O mais importante. Kim Lawrence
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Название: O mais importante

Автор: Kim Lawrence

Издательство: Bookwire

Жанр: Языкознание

Серия: Sabrina

isbn: 9788413485430

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СКАЧАТЬ profundamente. Não era a situação ideal, mas tinha de a solucionar. Sabia que o reencontro era inevitável, mas tinha acalentado a esperança de estar preparada para tal e ser capaz de replicar com razões de peso qualquer protesto que ele formulasse.

      – Que diabo fazes aqui? – perguntou num tom acusador, quase sem voz.

      – Este é Quinn Tyler, Rowena – explicou Anna. – O nosso modelo para…

      – Ele não é modelo! – exclamou ela, apanhando do chão a camisa e o casaco de Quinn. Como é que se podia exibir diante daquelas mulheres que o comiam com os olhos?

      – Então, quem é?

      – Isso, Rowena, quem sou? – perguntou Quinn.

      Rowena sentiu que corava diante daquele olhar.

      – Não me tentes! – disse ela. Não conseguia suportar aquele sorriso. – Para tua informação, Anna, informo-te que o Quinn é médico.

      – Não se parece nada com um médico – respondeu Anna com algum cepticismo. Apoiou as mãos na cadeira e observou Quinn de cima para baixo.

      – Sabe parecer um médico, quando quer – disse ela com um grunhido.

      – Vá, obrigado, Rowena – murmurou Quinn provocadoramente.

      – Não pretendia lisonjear-te. Até Jack, o Estripador, pareceria um homem respeitável se vestisse um fato Armani – voltou-se para as outras mulheres. – Andámos juntos na universidade.

      – Ah, é um antigo namorado.

      – Não tão antigo – precisou Quinn com uma cara fingida de dor.

      – Não é um antigo namorado! – replicou Rowena. – Só estávamos no mesmo grupo – olhou para Quinn em busca de um improvável apoio. – Um grupo com as mesmas ideias…

      – Um grupo de «betos» elitistas que não fazia mais nada a não ser bajularem-se, dizendo quão superiores eram em relação ao resto dos mortais. Não sei dizer quanto tempo passámos a idealizar os nossos futuros brilhantes.

      – Quinn! – exclamou Rowena, indignada

      – Vais dizer que não tenho razão? – Quinn olhou-a com regozijo.

      Rowena suavizou a expressão e esteve quase a sorrir, mas lembrou-se que não podia descontrair-se diante de Quinn.

      – Não, tens razão – reconheceu com um suspiro. – Éramos insuportavelmente presunçosos.

      – Em nossa defesa, devo alegar que éramos muito jovens – disse Quinn, olhando para as outras três mulheres. – E quase todos perdemos essa arrogância, com a idade.

      – Se isso é uma indirecta… – começou Rowena a dizer, vermelha de fúria.

      – Não, não és arrogante – disse ele, com um sorriso.

      – É mesmo teu! Vês nos outros os teus próprios defeitos – disse ela. – Não sei como chegaste até aqui, mas estou a pensar chamar os seguranças – ele respondeu-lhe com um sorriso atrevido. – Achas que estou a brincar, Quinn? Põe-me à prova…

      – Não, não creio que estejas a brincar. Para isso necessitavas de sentido de humor e de habilidade para te rires de ti própria.

      Quinn pensou que ela merecia que a estrangulasse, por todas as semanas de angústia que o tinha feito passar. Olhou para a curva do seu colo e o contorno daqueles lábios tão suaves… Quiçá fosse melhor beijá-la.

      – Não me parece que este seja o momento para falar da minha incapacidade – disse ela, apertando a mandíbula, e, sem querer, apreciou a pele bronzeada de Quinn. – Por amor de Deus, veste-te!

      Não estava segura do que seria pior, se ter de superar a excitação que aquela imagem lhe produzia ou o facto de as outras mulheres também se estarem a babar ante semelhantes músculos.

      Sem parar para pensar no que estava a fazer, pressionou a camisa contra o seu peito.

      – Isto diverte-te? Não sei como é que entraste aqui, nem porque é que vieste – as lágrimas começaram a surgir nos seus olhos, enquanto Quinn permanecia impassível. – Vieste para me humilhar? – perguntou-lhe com voz furiosa.

      Quinn arqueou uma sobrancelha e sorriu cinicamente.

      – Sabes muito bem porque vim, Rowena – afirmou com uma voz ameaçadora.

      Tirou-lhe a camisa das mãos trémulas e enfiou-a pela cabeça. Ao metê-la para dentro da cintura, ela fixou-se na fivela de prata do cinto. Era a mesma que ela tinha desapertado naquela noite… Rowena tentou não se deixar levar pelas recordações, mas foi inútil. A sua cabeça encheu-se de imagens eróticas. A sua pele bronzeada coberta de suor, a aspereza da sua voz, reduzindo-a a um grito sufocado de necessidade, a expressão de triunfo no seu rosto, enquanto a tomava com a sua força…

      Levou uma mão ao ventre e tentou recuperar o fôlego e a compostura. O desejo tinha-a atingido com tanta força que era como ter-se estampado contra um muro de pedra ardente.

      – Estás contente? – perguntou-lhe ele, quando acabou de vestir a camisa.

      Ao vestir-se, ficou despenteado e, então, Rowena, sem pensar, esticou a sua mão e alisou-lhe os cabelos escuros. O bom senso abandonou-a, quando os seus dedos tocaram no couro cabeludo.

      Apercebeu-se da intimidade que aquele gesto implicava, quando Quinn afastou a cabeça. A recusa violenta fez com que olhasse para ele com uma expressão dorida. Os seus olhares encontraram-se durante um segundo repleto de tensão, antes de ele ocultar a sua expressão com as pálpebras.

      Um gesto tão inocente jamais tinha sido tão mal interpretado. Era óbvio que as coisas tinham mudado…

      Mas quando tinham começado a mudar?

      Capítulo 2

      Rowena tinha tentado várias vezes determinar o momento exacto em que a sua relação com Quinn se convertera em algo mais do que uma simples amizade.

      Tinha de ser antes da sua breve estada na sucursal de Nova Iorque. Ela precisava de um acompanhante para assistir a um baile de beneficência e Quinn, que tinha aceite um emprego num hospital universitário da cidade, apareceu no último momento.

      Apesar de já o conhecer, até àquela noite e graças aos comentários e olhares que recebeu de toda a gente, não se tinha apercebido de quão arrebatadoramente bonito Quinn podia ser.

      Aquele foi um sarau maravilhoso e tudo graças a ele. Não só sabia dançar estupendamente e era um bom conversador, como a fizera rir como ninguém, graças ao seu apurado sentido de humor.

      – Fizeste sucesso esta noite – disse-lhe, quando ele a acompanhou de madrugada ao seu apartamento. Bocejou e inclinou-se para apanhar os sapatos que tinha tirado ao entrar no Jaguar.

      – Esse era o nosso objectivo – respondeu ele.

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