O Peso da Honra . Морган Райс
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Читать онлайн книгу O Peso da Honra - Морган Райс страница 11

СКАЧАТЬ nunca tinha visto, claramente visitas do outro lado do mar, visitas de todo o mundo que estavam a visitar Ur, o porto internacional de Escalon. De facto, cores e insígnias estrangeiras brilhantes voavam em todos os diferentes navios que se amontoavam no canal, como se o mundo inteiro estivesse reunido num só lugar.

      "As arribas que circundam Escalon são tão altas, são elas o que mantem a nossa terra inexpugnável", explicou Marco enquanto caminhavam. "Ur tem a única praia, o único porto para embarcações de grande porte que desejam ancorar. Escalon tem outros portos, mas nenhum tão fácil de aceder. Então, quando eles querem visitar-nos, vêm todos para aqui", acrescentou movendo a sua mão, olhando para todas as pessoas, todos os navios.

      "É ao mesmo tempo uma boa e uma má coisa", continuou ele. "Isto traz-nos trocas e comércio de todos os quatro cantos do reino."

      "E a má?", perguntou Alec, enquanto eles faziam apertados o seu caminho através da multidão e Marco parou para comprar um pedaço de carne.

      "Isso deixa Ur propensa a ataques por mar", respondeu ele. "É um local natural para uma invasão."

      Alec examinou deslumbrado o horizonte da cidade, assimilando todos os campanários, a infindável variedade de edifícios altos. Ele nunca tinha visto nada parecido.

      "E as torres?", perguntou ele, olhando para uma série de torres altas e quadradas coroadas com baluartes, colando-se sobre a cidade e viradas de frente para o mar.

      "Elas foram construídas para ver o mar", respondeu Marco. "Contra a invasão. Embora, com a rendição do Rei Fraco, pouco de bom nos fez. "

      Alec questionou-se.

      "E se ele não se tivesse rendido?", perguntou Alec. "Poderia Ur defender-se de um ataque por mar?"

      Alec encolheu os ombros.

      "Eu não sou um comandante", disse ele. "Mas eu sei que temos formas. Nós certamente podíamo-nos defender de piratas e invasores. A frota é outra história. Mas, na sua história de mil anos, Ur nunca caiu – e isso quer dizer alguma coisa. "

      Sinos distantes soavam no ar enquanto eles continuavam a andar, misturando-se com o som de gaivotas lá em cima, a circular, a gritar. Enquanto eles iam empurrando a multidão, Alec deu pelo seu estômago a roncar ao cheirar no ar todos os tipos de comida. Os seus olhos arregalaram-se ao passaram por fileiras de barracas de comerciantes, todas alinhados com mercadoria. Ele viu objetos exóticos e iguarias nos quais nunca antes tinha posto os olhos em cima, ficando maravilhado com a vida cosmopolita desta cidade. Tudo ali era mais rápido, todos com tanta pressa, as pessoas movimentavam-se tão rapidamente que ele mal conseguia assimilar tudo antes de passaram por ele. Isto fê-lo aperceber-se de quão pequena era a cidade de onde tinha vindo.

      Alec olhou fixamente para um vendedor que vendia os maiores frutos vermelhos que já tinha visto e enfiou a mão no bolso para comprar um – quando sentiu baterem-lhe de lado com força no ombro.

      Ele virou-se e viu um homem grande, mais velho, elevando-se sobre ele, com uma barba preta desalinhada, a olhar carrancudo para baixo. Tinha um rosto estrangeiro que Alec não conseguia reconhecer e praguejava numa linguagem que Alec não entendia. O homem, em seguida, empurrou-o, atirando Alec para trás a voar, para sua surpresa, para cima de uma barraca, caindo no chão da rua.

      "Não há necessidade disso", disse Marco, dando um passo à frente e colocando a mão para parar o homem.

      Mas Alec, normalmente passivo, nutriu um novo sentimento de raiva. Era uma sensação desconhecida, uma raiva latente dentro dele desde a morte da sua família, uma raiva que precisava de uma saída. Ele não conseguia controlar-se. Colocou-se de pé e lançou-se para a frente. Com uma força que ele não sabia que ele tinha, esmurrou o homem na cara, deixando-o cair para trás, atirando-o sobre outra barraca.

      Alec ficou ali, espantado por ter derrubado o homem muito maior, enquanto Marco ficou ao lado dele, de olhos bem abertos, também.

      Um tumulto irrompeu no mercado quando os amigos imbecis do homem começaram a correr para lá e um grupo de soldados Pandesianos veio a correr do outro lado da praça. Marco parecia em pânico e Alec sabia que eles estavam numa posição precária.

      "Por aqui!" Marco incitou, agarrando Alec e puxando-o com força.

      Os idiotas juntaram forças e os Pandesianos aproximaram-se. Alec e Marco correram pelas ruas, Alec seguindo o seu amigo enquanto este navegava por esta cidade que ele tão bem conhecia, tomando atalhos, ziguezagueando entre barracas e fazendo curvas apertadas pelos becos. Alec mal podia continuar com todos os ziguezagues apertados. No entanto, quando se virou e olhou para trás, viu o grande grupo a aproximar-se e ele sabia que tinham um combate nas mãos que não conseguiriam vencer.

      "Aqui!", gritou Marco.

      Alec observou Marco a saltar para fora da borda do canal e, sem pensar, seguiu-o, esperando aterrar na água.

      Ele ficou surpreendido, porém, por não ouvir salpicos. Em vez disso, deu por ele a aterrar numa pedra pequena saliente no fundo, que não tinha detetado lá de cima. Marco, a respirar com dificuldade, bateu quatro vezes numa porta de madeira desconhecida, construída na pedra, sob a rua – e um segundo depois a porta abriu-se e Alec e Marco foram puxados para a escuridão e a porta fechou-se atrás deles. Antes, Alec tinha visto homens a correr em direção à borda do canal, questionando, incapazes de ver lá para baixo quando a porta se fechou.

      Alec deu por ele no subsolo, num canal escuro e subterrâneo. Correu, estupefacto, com água a salpicar-lhe até aos tornozelos. Eles ziguezaguearam e, logo depois, a luz solar apareceu novamente.

      Alec viu que eles estavam numa grande sala de pedra, sob as ruas da cidade, com luz solar filtrada pelas grelhas lá no alto. Ficou espantado ao ver-se cercado por vários rapazes da sua idade, todos com as caras sujas e a sorrir de volta bondosamente. Todos pararam, respirando com dificuldade. Marco sorriu e cumprimentou os seus amigos.

      "Marco", disseram eles, abraçando-o.

      "Jun, Saro, Bagi", respondeu Marco.

      Cada um deles chegou-se à frente e ele abraçou cada um deles, sorrindo, estes homens eram claramente como irmãos para ele. Cada um deles tinha aproximadamente a idade deles, tão altos quanto Marco, de ombros largos, com rostos duros e olhares de rapazes que tinham conseguido sobreviver a vida inteira nas ruas. Eram meninos que, claramente, tiveram de trilhar o seu próprio caminho.

      Marco puxou Alec para a frente.

      "Este", anunciou ele, "é Alec. Ele agora é um dos nossos."

      Um de nós. Alec gostava de como isso soava. Era bom pertencer a algum lugar.

      Cada um deles abraçou-o e, um deles, o mais alto, Bagi, abanou a cabeça e sorriu.

      "Então tu és o tal que começou com toda esta agitação?", perguntou ele com um sorriso.

      Alec sorriu de volta timidamente.

      "O tipo empurrou-me", disse Alec.

      Todos os outros se riram.

      "Uma razão tão boa como outra qualquer para arriscar nossas vidas neste dia", respondeu Saro, com sinceridade.

      "Agora estás numa cidade, menino do campo", disse Jun severamente, sem sorrir, ao contrário dos outros. "Podias ter-nos matado a todos. Aquilo foi estúpido. Aqui, as pessoas não se importam – ele empurram-te – e muito pior. Mantem a cabeça baixa e vê para onde vais. Se СКАЧАТЬ