Arena Dois . Морган Райс
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Читать онлайн книгу Arena Dois - Морган Райс страница 6

СКАЧАТЬ não entendesse. Pergunto-me se ele realmente compreende o que está acontecendo ao seu redor.

      “Você vem?” eu pergunto com mais firmeza. Não tenho paciência para isso.

      Aos poucos, ele balança a cabeça, recusando. Ele está fora de si, eu tento perdoá-lo – mas é difícil.

      Viro-me para sair do barco e saltar para a margem. É uma sensação boa ter os pés em terra firme.

      “Esperem!”

      Vejo Logan se levantar do assento do motorista.

      “Eu sabia que alguma coisa assim iria acontecer,” ele fala.

      Ele anda pelo barco, recolhendo suas coisas.

      “O que você está fazendo?” eu pergunto.

      “O que você acha?” ele retruca. “Não vou deixar vocês duas irem sozinhas.”

      Meu coração se enche de alívio. Se eu fosse sozinha, não estaria tão preocupada – mas estou muito feliz de ter outra pessoa para me ajudar a tomar conta de Bree.

      Ela salta do barco para a margem.

      “Estou te falando agora que isto é uma ideia estúpida,” ele diz, ao ficar ao meu lado. “Deveríamos continuar indo em frente. Logo irá anoitecer. O Hudson pode congelar. Poderíamos ficar presos aqui. Sem falar dos comerciantes de escravos. Você tem 90 minutos, entendeu? 30 minutos para ir, 30 minutos para ficar lá e 30 minutos para voltar. Sem exceções de qualquer tipo. Ao contrário, partirei sem você.”

      Olho de volta para ele, impressionada e grata.

      “Fechado,” eu falo

      Penso em todo esse sacrifício que ele fizera, e começo a sentir algo a mais. Por trás de toda sua postura, começo a sentir que Logan realmente gosta de mim. Ele não é tão egoísta quanto eu havia pensado.

      Quando estamos quase partindo, ouço uma movimentação no barco.

      “Esperem!” Ben grita.

      Eu me viro para encará-lo.

      “Você não podem me deixar aqui sozinho com Rose. E se alguém vier? O que eu deveria fazer?”

      “Tome conta do barco,” Logan responde, virando-se para ir embora.

      “Eu não sei pilotá-lo!” Ben berra. “Eu não tenho nenhum arma!”

      Logan se vira mais uma vez, aborrecido, pega uma de suas pistolas da faixa em sua coxa e arremessa na direção de Ben, atingindo-o em cheio no peito, deixando-o confuso.

      “Talvez você aprenda como utilizá-la,” Logan fala com desdém ao dar suas costas.

      Fico observando Ben, parado ali, parecendo tão indefeso e assustado, segurando uma arma que ele sequer sabe manejar. Parece completamente apavorado.

      Gostaria de confortá-lo. Dizer-lhe que tudo ficará bem e que voltaremos logo. Mas, quando olho para a vasta montanha que nos espera, pela primeira vez, não estou tão certa de que vai ser assim.

      D O I S

      Enquanto caminhamos rapidamente pela neve, olho ansiosamente para o céu escurecendo, sentindo o tempo pressionar. Dou uma olhada para trás por cima de meu ombro e vejo minhas pegadas na neve, além delas, vejo Ben e Rose em pé, balançando com o barco, nos observando de olhos arregalados. Rose segura Penélope, igualmente assustada. Penélope late. Eu me sinto mal pelos três ali, mas sei que nossa missão é necessária. Sei que vamos pegar suprimentos e alimentos que serão úteis para nós, também sinto que temos uma boa vantagem sobre os comerciantes de escravos.

      Eu corro em direção ao galpão enferrujado, coberto de neve e abro sua porta retorcida com um baque, rezando para que o caminhão escondido ali, há anos, ainda esteja lá. Era uma picape velha e oxidada, em péssimo estado, mais sucata do que um carro realmente, com apenas um oitavo do tanque de combustível restando. Eu a encontrei um dia por acaso, andando pela Rota 23 e decidi escondê-la aqui, perto do rio, caso um dia precisasse dela. Lembro-me de ter ficado surpresa ao ver que ainda dava para dirigi-la.

      A porta do galpão se abre com um rangido e ali está ela, escondida exatamente onde eu a deixei, ainda coberta com feno. Meu coração se enche de alívio. Dou um passo para frente e tiro o feno, minhas mãos congelam quando toco o metal gelado. Vou para a parte de trás do galpão e abro as portas duplas do celeiro, o local se enche de luz.

      “Belas rodas,” Logan diz, andando por trás de mim, examinando o veículo. “Tem certeza que ainda anda?”

      “Não,” eu respondo. “Mas a casa de meu pai fica a uns trinta quilômetros daqui, não podemos exatamente ir escalando.”

      Posso ver pelo seu tom de voz que ele realmente não quer participar desta missão, que ele quer voltar para o barco, continuar indo rio acima.

      Sento no banco do motorista e procuro pela chave no chão. Finalmente a encontro, estava bem escondida. Eu a coloco na ignição, respiro fundo e fecho meus olhos.

      Por favor, Deus. Por favor.

      A princípio, nada acontece. Meu coração aperta.

      Eu giro a chave de novo e de novo, virando a chave completamente para a direita e, aos poucos, o motor começa a pegar. No começo, é apenas um som baixo,como se fosse um gato moribundo. Mas eu continuo girando a chave e, eventualmente, o som vai ficando cada vez mais alto.

      Vamos, vamos.

      O motor finalmente pega, roncando alto. Ele engasga e faz barulhos estranhos, está claramente nas últimas. Mas, pelo menos, está funcionando.

      Não consigo evitar um sorriso, cheio de alívio. Está funcionando. Está realmente funcionando. Vamos conseguir chegar em casa, enterrar minha cahorra, pegar alimentos. Sinto como se Sasha estivesse nos observando lá de cima, nos ajudando. Talvez meu pai também esteja.

      A porta de passageiro se abre e Bree entra, eriçada de animação, se lançando sobre o banco de vinil ao meu lado, Logan se senta ao lado dela e fecha a porta, olhando fixamente para frente.

      “O que você está esperando?” ele diz. “O tempo está passando.”

      “Você não precisa repetir,” eu respondo, igualmente seca.

      Ponho em marcha e começo a acelerar, saindo do galpão e entrando na neve, sob o céu noturno. A princípio, os pneus ficam encalhados na neve, mas eu acelero mais e faíscas saem quando conseguimos avançar.

      Nós continuamos seguindo, fazendo curvas com os pneus carecas, atravessando um campo desnivelado, somos sacudidos o tempo inteiro, em todas as direções. Mas vamos em frente, que é a única coisa que importa agora.

      Logo, chegamos a uma pequena estrada de terra. Que bom que a neve foi derretendo ao longo do dia – se não, não iríamos conseguir.

      Começamos a pegar uma boa velocidade. O caminhão me impressiona, me tranquilizando à medida que o motor esquenta. Alcançamos quase 50 km/h seguindo pela rota 23 na direção leste. Continuo pisando até que passamos por um buraco, o que eu lamento muito. Todos nós gememos ao batermos nossa cabeça no teto. Eu desacelero um pouco, os buracos são quase impossíveis СКАЧАТЬ