Название: De Volta À Terra
Автор: Danilo Clementoni
Издательство: Tektime S.r.l.s.
Жанр: Научная фантастика
isbn: 9788835400417
isbn:
— Eu diria dois símbolos — corrigiu Petri — ou melhor, um desenho e quatro símbolos próximos.
Azakis ainda estava procurando ativamente, no N^COM, algo na Rede. Mas não havia absolutamente nada que correspondesse ao objeto à sua frente.
O desenho representava um retângulo, composto por quinze listras horizontais vermelhas e brancas. No canto superior esquerdo, havia um outro retângulo azul, contendo cinquenta estrelas brancas de cinco pontas. À sua direita, estavam quatro símbolos:
JUNO
— Parece uma espécie de escrita — opinou Azakis. — Talvez os símbolos representem o nome de quem criou a sonda.
— Ou talvez seja o seu nome — rebateu Petri. — a sonda se chama “JUNO" e o símbolo dos criadores é aquela espécie de retângulo colorido.
— Seja o que for, não foi feita por nós — afirmou Azakis. — Você acha que poderia ter alguma forma de vida nela?
— Acho que não. Pelo menos, não de nosso conhecimento. O espaço da cápsula posterior, que é o único lugar onde poderia haver qualquer coisa, é muito pequeno para manter um ser vivo.
Enquanto falava, Petri já havia começado a digitalizar a sonda, procurando qualquer sinal de vida dentro. Após alguns momentos, uma série de símbolos apareceu na tela e ele rapidamente os traduziu para o companheiro.
— De acordo com os nossos sensores, não há nada “vivo” ali. Nem parece ter armas de qualquer tipo. Em uma primeira análise, eu diria que essa coisa é uma espécie de nave de reconhecimento de exploração do sistema solar, em busca do quê, não sabemos.
— Pode ser — disse Azakis, — mas a pergunta que devemos nos fazer é: enviada por quem?
— Bem — supôs Petri — se excluirmos a presença dos misteriosos alienígenas, eu diria que os únicos capazes de fazer tal coisa só poderiam ser seus velhos amigos terráqueos.
— O que você está dizendo? A última vez quando os deixamos, mal conseguiam montar um cavalo. Como podem ter atingido um nível de conhecimento como esse em tão pouco tempo? Enviar uma sonda pelo espaço não é uma piada.
— Pouco tempo? — contestou Petri, olhando-o diretamente nos olhos. — não esqueça que, para eles, já se passaram quase 3.600 anos. Considerando que a vida média era de no máximo cinquenta ou sessenta anos, quer dizer que se passaram pelo menos sessenta gerações. Talvez eles se tornaram muito mais inteligentes do que pensamos.
— E talvez seja por isso — acrescentou Azakis, tentando completar o raciocínio do seu amigo — que os Anciãos estavam tão preocupados com esta missão. Eles haviam previsto isso, ou pelo menos, consideraram essa possibilidade.
— Bem, eles poderiam ter mencionado algo para nós. A visão dessa coisa quase me deu um treco.
— Ainda estamos no nível de conjecturas — disse Azakis, esfregando o polegar e o indicador no queixo — mas parece fazer sentido. Vou tentar entrar em contato com os Anciãos e arrancar um pouco mais de informações, se eles tiverem. Você, por sua vez, tente descobrir mais sobre essa coisa. Analise sua rota atual, velocidade, massa, etc. e tente fazer uma previsão sobre o seu destino, quando partiu e quaisquer dados armazenados. Quero saber o máximo possível do que nos espera lá.
— Ok, Zak — disse Petri, enquanto hologramas coloridos com uma infinidade de números e fórmulas flutuavam no ar à sua volta.
— Ah, e não se esqueça de analisar a parte que você identificou como uma antena. Se for real, é capaz de transmitir e receber. Eu não gostaria que o nosso encontro já tivesse sido comunicado para seja quem for que mandou essa sonda.
Dito isto, Azakis caminhou rapidamente em direção à cabine do H^COM, a única, em toda a nave, equipada para comunicações de longa distância, e estava entre as portas dezoito e dezenove dos módulos de transferência interna. A porta se abriu com um leve chiado e Azakis entrou na cabine estreita.
Por que será que a fizeram tão pequena, me pergunto… Pensou ao tentar instalar-se sobre o assento, esse também decididamente minúsculo, que abaixava automaticamente. Talvez queriam que fosse usado o mínimo possível…
Quando a porta se fechou atrás dele, ele começou a executar uma série de comandos no console à sua frente. Precisou esperar vários segundos para o sinal estabilizar. De repente, na tela holográfica, semelhante à que tinha em seus aposentos, começou a aparecer a face magra e marcada pelos anos do seu superior Ancião.
— Azakis — disse o homem sorrindo e lentamente erguendo a mão ossuda em saudação. — o que o fez chamar, com tanta urgência, este pobre velho?
Ele nunca foi capaz de saber exatamente a idade do seu superior. Ninguém tinha a permissão de saber informações tão pessoais de um membro dos Anciãos. Claro que já tinha visto vários voltas ao redor do sol. No entanto, seus olhos dançavam da esquerda para a direita com uma vitalidade que nem ele tinha.
— Fizemos um contato muito surpreendente, pelo menos para nós — começou Azakis sem preâmbulos, tentando olhar diretamente nos olhos do seu interlocutor. — quase nos chocamos com um objeto estranho — continuou ele, estudando a expressão do rosto do Ancião.
— Um objeto? Explique melhor, meu rapaz.
— Petri ainda está analisando, mas pensamos que possa ser algum tipo de sonda e tenho certeza de que não é nossa — o Ancião arregalou os olhos. Até mesmo ele parecia surpreso.
— Encontramos alguns símbolos estranhos gravados na nave em uma língua desconhecida — acrescentou. — estou enviando todos os dados.
O olhar do Ancião pareceu se perder por um momento no vazio, enquanto pelo seu O^OCM, analisava o fluxo de informações que chegava.
Depois de alguns longos momentos, seus olhos voltaram para o seu interlocutor e, em um tom que não deixou escapar nenhum tipo de emoção, disse: — Convocarei imediatamente o Conselho dos Anciãos. Tudo indica que suas deduções iniciais estão corretas. Se de fato for o caso, devemos rever imediatamente os nossos planos.
— Aguardaremos notícias — e assim dizendo, Azakis encerrou a comunicação.
Nassíria O jantar
O Coronel e Elisa já estavam esvaziando a terceira taça de champanhe e o clima se tornando decididamente mais casual.
— Jack, tenho que dizer: esse Masgouf é divino. É impossível terminá-lo, é enorme.
— Sim, é realmente ótimo. Devemos dar os parabéns ao chef.
— Talvez eu devesse casar com ele e fazê-lo cozinhar para mim — disse Elisa, rindo de modo exagerado. O álcool já estava surtindo seus efeitos.
— Bem, não, deve entrar na fila. Cheguei antes — arriscou, pensando que a frase não seria exatamente inapropriada. Elisa fingiu não perceber e continuou a mordiscar o seu esturjão.
— Você não é casado, é?
— СКАЧАТЬ