Название: O mais importante
Автор: Kim Lawrence
Издательство: Bookwire
Жанр: Языкознание
Серия: Sabrina
isbn: 9788413485430
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Sem dizer nada, ele beijou-a.
– Estás convencida agora? – perguntou, ao afastar-se.
Rowena ficou meio atordoada, incapaz de fazer qualquer coisa a não ser olhá-lo em silêncio, enquanto à sua volta a maré humana fluía incessantemente.
– Sempre soube que com uma boca tão perfeita, beijarias maravilhosamente – conseguiu finalmente dizer.
Ele continuou a demonstrar os seus dotes no táxi e no elevador do hotel. Não parou de a beijar, nem quando entraram no quarto, onde começaram a fazer outras coisas…
Voltou ao presente e deparou-se com o enfado de Quinn por ter-se referido a ele como um conhecido.
– Apanhaste-me num mau momento – disse como uma desculpa.
– Eu não diria isso – disse ele, tocando-lhe no queixo com um dedo.
– E de certeza que te perguntas por que é que te evito – replicou ela, afastando o queixo.
– Pensei que era tudo imaginação minha – Quinn deslizou sobre a mesa e sentou-se, olhando para ela.
– Sabia que tudo acabaria assim – murmurou ela, passando as mãos pelo cabelo. – Pensei que entenderias que Nova Iorque foi só um erro, não o início de nada.
– O único erro foi permitir que me convencesses a ir-me embora.
Rowena sentiu um aperto no coração e fechou os olhos, exasperada por aquela atitude tão exigente.
– Falar contigo é como… como falar com uma parede!
Pensou que, se as coisas piorassem, começaria realmente a falar com as paredes. Estupendo, precisamente o que necessitavam os seus inimigos.
– Desejas-me – insistiu ele.
Rowena olhou-o em silêncio durante uns segundos.
– Isso é uma possibilidade – concedeu, tentando não sucumbir ao sorriso de Quinn.
– É a única possibilidade.
Ela encolheu os ombros.
– Só podes culpar-te a ti, por queres impor tantas regras e condições. O que é feito do amor livre e espontâneo? – perguntou ela, com um estremecimento, ao reconhecer a sua má sorte. Tinha encontrado o amante dos seus sonhos, alguém tão pouco disposto como ela à devoção inquebrável, todavia tinha que aguentar os seus ataques de moralidade.
– Amor livre? Estou a tentar ver-te como uma hippie, mas não é fácil.
– Não passas de um libertino reformado! – aquele termo antiquado assentava muito bem a Quinn.
– Para que saibas, eu também acredito na espontaneidade, mas é algo que não se consegue gratuitamente. Há gente disposta a prestar os serviços de que necessitas… em troca de dinheiro.
A mão de Rowena voou até à cara dele, mas Quinn foi mais rápido e travou-a. Pôs-se de pé e fê-la baixar o braço.
– Quero ser parte da tua vida, Rowena… Uma parte íntegra. Não tenho qualquer interesse no tipo de aventura obscena que sugeriste em Nova Iorque.
– Íntima não quer dizer obscena – disse ela. A maioria dos homens ter-se-ia morto para conseguir a relação que oferecia a Quinn. Algo sem complicações nem dramas sentimentais.
– Não gosto de enganos.
– É o que diz um homem que entrou neste edifício usando mentiras.
– Se tivesses sido mais razoável, não teria de as pôr em prática.
Ela soltou-se e apontou-lhe um dedo acusatório.
– Ambos sabemos que, quando queres algo, não há nada que não estejas disposto a fazer.
Sem perder uma pitada da sua serenidade, Quinn mirou-a intensamente e acariciou-lhe um joelho.
– E, neste momento… és tu o que quero.
A fúria de Rowena abandonou-a por completo, deixando-a pálida e quase sem respiração. Onde é que estariam os seus desaires que a socorriam quando mais necessitava?
– Suponho que isso seja para me excitar? Bem, tenho notícias novas – aquilo funcionaria na perfeição. – O teu problema é que gostas de mostrar ao mundo as tuas conquistas – recriminou-o com voz rouca. – Agrada-te ser o centro das páginas das revistas cor-de-rosa.
– Acho que isso é um pouco exagerado, Rowena. Só mereço um par de linhas na Country Life.
– A tua falsa modéstia põe-me doente.
– Hás-de habituar-te à ideia – prometeu ele.
– Que ideia?
– A ideia de fazeres parte de uma parelha.
– E se não for assim?
– Não tens opção, amor.
– Porque é que estás tão seguro?
– Porque precisas de mim.
Rowena sufocou um grito de fúria. A arrogância dele era insuportável!
– És sempre assim tão ingénuo?
– Precisas de mim – repetiu, suavizando a expressão. – Tanto como eu preciso de ti. Não vês? Se eu consigo reconhecê-lo, tu também consegues. Custa-me admiti-lo, mas consigo. Se quiseres, ensino-te a dizê-lo.
Ela negou com a cabeça. Estava muda de espanto.
– Vamos fazê-lo entre os dois – prometeu ele.
Não havia ameaça no seu tom de voz, somente uma total convicção. Para Rowena seria muito mais fácil enfrentar um desafio…
– Liguei-te, Rowena… – a voz da sua secretária fê-la reagir.
– Sim, Bernice? – perguntou, separando-se o mais possível de Quinn. Não pensava com clareza, mas, pelo menos, não ficava a olhar para ele como uma palerma.
Essa era uma das razões pelas quais não o queria ver. Quinn tinha a habilidade de a fazer perder o juízo de cada vez que o via. Não era uma simples atracção sexual, nem um desatado desejo de luxúria. Não, era mais… uma pura e dolorosa necessidade.
– Tens uma chamada da tua irmã. Diz que é urgente.
Rowena franziu o rosto. Holly tinha levado o noivo à Escócia para o apresentar aos seus avós, que viviam numa região remota daquele país, chamada Wester Ross.
– Muito bem. Passa-me a chamada – disse a Bernice, que olhava para Quinn discretamente. СКАЧАТЬ