O Cerco de Corintho, poema de Lord Byron, traduzido em verso portuguez. George Gordon Byron
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      Tempos melhores, mais propicios fados;

      E sem nota e sem crime de perfidia,

      Aos palacios, ás góndolas levando

      Alegria vivaz, se assignalava

      Nos Carnavaes, ou resoar fazendo

      Sobre aguas do Adria esses descantes meigos

      Que alvoroçadas de prazer escutão

      Á meia-noite as Italas donzellas.

VIII

      Que do seu coração já possessora

      Não fosse a virgem, suspeitavão muitos;

      No em tanto d'infinitos requestada,

      E a nenhum acolhendo, persistia

      De todo o laço conjugal isenta

      A juvenil Francina: e desde o instante

      Em que das Adriaticas paragens

      Se retirou Lanciotto a pagãos climas,

      O sorriso expirou nos labios d'ella;

      Meditabunda e pallida tornou-se;

      Confissões amiudava, e já não era

      Tão vista em mascaradas e assembleas;

      Ou, se lá ia, os olhos seus descidos

      Avassalavão, n'um volver furtivo,

      Mil corações de balde suspirosos:

      Nenhum objecto contemplava attenta;

      Não punha em atavios tanto apuro,

      Nem já tão terno desprendia o canto;

      Seus passos, bem que leves, o erão menos

      Que os dos parceiros seus, a quem na dança

      Colhia absortos o raiar d'aurora.

IX

      D'um sólo aos Musulmanos arrancado,

      Quando a soberba lhes calcou Sobieski

      Ante os muros de Buda, ás margens do Istro;

      D'um sólo que depois Veneza altiva

      Empolgou com violencia desde Patras

      Té a Euboica enseada, o regimento,

      Por ordem sup'rior, tomou Minotti;

      E de Corintho na torreada estancia

      Já elle era do Doge o delegado,

      Quando os olhos da Paz fagueiros, pios,

      Depois da larga ausencia, confortavão

      C'um sorriso dos seus a Grecia sua,

      Inda não rôto esse armisticio trêdo

      Que ao jugo anti-Christão a subtrahia.

      Entrou Minotti alli co'a filha amavel;

      E desde o tempo em que a formosa Helena,

      Deixando o esposo e a patria, fez ver quantos

      D'um illicito amor desastres brotão,

      Nunca estas praias adornou belleza

      Digna de comparar-se á da estrangeira.

X

      Em crebros boqueirões abre-se o muro;

      E sobre as ruinas da alluida mole

      Vai, á primeira luz, desenvolver-se

      Assalto mais que todos formidando.

      Tropas enfileirarão-se; escolhidos

      Forão para formar toda a vanguarda

      Tartaros e Othomanos; e vós outros,

      Flor dos guerreiros, a quem foi sem causa

      Imposto o sobrenome de perdidos,

      E para quem a morte e riso, é jôgo;

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      Este orgulho se deixa ver bem claro no Childe Harold's Pilgrimage, cant. I.º est. 16, onde, entre outros motejos com que o poeta pertende aviltar os Portuguezes, tambem lhes exprobra o serem

      A nation swoln with ignorance and pride.

      Nação inflada d'ignorancia e orgulho.

      Quererá isto dizer que a Inglaterra é um paiz todo cheio de sabios, e onde o orgulho morre de frio, por falta de quem o aquartele?

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Este orgulho se deixa ver bem claro no Childe Harold's Pilgrimage, cant. I.º est. 16, onde, entre outros motejos com que o poeta pertende aviltar os Portuguezes, tambem lhes exprobra o serem

A nation swoln with ignorance and pride.Nação inflada d'ignorancia e orgulho.

Quererá isto dizer que a Inglaterra é um paiz todo cheio de sabios, e onde o orgulho morre de frio, por falta de quem o aquartele?

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