A Vingança Do Conde. Barbara Cartland
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Название: A Vingança Do Conde

Автор: Barbara Cartland

Издательство: Bookwire

Жанр: Языкознание

Серия: A Eterna Colecao de Barbara Cartland

isbn: 9781782138556

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СКАЧАТЬ subisse no faetonte e correu para tomar seu lugar no banquinho traseiro.

      Assim que os cavalos puseram-se em movimento Sylvie apareceu no alto dos degraus. Chamou Charles e acenou-lhe, mas ele virou o rosto. Tocou os animais mais depressa e desceu rapidamente pelo bem cuidado caminho de entrada da casa.

      Ainda não se refizera daquelas emoções desencontradas que o deixaram tão abalado. Sentia raiva, surpresa, desapontamento e o orgulho ferido. Era como se o tivessem esbofeteado.

      Sylvie demonstrara claramente que o amava. Era inacreditável que tivesse concordado em se casar com um homem tão desagradável quanto o Marquês de Shaw.

      A medida que Charles refletia sua raiva aumentava. Estava zangado com Sylvie, porém furioso consigo mesmo. Como pudera acreditar que ela e o amava e que seria boa esposa?

      Ambiciosa! Interesseira! Tudo o que desejava era agarrar o título mais elevado que lhe oferecessem! Pouco lhe importava o homem possuidor desse título.

      Charles amara a mãe, uma mulher linda e meiga que havia adorado o marido e o filho. Fora pensando na mãe que ele escolhera Sylvie Bancroft para ser sua esposa.

      Naquelas três semanas Sylvie mostrara-se suave, tema e parecia amá-lo. Como pudera ser tão falsa e tão esnobe?

      Embora não tivesse um título de nobreza. Charles sentia-se superior aos seus contemporâneos. Era inteligente, fora sempre o melhor aluno em Eton e ganhara inúmeros prêmios.

      Praticara várias modalidades de esportes, o que lhe valera um físico perfeito e dezenas de troféus. Destacara-se no Exército e recebera medalhas por atos de bravura.

      Além disso tinha beleza, elegância e uma fortuna invejável. No entanto, não conseguira conquistar Sylvie Bancroft.

      O faetonte havia alcançado a estrada que nesse trecho era estreita e sinuosa; a velocidade dos cavalos teve de ser diminuída.

      Charles se censurou por ter sido ingênuo a ponto de ficar cego diante de um belo rosto. Envergonhava-se também de ter-se comportado como um adolescente tolo.

      Não que tivesse sofrido uma desilusão amorosa. A questão não era essa, pois reconhecia que não amava Sylvie Bancroft perdidamente.

      Escolhera-a para ser sua esposa por achá-la bela e meiga, mas enganara-se quanto ao seu caráter.

      Felizmente ele não dissera a ninguém sobre a intenção de desposá-la, o que lhe pouparia ouvir dos conhecidos e daqueles que o invejavam, brincadeiras de mau gosto.

      Em todo caso, considerou, todos o viram muitas vezes com Sylvie Bancroft e poderiam tirar suas conclusões.

      Ainda nessa manhã, no White’s Club, quando ele dissera que estava de partida para o campo, um grande número de sócios fizeram-lhe um brinde.

      —Boa sorte, velho companheiro— desejaram, erguendo seus copos.

      Lembrando-se disso, Charles sorriu ceticamente. Nunca imaginara que nessa tarde sofreria a primeira derrota de sua vida.

      O noivado de Sylvie Bancroft com o Marquês de Shaw seria anunciado e todos iriam caçoar do "Nunca-nunca-nobre".

      Seus inimigos ririam dele, diriam que, pela primeira vez, Charles Lyndon conhecera o sabor amargo do desprezo de uma mulher.

      As mães ambiciosas, ao contrário, o receberiam de braços abertos e continuariam a lisonjeá-lo na esperança de agarrá-lo para genro.

      «O que farei?», Charles perguntou a si mesmo.

      A ideia de voltar para Londres não o entusiasmava. Podia, naturalmente, ir para a Lyndon Hall, mas isso lhe soava como fuga.

      Em toda a sua vida de militar ele ensinara seus subalternos a jamais se acovardar e a enfrentar o inimigo com destemor. Como poderia agora, ele próprio, ir contra esses princípios?

      Quando ia alcançar a estrada principal que o levaria a Londres, Charles percebeu que o cavalo da frente, à sua direita, diminuíra a marcha. Depressa, conduziu o faetonte para a lateral da estradinha e puxou as rédeas. Os animais pararam por completo.

      O esperto cavalariço logo soube o que havia de errado. Desceu ligeiro do alto banquinho e examinou o cavalo com problema.

      —Raindrop perdeu uma ferradura, sir — informou.

      Felizmente eles se achavam bem perto de uma aldeia. Havia casas dos dois lados da estradinha campestre.

      —Dê uma corrida até a casa mais próxima, Hobson, e pergunte se há algum ferreiro na aldeia— Charles ordenou.

      —Está bem, sir— respondeu o cavalariço, afastando-se correndo.

      Ele ia abrir o portãozinho de um bungalow quando um homem ainda jovem apareceu à porta da casa. Sabendo o que o rapaz desejava, o homem indicou o caminho até uma determinada casa.

      —Aquele homem informou que não há ferreiro por aqui, mas há uma forja na Casa Grande que fica cerca de cem metros distante da aldeia, descendo a estrada, naquela direção— disse Hobson voltando para junto do faetonte e apontando para o leste.

      —Vamos até lá. Se houver ferramentas na forja, você mesmo poderá colocar uma ferradura na pata de Raindrop.

      Hobson voltou para seu assento e Charles tocou os animais. Atravessou a aldeia e pouco depois avistou os grandes portões de uma casa enorme e muito bonita, com graciosas colunas.

      Minutos depois o faetonte subia pelo caminho de entrada da casa, na verdade uma mansão. Só ao chegar perto Charles pôde notar que havia rachaduras nas paredes e muitos dos vidros das janelas estavam quebrados.

      Ele estacionou a carruagem diante dos degraus de entrada, esperou que Hobson segurasse os animais e desceu.

      Por um momento olhou ao redor, certo de que já havia estado naquela propriedade. Era verdade que parecia meio abandonada, mas aquela construção de belíssimas linhas arquitetônicas não lhe era estranha.

      Ele subiu os degraus de pedra. Não havia aldrava na porta da frente da casa, que estava aberta. Parecia não haver ninguém morando ali.

      Charles bateu palmas e aguardou alguns segundos. Não houve resposta. Dispunha-se a bater novamente quando uma mocinha veio atendê-lo.

      Era tão linda que por um momento ele apenas a fitou, emudecido. Notou depois que suas roupas, além de surradas, estavam fora de moda.

      A mocinha pareceu surpresa com o visitante e mesmo tempo, maravilhou-se com o faetonte estacionado à frente da casa.

      —Lamento importuná-la, senhorita, mas um dos meus cavalos perdeu uma ferradura e na aldeia me informaram qué havia uma forja aqui em sua casa— Charles explicou.

      A mocinha sorriu.

      —Sim, claro. Nosso velho cavalariço está nas cocheiras e cuidará de ferrar seu cavalo— disse ela.

      — Por favor, acompanhe-me.

      Ela desceu os degraus e Charles seguiu-a. Ao passar por Hobson pediu-lhe СКАЧАТЬ