Aquela marca era um sinal da sua ferocidade enquanto guerreiro, era o sinal do preço que ele tinha pago ao lutar pelo nosso regresso.

      A minha cor era de um dourado claro, comum entre o nosso povo. A de Ander era mais escura, os olhos dele eram de um tom de aço enferrujado, e o seu cabelo e a sua pele de uma tonalidade mais escura, mais para o castanho e era mais comum nas famílias mais antigas. Eu já o conhecia, mesmo antes do nosso resgate. Ele era bastante temido e respeitado na nave de combate, e era um dos guerreiros de elite do Comandante Deston. Eu devia-lhe a minha vida. E Dare também. A sua presença na sala de transporte mostrava que o comandante e o seu segundo confiavam nele como pertencendo ao círculo mais íntimo e mais fiel de guerreiros, como uma pessoa de confiança.

      Olhei-o nos olhos, de forma rigorosa, de um forasteiro marcado para outro. Observei-o, curioso, enquanto ele colocava de lado as suas armas e caminhava para se colocar diante de mim. — Ofereço-me como teu segundo.

      Ander era um filho da mãe horrível e muitos anos mais velho do que eu, mas era feroz no campo de batalha. Eu não podia pedir por um guerreiro melhor para me ajudar a encontrar e a proteger a minha noiva. Ele tinha se mostrado leal para comigo, para Dare, e para o comandante durante muitos anos de combate. Eu não o conhecia muito bem, mas sabia o suficiente. Ele era digno de uma noiva. Céus, talvez fosse até mais digno do que eu.

      Pensei na cerimônia de acasalamento que tinha servido como base para o meu emparelhamento, pensei naquele que tinha um segundo dominador que tinha fodido o traseiro da sua parceira com uma precisão prazerosa e hábil. Sabendo das necessidades da minha parceira só por aquele sonho, eu sabia que Ander serviria. Ele serviria bastante bem.

      Virei-me para o comandante, visto que eu não levaria um dos seus melhores guerreiros sem a sua permissão. O meu antigo eu, o príncipe mimado que pensava que tudo lhe era devido, teria levado o guerreiro e não teria pensado minimamente nas responsabilidades daquele homem para com aqueles que estavam na nave, para com aqueles que estavam sob o seu comando, aqueles a quem ele protegia.

      Ander também se virou para o comandante. O comandante estava de pé, com o seu braço em volta da cintura curva da sua parceira, com um raro sorriso no rosto. — Vão. Que os deuses os protejam.

      A Dama Deston repousou a sua cabeça no ombro dele, o sorriso dela era genuíno. — Tentem não matar muitos idiotas. E tentem não a matar de susto. — Ela estendeu a sua mão e Dare colocou três colares pretos na palma da sua mão. Ela voltou-se para mim. — Penso que venham a precisar disto.

      Neguei com a cabeça. — Temo, minha senhora, que eles não sobrevivam ao transporte. E que também não funcionem bem fora do alcance da nave.

      — Oh. Então, eles ficarão aqui para quando vocês voltarem. — A mão dela caiu sobre a de Dare e ela agarrou-se aos seus dois parceiros, claramente triste enquanto nos observava um ao lado do outro no bloco de transporte. — Boa sorte. Vocês vão fazê-la surtar. Tentem ser pacientes.

      Acenei enquanto me preparava para a torção dolorosa do transporte de longa distância, com Ander diretamente atrás de mim. Senti o pico de energia fluir pelas minhas células, o que significava que o protocolo de transporte tinha começado. Eu não entendi aquela frase, fazê-la surtar. E também não precisava ser paciente. Essa mulher da Terra, ela era a minha parceira. Nós tínhamos sido emparelhados. Ela ia conhecer a ligação tão bem quanto eu. Ela poderia perguntar-se quanto a Ander, mas eu tinha o escolhido como meu segundo, ela não tinha que me questionar. Eu sou o parceiro dela. Não há motivo algum para desperdiçarmos o nosso tempo cortejando a nossa nova noiva com rostos agradáveis ou palavras mansas.

      Eu sou o parceiro dela!

      Eu planejava simplesmente tomá-la. E se a minha noiva tivesse medo? E se ela protestasse contra o emparelhamento? Não importaria. Ela é minha e eu não desistirei dela. Eu vou conquistá-la, quer leve uma semana ou um ano, mas ela vai ceder.

       Jessica, Terra

      Agachei-me no telhado, mirando os policiais da Agência de Combate às Drogas através das longas lentes da câmera que estava escondida na minha mochila. O meu alvo estava sentado sob um guarda-sol, um de entre sete mesas num Café com jardim privado no coração da cidade. Eu estava vestida com a minha roupa de reconhecimento habitual, camisa preta e calça.

      Os policiais eram convidados do cartel, a presença deles era a prova da natureza suspeita deles e a prova de que eles faziam parte da gangue. Era a prova de que eu tinha sido incriminada. O local estava fortemente vigiado com capangas rondando o terreno, armados, e mais homens varrendo o telhado a cada hora.

      O que significava que eu tinha cerca de quinze minutos para me mandar daqui ou seria apanhada.

      Uma mulher ajoelhou-se no cimento entre as pernas de um dos homens, dando-lhe um boquete por debaixo da mesa enquanto ele bebericava whiskey e gozava com o seu amigo. Ele nem sequer parou de falar enquanto a mulher drogada engolia profundamente o pau dele e brincava com as bolas dele. Toda a área estava abarrotada de traficantes de drogas, ladrões e prostitutas que os serviam, as escravas deles.

      Eu não tinha certeza de quem era pior, a mulher que morreu devido à overdose de droga inicial por causa da bomba-P ou os sobreviventes obrigados a fazer trabalho escravo para conseguir mais uma dose.

      Eu não tinha comido uma refeição completa por dois dias, o meu corpo estava desidratado e o meu estômago estava completamente vazio, excetuando os pacotes de proteína em gel e café. Eu não precisava sobreviver. Eu não tinha casa, nem dinheiro e nem família. Até mesmo o meu parceiro alienígena, o homem perfeito para mim em todo o universo, tinha me rejeitado. Tudo o que me restava era a minha honra e a oportunidade de me certificar de que mais nenhuma mulher fosse raptada e obrigada a se meter em redes de drogas e prostituição. O método de recrutamento desse grupo era injetar mulher cativas com um cocktail de drogas – chamado P, ou bomba-P nas ruas, diminutivo para bomba para putas – concebido para tornar qualquer mulher numa vadia insana. A droga funcionava incrivelmente bem. Depois de uma dose, ou a mulher se tornava numa viciada facilmente controlável ou morria.

      A mulher que estava humilhando-se ao engolir o pau daquele homem garganta abaixo estava obviamente chapada.

      Observei enquanto СКАЧАТЬ