O mais importante. Kim Lawrence
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Название: O mais importante

Автор: Kim Lawrence

Издательство: Bookwire

Жанр: Языкознание

Серия: Sabrina

isbn: 9788413485430

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СКАЧАТЬ tentativa de lhe demonstrar quem mandava ali.

      – Não – respondeu ele, pondo o casaco sobre os ombros. – Ainda não falámos sobre o dinheiro.

      – Claro que não – espetou ela. – Sempre atrás do dinheiro, não é, Quinn? Porque não te dedicas à cirurgia plástica?

      – Talvez por pensar que é algo que podia fazer bem – sugeriu ele.

      Rowena ficou rígida. Não queria reconhecer que a acusação de avareza era a última que poderia fazer a Quinn.

      Quinn era considerado uma eminência no campo da reconstrução facial e, embora os seus honorários fossem elevados para os seus abonados clientes, não limitava o seu trabalho aos que podiam pagá-lo. A maior parte do seu trabalho era desempenhado na saúde pública, apesar de poder ganhar muitíssimo mais se só exercesse medicina privada.

      – Às três e meia no meu escritório, Sylvia! – ordenou Rowena antes de se ir embora.

      As três mulheres trocaram olhares entre elas quando a porta se fechou.

      – Eu bem dizia que aquele nome não me era estranho – comentou Anna. – Operou o nariz a Lexie Lamont. Vi-o num programa de televisão no mês passado, onde se falava de uma jovem que ficou com o rosto desfigurado num acidente.

      – Sim, eu também vi – disse Sylvia. – A pobre rapariga não parava de chorar.

      – E viste as fotografias de como era antes? – perguntou Anna. – Realmente fez um trabalho impressionante com ela.

      – Sim, não há dúvida de que é médico – concluiu a sua ajudante. – Acho que tivemos sorte por ainda não termos mandado embora os outros.

      – É uma suposição minha ou vocês também acham que a chefe não quer partilhá-lo? – perguntou Sylvia com um sorriso malicioso.

      A explosão de risos chegou até Rowena, que nesse momento saía de outra sala.

      – Espero que tenhas ficado satisfeito – disse furiosa a Quinn.

      – Calma, Rowena. De certeza que a tua imagem de bruxa pode superar situações piores do que esta.

      – Odeio-te! – exclamou, tentando acreditar nas suas próprias palavras.

      – Consigo suportar isso – mentiu ele. – O que não suporto é que me ignorem.

      – Eu sei que existem homens que se dedicam a espionar e a atormentar as mulheres que os rejeitam, mas nunca pensei que tu fosses um deles, Quinn. Se soubesse o que sei agora…

      – Não me tinhas rejeitado – interrompeu-a ele.

      Rowena deteve-se em frente da sua secretária e voltou-se.

      – Considera-te rejeitado, Quinn.

      – Não vês um palmo à frente do nariz – disse ele, sorrindo e, ignorando os violentos protestos dela, empurrou-a para dentro do escritório. – Não passe nenhuma chamada para a menina Parrish – ordenou à jovem secretária, muda de assombro.

      – Bernice, chama os seguranças! – gritou Rowena quando Quinn fechou a porta. – Supões que este acto próprio de um homem das cavernas me vai impressionar – retrocedeu até à secretária e sentou-se. Aquela mesa era o símbolo do seu poder, mas, naquele momento, não parecia servir-lhe de muito. – Se, por passares uma noite comigo, te achas com direito de me tratar assim estás enganado. E quanto a despires-te meu escritório… nem vou perguntar! Se não tivesse chegado a tempo, sabe Deus o que terias feito!

      – E não te agrada a ideia? – não parecia que Quinn se tivesse sentido molestado.

      – Odeio acabar com as tuas fantasias, mas, não, não me agrada a ideia fazeres com que as minhas empregadas percam tempo. Temos prazos a cumprir, sabes? Como te sentirias se eu me apresentasse no teu hospital fazendo-me passar por enfermeira?

      – Deixa-me pensar… Estou a imaginar-te com… As enfermeiras ainda usam toucas na cabeça? – Rowena nem sequer teve tempo para responder àquela piada machista, porque Quinn olhou para ela de um modo tão penetrante que a fez preferir as chacotas. – Posso saber o que tens andado a fazer, Rowena? – sentou-se na borda da mesa e esticou as pernas.

      – Cortei o cabelo.

      – Não me refiro a isso. Estás mais magra.

      – Obrigada.

      As suas ancas sempre tinham sido a inveja das suas amigas, mas os seis quilos que tinha perdido nas últimas semanas faziam com que a mini-saia que antes se cingia nas suas ancas lhe ficasse folgada.

      – Tens muito mau aspecto. Não podes perder tantos quilos a não ser que estejas doente ou submetida a uma grande pressão – disse ele com uma voz autoritária.

      Ela afastou o olhar. Os enjoos matinais podiam ser considerados uma doença?

      – Bem, doutor, muito obrigada pelo seu diagnóstico, mas não tenho nem uma coisa nem outra. Somente me deito tarde todas as noites e apenas tenho tempo para comer.

      – Sim, a vida é como uma grande festa – disse ele com cepticismo.

      – De facto – respondeu ela em tom de desafio.

      – E estás tão ocupada que não pudeste responder aos meus telefonemas, nem aos meus e-mails. Embora isso já não seja um problema, não é? Pelo menos desde que mudaste os teus números e desapareceste da lista telefónica.

      Rowena viu, com irritação, como ele revolvia a fila de esferográficas que estavam dispostas simetricamente sobre a mesa. A olhar para os largos e hábeis dedos, recordou como tinham acariciado os seus peitos, enquanto o seu… Mordeu o lábio e apercebeu-se de que estava a sentir-se culpada.

      – É somente uma coincidência – tentou dizer com uma voz segura.

      – Se é somente uma coincidência, como explicas que agora me consideres persona non grata na tua casa?

      – Estava aqui há pouco tempo, Quinn. Nova Iorque era tão agitada que… – calou-se de repente, desejando não ter mencionado o nome daquela cidade. Ao contrário de toda a gente, Rowena não associava Nova Iorque a um sítio emocionante, mas, sim, exclusivamente a Quinn, ao sexo incrível que tinham mantido e às fatais consequências… – Acabo de começar um novo trabalho – continuou ela a dizer. – Só tive tempo para contactar com todos os meus conhecidos – arrependeu-se logo por ter utilizado aquela palavra tão pouco apropriada.

      – Conhecidos? – perguntou ele. – Conhecidos… – repetiu com voz mais suave. – Diz-me, Rowena, como é que cumprimentas os teus amigos mais íntimos?

      Ela fechou os olhos e relembrou aquele dia em que caminhava por uma rua de Nova Iorque, três meses antes. Talvez tivesse sido o facto de se ter mudado para uma cidade desconhecida ou talvez devido à vontade de demonstrar a si mesma o seu valor, mas a realidade era que nunca na sua vida se tinha sentido tão sozinha.

      Então, viu-o. Nem sequer teve que se assegurar para saber que era ele. Nenhum homem caminhava daquela maneira, com tanta elegância e segurança. Sem pensar nas regras de cortesia, que infringiu СКАЧАТЬ