Transformada . Морган Райс
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      “Tem uma folha de inscrição do lado de fora da sala de música. Peça pela Sra. Lennox. Diga a ela que você é minha amiga.”

      Amiga. Caitlin gostou do som daquela palavra. Lentamente, ela sentiu uma felicidade crescendo dentro dela.

      Ela deu um sorriso largo. Os olhos dos dois se encontraram por um momento.

      Olhando para aqueles olhos verdes e brilhantes, ela desejou profundamente lhe fazer um milhão de perguntas: Você tem namorada? Por que está sendo tão legal? Você gosta mesmo de mim?

      Mas, ao invés disso, ela mordeu a língua e não disse nada.

      Temendo que o tempo deles juntos fosse acabar em breve, ela procurou por algo para perguntar que prolongasse a sua conversa. Ela tentou pensar em algo que garantisse que ela o veria novamente. Mas ela ficou nervosa e imóvel.

      Ela finalmente abriu a boca, e no momento em que o fez, o sino tocou.

      O local explodiu em barulho e movimento, e Jonah levantou, segurando a sua viola.

      “Estou atrasado,” ele disse, pegando sua bandeja.

      Ele olhou para a bandeja dela. “Posso levar a sua?”

      Ela olhou para baixo, percebendo que havia esquecido dela, e sacudiu a cabeça.

      “OK,” ele disse.

      Ele ficou parado ali, tímido de repente, sem saber o que dizer.

      “Bem…até mais.”

      “Até mais,” ela respondeu desajeitadamente, sua voz apenas um sussurro.

      *

      Com o fim do seu primeiro dia de aula, Caitlin saiu do prédio e encontrou uma tarde ensolarada de março. Apesar de uma brisa forte estar soprando, ela não sentia mais frio. Apesar de todos os garotos em torno dela estarem gritando enquanto saíam, ela não estava mais incomodada com o barulho. Ela se sentiu viva, e livre. O resto do dia havia passado como uma névoa; ela não conseguia se lembrar do nome de um único professor.

      Ela não conseguia parar de pensar em Jonah.

      Ela se perguntou se havia agido como uma idiota na cantina. Ela tinha atropelado as palavras, quase não tinha feito nenhuma pergunta a ele. Tudo o que ela conseguiu perguntar foi sobre aquela viola estúpida. Ela devia ter perguntado onde ele morava, de onde ele era, para qual faculdade ele queria ir.

      Mas principalmente, se ele tinha uma namorada. Alguém como ele tinha que estar namorando alguém.

      Naquele exato momento, uma garota bonita e hispânica passou por Caitlin. Caitlin a olhou da cabeça aos pés quando ela passou, e se perguntou por um segundo se era ela.

      Caitlin virou na rua 134, e por um segundo, esqueceu para onde estava indo. Ela nunca havia ido à pé da escola para casa e, por um momento, ela não conseguia lembrar de onde ficava o seu novo apartamento. Ela ficou parada lá, na esquina, desorientada. Uma nuvem cobriu o sol e um vento forte soprou, e de repente, ela sentiu frio novamente.

      “Ei, amiga!”

      Caitlin virou-se e percebeu que estava na frente de um bar imundo de esquina. Quatro homens estranhos estavam sentados em cadeiras de plástico na frente do bar, parecendo não sentir o frio, sorrindo para ela como se ela fosse a sua próxima refeição.

      “Venha aqui, amor!” gritou outro.

      Ela se lembrou.

      Rua 132. É isso.

      Ela se virou rapidamente e caminhou em um passo acelerado por outra rua lateral. Ela olhou por cima do ombro algumas vezes para ver se aqueles homens a estavam seguindo. Felizmente, eles não estavam.

      O vento frio queimava o seu rosto e a acordou, enquanto ela começava a entender a dura realidade da sua nova vizinhança. Ela olhou para os carros abandonados, as paredes pichadas, o arame farpado, as barras em todas as janelas, e de repente, se sentiu muito sozinha. E com medo.

      Faltavam apenas 3 quadras para chegar ao seu apartamento, mas ela sentiu como se fosse uma eternidade. Ela desejou ter um amigo ao seu lado—até melhor, Jonah—e perguntou a si mesma se ela conseguiria fazer esta caminhada sozinha todos os dias. Mais uma vez, ela sentiu raiva da mãe. Como ela podia continuar fazendo-a se mudar, colocando-a em novos lugares que ela odiava? Quando aquilo acabaria?

      Vidro quebrado.

      O coração de Caitlin bateu mais rápido quando ela percebeu uma certa atividade na esquerda, do outro lado da rua. Ela caminhou rápido e tentou manter a cabeça baixa, mas quando chegou mais perto, ela ouviu gritos e risadas grotescas, e não pôde deixar de notar o que estava acontecendo.

      Quatro garotos enormes— de 18 ou 19 anos, talvez—estavam em pé, na frente de outro garoto. Dois deles seguravam os seus braços, enquanto um terceiro avançava e o socava no estômago, e um quarto socava o seu rosto. O garoto, talvez 17 anos, alto, magro e indefeso, caiu no chão. Dois dos garotos avançaram e o chutaram no rosto.

      Contra a sua própria vontade, Caitlin parou e observou. Ela estava horrorizada. Ela nunca havia visto nada como aquilo.

      Os outros dois garotos deram alguns passos em torno da sua vítima, então levantaram suas botas bem alto e as abaixaram.

      Caitlin estava com medo de que eles fossem pisotear o menino até a morte.

      “NÃO!” ela gritou.

      Houve um som terrível de quebra quando eles abaixaram os pés.

      Mas não era o som de ossos quebrados—em vez disso, era o som de madeira. Madeira sendo quebrada. Caitlin viu que eles estavam pisoteando um pequeno instrumento musical. Ela olhou mais atentamente, e viu pequenos pedaços de uma viola por toda a calçada.

      Ela levou a mão até a boca, horrorizada.

      “Jonah!?”

      Sem pensar, Caitlin atravessou a rua até o grupo de garotos, que agora já haviam notado a sua presença. Eles olharam para ela e seus sorrisos malignos se alargaram enquanto eles cutucavam uns aos outros.

      Ela caminhou diretamente até a vítima e viu que realmente era Jonah. O seu rosto estava sangrando e machucado, e ele estava inconsciente.

      Ela olhou para o grupo de garotos, sua raiva superando o seu medo, e ficou entre Jonah e eles.

      “Deixem ele em paz!” ela gritou para o grupo.

      O garoto no meio, com pelo menos 1,95 m de altura e musculoso, riu.

      “Ou o quê?” ele perguntou com uma voz muito grossa.

      Caitlin sentiu o mundo passar por ela, e percebeu que acabara de ser empurrada pelas costas. Ela levantou os cotovelos enquanto caía no concreto, mas isso mal amorteceu a sua queda. Pelo canto do seu olho, ela pôde ver seu diário voar, os papéis soltos se espalhando por todo o lugar.

      Ela ouviu risos. E então, pegadas vindo na direção dela.

      Com o coração СКАЧАТЬ