De Volta À Terra. Danilo Clementoni
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Название: De Volta À Terra

Автор: Danilo Clementoni

Издательство: Tektime S.r.l.s.

Жанр: Научная фантастика

Серия:

isbn: 9788835400417

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СКАЧАТЬ estimativa do impacto tinha baixado para 18% e continuou a baixar rapidamente.

      — Tudo bem? — logo perguntou Azakis, tentando esconder a dor no lado atingido.

      — Sim, sim. Estou bem, estou bem — disse Petri, tentando se levantar.

      Um momento depois Azakis estava chamando o resto da tripulação, que prontamente comunicou ao seu comandante a ausência de danos a pessoas e bens.

      A manobra há pouco executada tinha desviado um pouco a Theos da rota anterior e a queda de pressão causada pela abertura da porta havia sido imediatamente compensada pelo sistema automatizado.

      6%, 4%, 2%.

      “Distância do objeto: 60.000 km” anunciou a voz.

      Ambos estavam segurando a respiração, esperando chegarem à distância de 50.000 km, quando seriam acionados os sensores de curto alcance. Esse momento parecia interminável.

      “Distância do objeto: 50.000 km. Sensores de curto alcance: ativos.”

      A figura borrada na frente deles de repente ficou nítida. O objeto apareceu na tela, tornando cada detalhe visível. Os dois amigos se olharam, espantados, olhos nos olhos.

      — Inacreditável! — exclamaram em uníssono.

      O Coronel Hudson caminhava nervoso para lá e para cá, pela diagonal do corredor em frente à sala principal do restaurante. Praticamente olhava, a cada minuto, o relógio tático que sempre usava em seu pulso esquerdo e que nunca tirava, nem mesmo para dormir. Ele estava tão entusiasmado quanto um adolescente em seu primeiro encontro.

      Para matar o tempo, pediu um Martini com gelo e uma fatia de limão ao barman bigodudo que, por baixo de sobrancelhas grossas, observava com curiosidade, enquanto limpava ociosamente alguns copos.

      O álcool, obviamente, não era permitido em países islâmicos, mas, para essa noite, havia feito uma exceção. O pequeno restaurante inteiro fora reservado para os dois.

      O Coronel, logo após terminar a conversa com a Dra. Hunter, havia imediatamente entrado em contato com o proprietário do restaurante, especificamente pedindo o prato especial Masgouf, do qual o restaurante levava o nome. Devido à dificuldade em encontrar o ingrediente principal, o esturjão do rio Tigre, queria ter certeza de que o local pudesse servi-lo. Além disso, sabendo que são necessárias pelo menos duas horas para prepará-lo, queria que tudo fosse cozinhado sem pressa e com absoluta perfeição.

      Para a noite, como o uniforme de camuflagem não seria adequado à situação, decidiu tirar o pó do seu terno escuro Valentino, combinando-o com uma gravata de seda regimental, com listras cinzas e brancas. Os sapatos pretos, engraxados como somente um militar saberia engraxar, eram também italianos. Claro, o relógio tático não combinava com nada, mas jamais poderia ficar sem ele.

      — Chegaram — a voz saiu crepitante do receptor, parecido com um telefone celular, que guardava no bolso interno do terno. Desligou o aparelho e olhou através da porta de vidro.

      O grande carro escuro desviou de um saquinho amassado que esvoaçava na ligeira brisa da noite e rodopiava preguiçosamente no meio da rua. Com uma manobra rápida, parou em frente à entrada do restaurante. O motorista deixou a poeira abaixar, e em seguida, cautelosamente saiu do carro. Do fone de ouvido escondido na sua orelha direita, escutou vários avisos de “all clear”. Ele olhou atentamente para todas as posições previamente definidas, até estar certo de que tinha identificado todos os seus homens que, em uniforme de combate, cuidariam da segurança dos dois convidados durante o jantar.

      A área estava protegida.

      Abriu a porta traseira e gentilmente estendendo a sua mão direita, ajudou a convidada a descer do automóvel.

      Elisa agradeceu o militar pela gentileza e saiu suavemente do carro. Ela olhou para cima e encheu os pulmões do ar limpo da noite clara, pausando um momento para contemplar o magnífico espetáculo que só o céu estrelado do deserto poderia proporcionar.

      O Coronel ficou por um momento indeciso se ia ao seu encontro ou se ficava dentro da sala esperando a sua entrada. Por fim, escolheu se sentar, na esperança de disfarçar melhor a sua agitação. Em seguida, fingindo indiferença, se aproximou do balcão, sentou-se em um banco, descansou o cotovelo esquerdo na madeira escura, balançou um pouco o licor em seu copo e parou para observar a semente do limão se depositar lentamente no fundo.

      A porta se abriu com um leve chiado e o motorista militar se inclinou para verificar se tudo estava em ordem. O Coronel deu um leve aceno de cabeça e o militar acompanhou Elisa, convidando-a para entrar com um amplo gesto de mão.

      — Boa noite, Dra. Hunter — disse o Coronel, levantando-se do banco e mostrando o seu melhor sorriso. — A viagem foi confortável?

      — Boa noite, Coronel — Elisa respondeu com um sorriso deslumbrante. — Foi tudo bem, obrigada. O motorista foi muito gentil.

      — Você pode ir, obrigado — o Coronel disse ao motorista com uma voz autoritária. Com uma saudação militar, o jovem se virou e desapareceu na noite.

      — Uma bebida, doutora? — perguntou o Coronel, chamando com um aceno da mão o barman bigodudo.

      — O mesmo que o senhor — Elisa respondeu imediatamente, apontando para o copo de Martini que o Coronel ainda estava segurando. Então, ela acrescentou: — pode me chamar de Elisa, Coronel, se preferir.

      — Perfeito. E você pode me chamar de Jack. “Coronel” vamos deixar para os meus soldados.

      É um bom começo, pensou o Coronel.

      O barman preparou cuidadosamente o segundo Martini e entregou à recém-chegada. Ela aproximou o próprio copo ao do Coronel e brindou.

      — Saúde — exclamou alegremente e deu um grande gole.

      — Elisa, devo dizer que esta noite você está realmente maravilhosa — disse o Coronel, passando o olhar da cabeça aos pés da sua convidada.

      — Você também não está nada mal. O uniforme pode até ser charmoso, mas prefiro você assim — disse, sorrindo maliciosamente e inclinando a cabeça ligeiramente para um lado.

      Jack, um pouco sem jeito, voltou sua atenção para o conteúdo do copo que tinha na mão. Ele o observou por um momento, então bebeu tudo num gole.

      — Que tal seguirmos para a mesa?

      — Boa ideia — disse Elisa. — estou faminta.

      — Pedi que preparassem a especialidade da casa. Espero que você goste.

      — Não me diga que você conseguiu que cozinhassem o Masgouf! — ela exclamou com espanto, abrindo os belos olhos verdes. — é quase impossível encontrar o esturjão do Tigre nessa época do ano.

      — Para uma companhia como a sua, não poderia faltar o melhor — disse satisfeito o Coronel, vendo que a escolha parecia ter sido apreciada. Ele gentilmente estendeu a mão direita e convidou a doutora para segui-lo. Ela, com um sorriso maroto, apertou a sua mão e se deixou acompanhar à mesa.

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