Название: Cian
Автор: Charley Brindley
Издательство: Tektime S.r.l.s.
Жанр: Приключения: прочее
isbn: 9788835410249
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– Não, Kate não. – disse Magnalana – Você acha que é sua mãe, Kaitlin?
–Não, eu não. Só gosto de Kate.
– Bem – disse Magnalana – Acho que Sierra é um bom nome para uma garota nativa.
– Desculpem, por favor. – Foi a primeira vez que Billy falou e isso nos pegou de surpresa – Eu acho que o nome dela é Cian.
Assim que olhamos para o garoto e sua estranha declaração sobre o nome da garota na história, tivemos que nos voltar para Cian e ver se ela refutaria uma ideia tão ridícula como a que o garoto sugerira.
Cian nos ignorou categoricamente, ela apenas colocou as mãos nas minhas têmporas, gentilmente virando minha cabeça para frente e continuou cortando meus cabelos. Ela ficou em silêncio por um momento antes de retomar sua história, deixando-me, e talvez às crianças também, para pensar se essa história era realmente ficcional. Cian era uma contadora de histórias talentosa, e eu suspeitava que ela estivesse tecendo um pouco de melodrama apenas para adicionar emoção à sua contação.
–Ravana viu, imediatamente, que a onça-pintada estava perto da morte, e ela sabia que se a mãe morresse o gatinho também morreria.
– Qual era a idade de Ravana? – perguntou Rachel.
– Ah, ela deveria ter onze temporadas, talvez doze —respondeu Cian —A selva fornece muitas coisas para comer, mas a única coisa que não pode dar é o leite materno. O bebê ainda não tinha idade para comer carne e, sem a mãe para alimentá-lo, ele certamente morreria.
– Onde estava a mãe de Ravana? – perguntou Magnalana – Talvez ela possa ajudar.
– Kasan, esse era o nome de sua mãe, havia deixado a vila naquela manhã. Ela foi às colinas de Calva para colher raízes de amora. Como você vê, Kasan era uma curandeira e precisava das raízes para fazer um preparado para as articulações duras e doloridas do velho chefe. As amoras crescem apenas no lado da tarde das colinas de Calva, então seria noite antes mesmo que ela voltasse. Na sua ausência, ela dissera à filha que ela, a menina, deveria entrar na floresta e reabastecer o suprimento de folhas, castanhas e raízes medicinais. A garota pegou sua bolsa de remédios e, quando sua mãe saiu pela trilha norte que levava às colinas de Calva, Ravana caminhou pela trilha sul que levava às margens do rio Mãe.
– O que é esse Rio Mãe, afinal? – perguntou Magnalana.
– Esse é o significado de Amazonas, sua bobinha – disse Rachel – Eu acho que você sabe qual é.
– Ah.
– Ravana juntou folhas a manhã toda e, ao meio-dia, acendeu o fogo e espalhou as folhas para secar nas pedras planas que havia arrumado ao redor da fogueira. Então ela espetou os quartos traseiros de uma anta que ela havia flechado mais cedo e inclinou a carne perto das chamas para assar enquanto ia a um riacho próximo pegar água. Após a refeição, ela examinou as folhas e descobriu que precisavam de mais tempo no fogo. Então, ela colocou o restante da anta em sua mochila de caça e pegou sua bolsa de remédios, pois sabia que nunca deveria deixar a valiosa bolsa muito longe de seu alcance. Ela então passou o arco por cima do ombro e deixou as folhas secando enquanto seguia descendo o Rio Mãe. Parava ocasionalmente para cavar raízes de urucum e, no final da tarde, alcançara a pequena clareira de grama marrom e quebradiça nas margens do rio.
Nesse ponto, Cian tirou alguns cabelos da minha bochecha e, com um floreio de mágico, tirou o pano dos meus ombros.
– Prontinho, acabamos.
– Não, não! – as três crianças choramingaram.
– E Tribi-Leya?
– Temos que ouvir o resto!
– Mas não há mais cabelo para cortar e em breve será a hora da janta.
– Corte o meu, corte o meu – disse Magnalana enquanto me puxava do banquinho e tomava meu lugar —Nós não estamos com fome mesmo.
– Oh, não, querida – Cian disse enquanto deixava de lado suas ferramentas e pegava os cachos longos e macios em suas mãos – Seu cabelo nunca deve ser cortado.
– Mas eu não preciso mais dele – Corte como fez com o do Sr. Saxon – implorou a garota puxando a ponta do pano de vela para cobrir os ombros —Queremos mais história.
– Bem – disse Cian – aqui está o que devemos fazer. Depois do jantar, se todos vocês comerem toda a sua comida, e ajudarmos a senhorita Kaitlin e a senhorita Cleópatra com a limpeza da cozinha, sentaremos à mesa da cabine, tomaremos um chá e voltarei a falar sobre Tribi-Leya e… – ela fez uma pausa, franzindo a testa.
– Ravana – eu a lembrei.
– Sim – disse ela – e Ravana.
– Oba! – as crianças gritaram e saíram correndo para esperar junto à porta da cabine.
Capítulo Onze
Depois que os pratos foram lavados, a comida foi guardada nas dispensas e o fogo da cozinha apagado, alguns dos adultos conversaram sob café e xícaras de chá fumegantes. A maioria dos outros, depois de elogiar Kaitlin e Cleópatra por uma das melhores refeições que já haviam feito no mar, se retirou para suas cabines ou saiu para o convés desfrutando de um último passeio na brisa suave de verão.
As crianças se organizaram em torno de Cian, enquanto o capitão, dona Lilian, Cleópatra, Dortworthy, Kaitlin e eu nos sentávamos à mesa e conversávamos sobre o mar, o Borboleta e o quão agradável a viagem havia sido até agora. Enquanto ouvia os outros, fiquei maravilhado com o quão próximos nos tornamos, pelo menos a maioria de nós, em apenas quinze dias. Éramos muito parecidos com uma família numerosa, conversando sobre os outros e sobre nós mesmos, como se pode discutir sobre irmãos, irmãs e primos. Tudo era muito agradável e confortável até que de repente fomos silenciados por Magnalana, seu dedo repousava sobre os lábios quando ela chamou nossa atenção para Cian.
– Bem – disse Cian, percebendo que todo mundo estava olhando para ela – onde foi mesmo que eu parei?
– Ravana tinha Tribi-Leya nos braços e Miki-Leya queria matá-la… – Rachel disse.
– Então Miki-Leya caiu na grama porque sua perna doía muito. – Magnalana fez um beicinho com seu lábio inferior e entristeceu os olhos.
Billy concordou com a cabeça.
– Ah sim – disse Cian.
Ela não se incomodou com a presença de vários adultos querendo ouvir sua história, eles pareciam ansiosos para saber o que ela tinha a dizer. Ou eles ouviram falar de suas habilidades para histórias ou as crianças lhes contaram sobre a primeira parte, de qualquer maneira, um bom entretenimento é raro no mar. O capitão me passou sua bolsa de tabaco quando Cian começou.
– Como vocês se lembram, a mãe de Ravana era curandeira da vila e Ravana fora СКАЧАТЬ