Seu Reino Por un Amor. Barbara Cartland
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Название: Seu Reino Por un Amor

Автор: Barbara Cartland

Издательство: Bookwire

Жанр: Языкознание

Серия: A Eterna Colecao de Barbara Cartland

isbn: 9781782135289

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СКАЧАТЬ e também pelos cidadãos importantes, que queriam evitar a ameaça germânica.

      Pior ainda era a perspectiva de terem que encontrar um governante estrangeiro para vir ocupar o lugar do rei, caso ele morresse sem deixar um herdeiro.

      Maximiliano sabia que os gregos tinham procurado desesperada-mente por um monarca, tendo recentemente eleito para o trono o segundo filho do Rei da Dinamarca, que se tornou George I.

      Mas sabia também que, se alguma coisa lhe acontecesse, Valdastien era um país pequeno demais para sobreviver. Um tanto desgostoso, pensou que era justo que fizesse um sacrifício por seu povo.

      Há oito anos que reinava e apreciara cada momento. Tinha sido pouco convencional, mas ninguém se queixou, era também totalmente egoísta, quando se tratava de seus interesses particulares, e o povo o admirava por isso.

      Agora, precisava pagar o preço da liberdade que gozava, mas considerava-o muito alto.

      −Só Deus sabe onde poderei encontrar uma esposa que eu ache pelo menos suportável!− murmurou.

      Como se o diabo zombasse dele, viu passar diante de seus olhos uma procissão de Princesas, altas, baixas, gordas, magras, loiras, morenas, ruivas.

      Todas lhe pareciam muito pouco atraentes, e a ideia de tocá-las fez com que estremecesse, mas uma seria a mãe de seus filhos e usaria a Coroa de Valdestien.

      −Não suportarei isso!

      Depois, como se o diabo mudasse o cenário e erguesse o pano para um outro ato, o Rei viu as mulheres que tinha escolhido por seus encantos e que o prenderam durante algum tempo.

      Todas tinham suas qualidades.

      Assim como os quadros que comprara para o palácio, assim como as jóias que dera a tais mulheres, cada uma delas tinha sido perfeita.

      Mais do que qualquer outra coisa, ele detestava a feiúra. Sabia que tinha herdado do pai o amor à beleza, como também da mãe, que, com seu sangue húngaro, tinha sido uma das mulheres mais bonitas que jamais conhecera.

      Era uma magnífica amazona. Tinha morrido muito moça, porque, assim como ele, gostava dos cavalos selvagens, em vez dos que poderia montar sem perigo.

      Se foi bonita em vida, também continuou sendo bonita depois de morta. O Rei sabia que sua beleza o inspirava, e era o que procurava em todas as mulheres, sem jamais a encontrar.

      Consternado com o futuro, que o esperava, teve a impressão de que, de repente, um abismo se abria à sua frente.

      Não estava mais seguro; devia seguir um caminho estranho e traiçoeiro, com a convicção de que sua paz e sua felicidade seriam destruídas para sempre.

      Começou a andar de um lado para outro, inquieto.

      Como se não pudesse mais suportar os próprios pensamentos, desceu a escada e foi para o escritório.

      Procurou a chave que tinha guardado no bolso do colete. Sabia, embora isso fosse apenas um paliativo como o vinho, que só La Belle poderia fazer com que se esquecesse de tudo, por um momento.

      A porta da sala de estudos se abriu, mas a Princesa Zita, que lia junto da janela, não virou a cabeça.

      Estava, na realidade, no mundo da fantasia, onde ficava, sempre que lia um livro, e onde sé refugiava, à noite, ou mesmo durante o dia, quando não se interessava pelo que se passava à sua volta.

      Só quando percebeu que havia alguém a seu lado, foi que olhou para a recém-chegada, sua irmã mais velha, Sophie.

      −Imagine o que aconteceu!− exclamou Sophie.

      A contragosto, porque estava muito mais interessada na leitura, Zita perguntou:

      −O que foi?

      Não esperava nada de excitante, mas sabia que devia ser alguma coisa inesperada; do contrário, Sophie não teria vindo interrompe-la. A irmã sentou-se no banco da janela, diante dela.

      −Mal posso acreditar, mas mamãe diz que deve ser por isso que ele vem aqui,

      −De quem está falando? Quem é que vem aqui?

      −O Rei Maximiliano de Vaidastien avisou o meu pai que está fazendo uma tournée pelos países vizinhos e que deseja passar uns dias aqui.

      Sophie falou no tom preciso, inexpressivo que lhe era peculiar, mas seus olhos estavam animados, e encarou a irmã, com apreensão.

      Zita ficou sem fala, por um momento.

      −O Rei Maximiliano? Tem certeza?

      −Absoluta. E mamãe acha que ele vem pedir minha mão em casamento.

      −Não pode ser verdade! Sempre ouvimos dizer que o Rei é um solteirão inveterado, que não pretende casar, embora haja muitas mulheres dispostas a partilhar o trono com ele.

      Zita parecia estar falando para si mesma, como a irmã não respondeu, continuou:

      −Creio que sei porque motivo, ele mudou de idéia. Uma noite destas, o meu pai estava falando com o Barão Meyer sobre a determinação de Bismarck de expandir as fronteiras da Alemanha− fez uma pausa e acrescentou, em tom positivo−, sim! É por isso que o Rei quer não apenas ter certeza de que nosso país será seu aliado contra a Alemanha, como também ter um herdeiro.

      Zita não esperava que a irmã respondesse, pois sabia que Sophie não se interessava por política, nunca procurando ouvir a conversa quando o pai recebia algum membro do governo, nem tampouco, lendo os jornais.

      Zita gostava tanto de jornais quanto de livros. Muitas vezes achava que seu cérebro estava dividido em dois compartimentos: um se interessava por política e pelos problemas de todos os países da Europa, o outro estava repleto de fantasias que tornavam o mundo belo como um conto de fadas.

      Nesse último, não havia problemas, a não ser os que aconteciam com ninfas e sátiros, com gnomos e duendes, assim como com as sereias que atraíam marinheiros e navios com seu canto, levando-os à destruição.

      Era esse o assunto da história que estava lendo. Por um momento, teve dificuldade em abandonar as sereias, com seus cabelos longos flutuando nas ondas, para concentrar-se em Maximiliano e na sua procura de uma esposa.

      Então achou que a diferença não era muito grande, afinal de contas.

      A mãe de Zita, a Grã-Duquesa, ficaria horrorizada, se soubesse que a filha tinha conhecimento da reputação do Rei, isto é, a de dar sua proteção às mais lindas mulheres do teatro.

      O professor de música, que ensinava piano a Zita, tinha sido concertista, em Paris, assim sendo, conhecia o mundo do teatro, que fascinava a Princesa, já que ela vivia na quietude de Aldross, o país de seu pai.

      −Conte-me mais alguma coisa, monsieur, conte tudo!− pedia Zita, quando a lição terminava, e o professor tinha prazer em falar para ouvidos tão atentos.

      Contava sobre as grandes personalidades do teatro. Como ia sempre a Paris, onde tinha dois filhos casados, Zita sabia quais eram as últimas peças em cartaz.

      Ele СКАЧАТЬ