Transformada . Морган Райс
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СКАЧАТЬ não pertencia à este grupo de garotos. Era estranho, mas ela quase sentiu como se precisasse protegê-lo.

      “Eu sou Caitlin,” ela disse, esticando a mão e olhando nos olhos dele.

      Ele olhou para cima, surpreso, e seu sorriso voltou.

      “Jonah,” ele respondeu.

      Ele apertou a mão dela firmemente. Uma sensação de dormência subiu pelo seu braço quando ela sentiu a pele macia dele envolver a sua mão. Ela sentiu como se os dois se fundissem. Ela continuou segurando a mão dele um segundo a mais, e não conseguiu deixar de sorrir de volta.

      *

      O restante da manhã foi confuso, e Caitlin estava com fome quando chegou até a cantina. Ela abriu as portas duplas e ficou impressionada com o enorme salão, o incrível barulho que parecia vir de mil garotos, todos gritando. Era como entrar em um ginásio. Com exceção de que, a cada sete metros, outro guarda de segurança estava parado, nos corredores, vigiando cuidadosamente.

      Como já era de se esperar, ela não tinha ideia de onde ir. Ela examinou o enorme salão e finalmente encontrou uma pilha de bandejas. Ela pegou uma e entrou no que ela pensou ser a fila para a comida.

      “Não entra na minha frente, vadia!”

      Caitlin se virou e viu uma garota grande e acima do peso, quinze centímetros mais alta do que ela, olhando para baixo com um olhar ameaçador.

      “Desculpe, eu não sabia—”

      “A fila é lá atrás!” outra garota retrucou, apontando com o dedão.

      Caitlin olhou e viu que pelo menos cem garotos estavam na fila. Parecia uma espera de vinte minutos.

      Quando ela começou a ir na direção do fim da fila, um garoto na fila empurrou outro, e ele voou na frente dela, caindo duramente no chão.

      O primeiro garoto pulou em cima do outro e começou a socá-lo no rosto.

      A cantina explodiu em um rugido de excitação, enquanto dúzias de garotos se reuniam em torno deles.

      “BRIGA! BRIGA!”

      Caitlin deu vários passos para trás, assistindo horrorizada à cena de violência à seus pés.

      Quatro guardas finalmente chegaram e pararam a briga, separando os dois garotos ensanguentados, carregando-os para longe. Eles não pareciam estar com nenhuma pressa.

      Depois que Caitlin finalmente pegou sua comida, ela examinou a sala, esperando por um sinal de Jonah. Mas ele não estava em lugar nenhum.

      Ela caminhou pelas fileiras, passando mesa após mesa, todas cheias de garotos. Haviam poucos lugares vazios, e os que estavam vazios não pareciam muito convidativos, ao lado de grandes grupos de amigos.

      Finalmente, ela escolheu um lugar em uma mesa vazia perto do fundo. Havia apenas um garoto na ponta da mesa, um garoto chinês baixinho e frágil com aparelho nos dentes, mal vestido, que mantinha sua cabeça abaixada e se concentrava em sua comida.

      Ela se sentiu só. Ela olhou para baixo e checou seu telefone. Haviam algumas mensagens no Facebook dos seus amigos da última cidade. Eles queriam saber o que ela estava achando da nova casa. Por alguma razão, ela não estava a fim de responder. Eles pareciam estar tão longe.

      Caitlin comeu pouquíssimo, uma sensação vaga de náusea do primeiro dia ainda com ela. Ela tentou pensar em outra coisa. Ela fechou os olhos. Ela pensou em seu novo apartamento, no quinto andar de um prédio imundo sem elevador na rua 132. A sua náusea piorou. Ela respirou fundo, se esforçando para focar em algo, qualquer coisa boa em sua vida.

      Seu irmão mais novo. Sam. 14 anos, parecendo ter 20. Sam nunca lembrava que era o mais novo: ele sempre agia como o seu irmão mais velho. Ele havia se tornado forte e duro com todas as mudanças de cidade, com a partida de seu pai, com a forma como a mãe tratava a ambos. Ela pôde perceber que tudo aquilo estava afetando-o e que ele estava começando a se fechar. As brigas frequentes dele na escola não a surpreendiam. Ela temia que aquilo apenas ficasse pior.

      Mas quando se tratava de Caitlin, Sam a amava absolutamente. E ela a ele. Ele era a única coisa constante na sua vida, o único com quem ela podia contar. Ele parecia manter o seu último ponto fraco no mundo para ela. Ela estava determinada a fazer o possível para protegê-lo.

      “Caitlin?”

      Ela pulou.

      Parado ao lado dela, bandeja em uma mão e estojo de violino na outra, estava Jonah.

      “Se importa se eu me juntar a você?”

      “Sim—quer dizer, não,” ela disse, nervosa.

      Idiota, ela pensou. Pare de ficar tão nervosa.

      Jonah deu aquele sorriso e sentou na frente dela. Ele sentou ereto, com postura perfeita, e colocou o seu estojo de violino cuidadosamente ao seu lado. Ele colocou sua comida gentilmente na mesa. Havia algo nele, alguma coisa que ela não conseguia identificar. Ele era diferente de todas as pessoas que ela havia conhecido. Era como se ele pertencesse a uma outra era. Ele realmente não pertencia a este lugar.

      “Como foi o seu primeiro dia?” ele perguntou.

      “Não foi o que eu esperava.”

      “Eu sei como é,” ele disse.

      “Isso é um violino?”

      Ela apontou com a cabeça para o instrumento dele. Ele o mantinha próximo, e mantinha uma mão sobre ele, como se tivesse medo que alguém o roubasse.

      “É uma viola, na verdade. É só um pouco maior, mas o som é muito diferente. Mais suave.”

      Ela nunca havia visto uma viola, e esperava que ele a colocasse na mesa e a mostrasse para ela. Mas ele não fez nenhuma menção de fazê-lo e ela não queria se intrometer. Ele ainda estava com a mão sobre o instrumento, e parecia querer protegê-lo, como algo pessoal e privado.

      “Você pratica bastante?”

      Jonah encolheu os ombros. “Algumas horas por dia,” ele disse casualmente.

      “Algumas horas!? Você deve ser ótimo!”

      Ele encolheu os ombros novamente. “Eu sou bom, eu acho. Existem muitos outros músicos melhores do que eu. Mas eu espero que esta seja a minha passagem para fora deste lugar.”

      “Eu sempre quis tocar piano,” Caitlin disse.

      “Por que não toca?”

      Ela ia dizer, eu nunca tive um, mas não o fez. Ao invés disso, ela deu de ombros e voltou a olhar para a comida.

      “Você não precisa ter um piano,” Jonah disse.

      Ela olhou para cima, surpresa ao perceber que ele havia lido a sua mente.

      “Existe uma sala de ensaio nessa escola. Com tudo de ruim aqui, pelo menos há alguma coisa boa. Eles dão aulas gratuitas. Tudo o que você precisa fazer é se inscrever.”

      Os СКАЧАТЬ