De Volta À Terra. Danilo Clementoni
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Название: De Volta À Terra

Автор: Danilo Clementoni

Издательство: Tektime S.r.l.s.

Жанр: Научная фантастика

Серия:

isbn: 9788835400417

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СКАЧАТЬ colocados nos cantos da sala, como que para enquadrar o total. E claro, de acordo com a tradição, a refeição deveria ser consumida enquanto estivessem sentados no chão em almofadas agradáveis e macias, mas, como bom ocidental, o Coronel havia preferido uma mesa “clássica”. Essa fora cuidadosamente preparada e as cores escolhidas para a toalha eram perfeitamente compatíveis com o resto da sala. Um fundo musical em que uma Darbuka9 acompanhava a batida Maqsum10 com a melodia de um Oud11 preenchia de modo delicado a sala toda.

      Uma noite perfeita.

      Um garçom alto e magro se aproximou e educadamente, com uma reverência, convidou os dois para se sentar. O Coronel fez Elisa se sentar primeiro, ajudando-a com a cadeira e em seguida, sentou-se à sua frente, tomando cuidado para não deixar a gravata cair dentro do prato.

      — Aqui é realmente lindo — disse Elisa, olhando ao redor.

      — Obrigado — disse o Coronel. — devo confessar que estava preocupado com a sua opinião. Então me lembrei da sua paixão por esses lugares e achei que seria a melhor escolha.

      — Pois acertou em cheio! — Elisa exclamou, mostrando mais uma vez seu maravilhoso sorriso.

      O garçom abriu uma garrafa de champanhe, e enquanto enchia os copos de ambos, outro se aproximou com uma bandeja na mão, dizendo: — Para começar, por favor, aceite um Most-o-bademjan.12

      Os dois convidados pareciam satisfeitos. Pegaram os dois cálices e beberam novamente.

      A aproximadamente cem metros do local, dois tipos estranhos em um carro escuro mexiam em um sofisticado sistema de vigilância.

      — Você viu como o Coronel mima a donzela? — disse sorrindo um homem indiscutivelmente obeso, que estava no banco do motorista, enquanto mordia um enorme sanduíche e derrubava migalhas na barriga e nas calças.

      — Foi uma ideia genial colocar um emissor no brinco da doutora — respondeu o outro, muito mais magro, com olhos grandes e escuros, que bebia café de um copo grande de papel marrom. — daqui, podemos ouvir perfeitamente tudo o que eles dizem.

      — Não faça asneira e grave tudo — avisou — caso contrário, vão nos fazer pagar por esses brincos.

      — Não precisa se preocupar. Conheço muito bem esse aparelho. Não vai escapar nem mesmo um sussurro.

      — Devemos averiguar o que a doutora, de fato, descobriu — acrescentou o gordo. — nosso líder tem investido muito dinheiro para seguir com esta investigação secreta.

      — Com certeza não será fácil, tendo em vista a forte estrutura de segurança que o Coronel preparou — o homem magro olhou para o céu com cara de sonhador e acrescentou: — se tivessem me dado um milésimo de todo aquele dinheiro, agora estaria deitado sob uma palmeira em Cuba, tendo como única preocupação escolher entre uma Margarita ou uma Piña Colada.

      — E talvez com um monte de garotas de biquíni, passando filtro solar em você — disse o gordo, caindo na gargalhada, enquanto o movimento da barriga fazia cair parte das migalhas no chão.

      — Esse aperitivo é delicioso — a voz da doutora saiu ligeiramente distorcida pelo pequeno alto-falante no painel. — Devo confessar que não esperava encontrar, por trás dessa fachada de militar rude, um homem tão refinado.

      — Bem, obrigado Elisa. Eu também não esperava que, por trás de uma doutora tão altamente qualificada, além de muito bonita, estivesse também uma mulher muito gentil e agradável — disse a voz do Coronel, sempre um pouco distorcida, mas com um volume ligeiramente mais baixo.

      — Olha como eles flertam — disse o grandalhão no banco do motorista. — acho que eles vão acabar na cama.

      — Eu não tenho tanta certeza — afirmou o outro. — a nossa doutora é muito, muito inteligente e não acho que um jantar e alguns elogios decadentes sejam suficientes para fazê-la cair em seus braços.

      — Aposto dez dólares que vão chegar aos finalmentes — disse o homem gordo, estendendo a mão direita para o colega.

      — Ok, aceito — exclamou o outro, apertando a mão grande.

      O objeto que se materializou diante dos dois companheiros atônitos definitivamente não era nada que a natureza, apesar de sua imaginação infinita, pudesse ter criado de forma independente. Parecia uma espécie de flor metálica com três pétalas longas, sem haste, e um pistilo central levemente cônico. O lado de trás do pistilo tinha a forma de um prisma hexagonal, com a superfície da base ligeiramente maior que a do cone no lado oposto, e que servia como suporte para a estrutura inteira. As pétalas retangulares se ramificavam dos três lados equidistantes do hexágono, medindo pelo menos quatro vezes mais do que a base.

      — Parece um velho tipo de moinho de vento, como aqueles que eram usados séculos atrás, nos grandes prados do leste — disse Petri, sem tirar os olhos do objeto nem por um segundo, à mostra na grande tela.

      Azakis sentiu um arrepio nas costas, ao se lembrar de alguns protótipos antigos que os Anciãos sugeriram para ele estudar antes da partida.

      — É uma sonda espacial — concluiu Azakis. — vi alguns assim, com design parecido nos velhos arquivos da Rede — disse, enquanto se apressava em encontrar, por meio do N^COM, mais informações sobre o assunto.

      — Uma sonda espacial? — Petri disse, e se virou com ar assustado para seu companheiro. — e quando foi lançada?

      — Não acho que seja uma das nossas.

      — Não é nossa? O que quer dizer, meu amigo?

      — Quero dizer que não foi construída nem lançada por nenhum dos habitantes do nosso planeta Nibiru.

      A expressão no rosto de Petri estava ficando cada vez mais desnorteada. — Como assim? Não me diga que você acredita naquela estupidez sobre alienígenas também?

      — O que eu sei é que nada desse tipo jamais fora construído no nosso planeta. Verifiquei todo o arquivo da Rede e não há nenhuma correspondência com o objeto que vemos. Nem mesmo nos projetos nunca realizados.

      — Não é possível! — disse Petri. — o seu N^COM deve estar fora de fase. Verifique de novo.

      — Sinto muito, Petri. Já verifiquei duas vezes e tenho certeza de que essa coisa não é nossa.

      O sistema de visualização de curto alcance gerou uma imagem tridimensional do objeto, recriando meticulosamente seus mínimos detalhes. O holograma flutuava suavemente no meio da sala de controle, suspenso a meio metro do solo.

      Petri, com um movimento da sua mão direita, começou a fazê-lo girar lentamente, examinando cuidadosamente cada detalhe.

      — Parece ser feito de uma liga de metal leve — disse Petri, em um tom mais técnico, comparado ao de espanto que inicialmente o arrebatou. — os motores devem ser alimentados por essas três pétalas, que parecem estar cobertas com um tipo de material sensível à luz solar — ele havia finalmente começado a mexer nos comandos do sistema. — o pistilo deve ser uma espécie de antena transceptora e o prisma hexagonal é definitivamente o "cérebro" dessa coisa.

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