O mais importante. Kim Lawrence
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Название: O mais importante

Автор: Kim Lawrence

Издательство: Bookwire

Жанр: Языкознание

Серия: Sabrina

isbn: 9788413485430

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СКАЧАТЬ sentir-se incomodada.

      – Se não te conhecesse tão bem, até eu tentaria seduzir-te – brincou ela, enquanto calçava os sapatos.

      Ele olhou para ela durante uns segundos, com uma expressão enigmática no rosto.

      – É só isso que te detém?

      Rowena sorriu, mas não conseguiu ver qualquer indício de humor em Quinn. Pelo contrário, olhava-a de uma maneira muito tensa, que lhe provocou um nó na garganta.

      Não conseguia lembrar-se do que disse a seguir, numa tentativa frustrada de romper o incómodo silêncio, mas sabia que não servira de nada. Quinn parou, olhando-a, fazendo com que se sentisse uma estúpida.

      O que conseguia recordar perfeitamente era o toque do seu braço contra o seu peito quando o esticou para abrir a porta. Rowena morreu de vergonha, ao sentir que os seus peitos se endureciam com a fricção, e rezou para que ele não notasse através do tecido fino do vestido, enquanto saía do carro.

      Depois daquilo, não havia nenhuma razão para recusar a série de convites que se seguiram. Ao fim e ao cabo, não eram mais do que amigos e não havia nada de mal em jantar com um amigo e irem juntos ao teatro. Em relação a passear debaixo da chuva junto ao rio… havia modo mais inocente de passar a tarde?

      Tão pouco queria queixar-se do comportamento de Quinn. Comportava-se como um perfeito cavalheiro e não voltara a repetir o incidente do carro, por muito que ela, em segredo, o desejasse.

      Era ela quem lhe tocava no braço ou nos joelhos e quem se assegurava de que ele via as suas pernas, quando se sentavam frente a frente. Fazia-o de um modo suficientemente discreto, ou pelo menos ela achava que sim, até que, uma noite, no seu apartamento, depois de a levar a jantar, Quinn lhe pediu uma explicação.

      – Não sei a que te referes – protestou ela. – Não estou a jogar nenhum jogo.

      – Bem, pode ser que seja esse «nada» que me esteja a pôr louco – disse ele, passando a mão pelo cabelo. – Tu estás a deixar-me louco – realçou.

      – Ah, sim? – perguntou ela, incapaz de ocultar a sua satisfação. – Quem diria…

      Quinn pareceu surpreender-se e começou a rir. Era um riso tão cálido e descontraído, que Rowena não se enfadou com ele.

      – Bem, pois, se te interessa, digo-te que me sinto atraída por ti – declarou sem mais rodeios.

      Quinn não ocultou o seu regozijo e ela sentiu-se imediatamente aliviada.

      – Acho… – respondeu ele, com voz rouca. – Que o esforço pode valer a pena.

      Fascinada pelo desejo que ardia nos seus olhos verdes, Rowena sentiu os joelhos a fraquejar. De certeza que Quinn beijava bem, não podia ser de outra forma com uns lábios tão perfeitos. A ideia de o comprovar fê-la tremer de emoção.

      – Então, não achas que seja uma má ideia? – perguntou ela.

      – Claro que não – respondeu ele, acariciando-lhe o queixo com a mão. O toque possuía, ao mesmo tempo, doçura e força, num contraste irresistivelmente excitante.

      – Sei que consegues entender… – Rowena estava tão aliviada, que não pensou no efeito das suas palavras. – Sobretudo tu, a quem não agradam os compromissos. Quero dizer, nenhum de nós tem tempo para uma relação séria, não é verdade? – perguntou, alegremente. – Para toda essa treta de presentes, flores e planos futuros. Mas todos temos… necessidades, não é? Achei que devia ser sincera contigo.

      – Sê sempre sincera – declarou ele, secamente.

      Rowena assentiu e Quinn retirou a mão do seu queixo.

      – Já tive relações sexuais – continuou ela a dizer, perguntando-se se devia tomar a iniciativa, mas reconheceu que não tinham sido satisfatórias. – Se tenho de ser sincera, confesso que não sou muito boa nisso, mas estou desejosa de aprender.

      Ouviu-o a tragar a saliva e lamentou-se por ter sido tão sincera. Mas era a única verdade: em termos sexuais, ela era o que se costumava chamar frígida. A primeira vez, fora culpa da inexperiência, mas, na segunda vez, cinco anos depois e com o amante correcto e experiente, perdeu a vontade de voltar a repeti-lo. Desde então, tinha-se voltado por completo para o trabalho… até Quinn.

      – Vamos deixar isto muito claro – disse ele. – Estás a dizer que me desejas somente para o sexo e mais nada.

      – Bem… – Rowena sentiu um arrepio. – Não o diria exactamente assim.

      – Pois, eu sim! – exclamou ele. – Já ouvi como te chamam por aí, Rowena. Dizem que és uma bruxa com o coração de gelo, desalmada e cruel.

      Rowena estremeceu. Tinha ouvido aquilo muitas vezes e era sempre desagradável, não importava se era Quinn a dizê-lo ou outra pessoa qualquer.

      – Eu saí sempre em tua defesa – continuou ele a dizer. – Mas começo a ver o quanto mudaste. Por amor de Deus, o sexo não é algo que possas combinar como uma reunião de negócios.

      – Eu não queria dizer… – começou ela a explicar, atordoada. – Não queria ofender-te. Só queria ser franca contigo, Quinn.

      – Não sou tão obtuso – replicou ele, com um sorriso amargo. – Não é preciso um diagrama para me explicares o que queres.

      – Deixa-me dizer-te uma coisa, Quinn. Sentires-te ofendido por te ter tratado como um objecto sexual parece-me hipócrita, tendo em conta a larga lista de aventuras que possuis. Não me parece que queiras um compromisso, não é verdade?

      – Acusaram-me de ser superficial, sim – reconheceu. – Mas, comparado contigo, não sou mais do que um aprendiz.

      – Pelo que ouvi, defendes-te muito bem – replicou ela.

      – Então, ouviste mal. Há relações que não chegam a lado nenhum, mas podem ser divertidas. Reconheço que fiz algumas coisas, mas não tanto como podes acreditas. Além disso, parte da diversão consiste em não saber quando acabará.

      Ao ouvir o seu ponto de vista, Rowena esqueceu momentaneamente o nó no estômago. Ela preferia saber sempre de antemão onde tudo acabaria.

      – Em explorar – continuou ele. – Em questionar-se se será uma relação definitiva ou se a pessoa será verdadeira.

      Rowena apertou a mandíbula. Era a revelação de que, para Quinn, existia um par ideal. Além disso, saber o que procurava… Jamais o poderia imaginar tão romântico.

      – Contigo não haveria qualquer emoção, porque ambos sabemos onde acabaríamos… Em parte alguma! – sentenciou ele.

      – Está claro que não queremos as mesmas coisas – disse ela, encolhendo os ombros. Não queria mostrar-lhe o quão decepcionada e magoada estava devido à rejeição dele.

      Quinn também encolheu os ombros. Não parecia nada afectado.

      De regresso ao presente, Rowena esforçou-se por afastar as recordações e lançou um olhar desafiador às suas empregadas. Todas pareciam olhar para ela com respeito, mas sabia que СКАЧАТЬ