Duelo De Corações. Barbara Cartland
Чтение книги онлайн.

Читать онлайн книгу Duelo De Corações - Barbara Cartland страница 7

Название: Duelo De Corações

Автор: Barbara Cartland

Издательство: Bookwire

Жанр: Языкознание

Серия: A Eterna Colecao de Barbara Cartland

isbn: 9781782137757

isbn:

СКАЧАТЬ Adam, você não me fez perguntas, mas acredito que esteja curioso para saber qual a razão desta visita em hora tão imprópria.

      —Seja qual for o motivo, sabe que estou a seu inteiro dispor, milorde— disse Adam amavelmente—, basta expor o que deseja e o atenderei.

      —O que lhe vou pedir é algo desagradável. Você estaria disposto a comparecer diante de um tribunal e testemunhar a meu favor?

      O Sr. Grimbaldi deu de ombros.

      —Enfrentar juizes e promotores nunca é agradável, mas farei isso, sem dúvida, milorde.

      —Na França temos um termo rude para designar os juizes e promotores— Zara aparteou—, mas não vou repeti-lo para não ofender os ouvidos da lady aqui presente.

      —Está bem, Zara. Conheço o termo— tomou lorde Brecon, rindo.

      —Então? Não acha que o termo seja bem apropriado?

      —Muito apropriado.

      Foi a vez de Zara rir. Em seguida sua expressão tomou-se séria ao perguntar:

      —Oh! O senhor matou um homem em um duelo? Está querendo fugir do país?

      —Não, Zara. O caso é mais complicado. Vou explicar o que aconteceu. Por favor, Adam, acho melhor você fechar a porta.

      O Sr. Grimbaldi atendeu ao pedido. Lorde Brecon começou sua história:

      —Como os dois sabem, estive fora, viajando pela França e a Itália, durante dois anos. Retomei à Inglaterra cerca de três meses atrás e fui calorosamente recebido por mamãe e meus amigos. Dias depois de minha chegada fui informado de que um primo distante havia falecido e, antes de morrer, me nomeara tutor de sua filha de quinze anos, Melissa.

      Lorde Brecon tomou mais um pouco do champanhe antes de prosseguir:

      —Fui conhecer minha pupila, uma garota linda, porém, desajuizada. Melissa estava de partida para a França. Iria estudar em um excelente colégio para jovens ladies, em Paris, onde terminaria sua educação, mas… uma semana após a partida de Melissa, fiquei chocado ao saber que ela havia mantido um romance clandestino com um homem de má reputação e com idade suficiente para ser seu pai. Em seu enlevo de jovem apaixonada, minha pupila cometeu a imprudência de escrever ardentes cartas de amor ao namorado. Um advogado velhaco, de nome Isaac Rosenberg, procurou-me para me dizer que seu cliente, o ex-namorado de Melissa, exigia o pagamento de cinco mil guinéus para a entrega das tais cartas. Caso eu não lhe pagasse a quantia estabelecida, as cartas iriam ser usadas para difamar minha pupila. Propus-me a pagar apenas mil guinéus. Se o cliente em questão não aceitasse a minha oferta eu iria chicoteá-lo publicamente, em plena St. James Street, e seu nome iria figurar em todos os clubes aristocráticos de Londres como chantagista.

      —O que esse homem respondeu?— indagou Adam Grimbaldi.

      —Ontem pela manhã recebi uma carta de Rosenberg dizendo que desejava encontrar-se comigo na casa em ruínas que fica no bosque situado atrás da estalagem The Dog and Duck, na estrada para Sevenoaks— lorde Brecon continuou.

      — O lugar me pareceu muito estranho, pois ali se realizam duelos e é também um ponto de encontro de amantes. Mesmo assim, fui até lá e encontrei Rosenberg morto, com uma faca enterrada no pescoço.

      —Deus do céu!— exclamou Adam Grimbaldi.

      —Quem o teria assassinado?— Zara indagou quase simultaneamente.

      —Não faço a menor ideia…— respondeu lorde Brecon—, ao chegar à clareira que existe no bosque já vi o corpo estendido, ainda quente. A Srta. Fry, que estava no bosque na hora do assassinato, ouviu o grito de Rosenberg.

      —Você viu o assassino?— Zara perguntou, voltando-se para Caroline.

      —Não. Só ouvi o grito e ouvi alguém correndo, saindo do bosque.

      —Rosenberg não havia sido roubado — explicou lorde Brecon—, as cartas de Melissa estavam no bolso externo do sobretudo e as peguei. Para ter certeza de que não haveria mais nada de comprometedor nos outros bolsos, revistei-os todos e achei isto.

      Lorde Brecon mostrou aos amigos folha de papel encontrado no bolso do morto.

      —Vejam. Trata-se de uma carta supostamente escrita por mim.

      —O que diz a carta?— Zara quis saber.

      —Aqui está escrito que Rosenberg deve encontrar-se comigo na quarta-feira, na casa em ruínas, no bosque atrás da The Dog and Duck, na estrada para Sevenoaks. Diz também que ele deve levar todas as cartas de minha pupila, uma vez que aceitei as condições do seu cliente.

      —E você não escreveu essa carta?— inquiriu o Sr. Grimbaldi.

      —Nunca! Nem estava disposto a aceitar a chantagem do cliente de Rosenberg. Tanto a carta de Rosenberg enviada para mim, como a que ele tinha em seu poder eram falsas! Foi uma trama bem feita para que eu e Rosenberg comparecêssemos ao mesmo lugar. O infeliz acreditou na carta falsa, e foi ao seu encontro com o assassino. Entendem? Alguém planejou tudo para que esse crime fosse atribuído a mim.

      —Sim, é o que se pode deduzir— concordou Adam Grimbaldi, balançando a grande cabeça—, você acha que o assassino tenha sido o ex-namorado de sua pupila?

      —Creio que não. Se ele pretendia obter os cinco mil guinéus não iria querer a morte de Rosenberg nem desejaria ver as cartas desaparecerem. E a minha morte, quero dizer, se eu fosse preso e Conde nado à forca ele também nada lucraria. Só lhe interesso vivo.

      —Sendo assim, quem poderia ter assassinado Rosenberg?— Zara questionou.

      —Só posso deduzir que há alguém interessado em livrar-se de mim, mas nenhum nome me ocorre.

      —De que modo podemos ajudá-lo? — Adam Grimbaldi perguntou.

      —Ainda não adivinhou, Adam? Então seu cérebro não é tão rápido quanto o da Srta. Fry. Foi ela quem sugeriu que eu arranjasse dois ou mais amigos leais para jurar em um tribunal que eu estive com eles nas últimas duas horas. Preciso ter um álibi.

      —Compreendo, claro. Que tolo fui em não ter pensado nisso antes! Bem, milorde, conte comigo e com Zara. Podemos jurar que esteve conosco a noite toda. Primeiro assistiu ao espetáculo e depois ficou aqui no carroção conversando, bebendo champanhe e só foi para casa bem tarde. Digo mais: meus homens e suas esposas também estarão dispostos a jurar a mesma coisa.

      Lorde Brecon estendeu a mão para o amigo que a apertou. Sorrindo, ele agradeceu:

      —Muito obrigado. Adam. Eu tinha certeza de poder contar com você.

      —Está pedindo muito pouco de nós, senhor Conde— Zara manifestou-se, fazendo com as mãos um gesto para afastar dos ombros alvos os cabelos loiros.

      —Você é sempre tão generosa— disse lorde Brecon tomando a pequenina mão de Zara e levando-a aos lábios.

      —Se está tudo arranjado, milorde, acho melhor eu continuar minha viagem — СКАЧАТЬ