Название: Apenas negócios? - O segredo de alex
Автор: Maureen Child
Издательство: Bookwire
Жанр: Языкознание
Серия: OMNIBUS DESEJO
isbn: 9788413752839
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– Mas… que lata!
Emma voltou ao seu quarto para se pentear um pouco e vestir um roupão. Depois de lavar os dentes voltou à cozinha e sentou-se num banco, olhando para ele com a sobrancelha franzida.
– Pareces que estás como em tua casa – recriminou-o. – Mas não me lembro de te ter convidado para jantar.
– Esta manhã não estavas em condições de me convidares para o que quer que fosse – o sorriso de Nathan aumentava a temperatura da divisão. – Mas eu tenho um dom para antecipar os desejos das mulheres – acrescentou, oferecendo-lhe uma chávena. – É de cidreira, bom para o estômago.
Perguntando-se como sabia isso, Emma tomou um gole.
– De certeza que estás a antecipar os meus desejos? Não serão os teus?
– Asseguro-te que só estou a pensar em ti.
Emma franziu o sobrolho, cética.
– Que estás a fazer?
– Canja com arroz, uma receita da minha mãe.
– Queres dizer que cortaste a galinha, fizeste a sopa…?
– É a única maneira. Queres provar?
– Claro que sim.
Enquanto Nathan servia a canja nas tigelas e tirava duas fatias de pão torrado de um saco, o estômago de Emma rugiu, impaciente. Quando provou a canja ficou surpreendida ao notar o sabor a coentros e a cebola…
– Está muito saborosa.
– Não tens enjoos?
– Não, já não. Ainda bem.
Nathan terminou a sua sopa e deixou a tigela no lava-loiça.
– Vais-me dizer o que é que aconteceu na tua casa de banho?
– Tinha uma infiltração na banheira.
– Para arranjar uma infiltração não é necessário destruir a casa de banho toda, Emma.
– O canalizador encontrou mofo e pedi-lhe que arrancasse tudo para ver como estava o interior das paredes.
– E há quanto tempo está assim?
– Há umas semanas.
– E não pensas arranjá-lo?
Emma franziu o sobrolho.
– Estamos no Natal e toda a gente está muito ocupada até finais de janeiro.
– O mofo é perigoso. Não podes ficar aqui.
– Estou aqui há um ano e não me aconteceu nada. Acho que posso sobreviver outro mês.
Além do mais, não tinha outro sítio para onde ir.
– Porque é que não foste para um hotel?
– Não tenho dinheiro para um hotel.
– Não tens dinheiro? – repetiu Nathan, incrédulo.
Emma deixou escapar um longo suspiro. Era hora de explicar-lhe o que se estava a passar.
– Há dez meses que não posso mexer no meu fideicomisso. O meu pai deu-me cem mil dólares para o ano inteiro.
– Porquê cem mil dólares?
– Foi o que eu gastei em sapatos no ano passado.
– Cem mil dólares em sapatos?
Ela fez uma careta.
– A questão é que temos um acordo: se voltar a depositar na minha conta os cem mil dólares no dia de São Valentim, o meu pai não voltará a meter-se na minha vida e não terei de casar-me contigo.
– E quanto é que tens de depositar?
– Trinta e cinco mil dólares.
O sorriso de Nathan fez com que ficasse em fúria. Porque é que lhe tinha contado? Seguramente Cody teria contado histórias sobre o dinheiro que ela gastava, mas ela já não era a rapariga frívola que tinha sido meses antes. Tinha aprendido a poupar dinheiro e a fazer orçamentos. Passava muitas horas a desenhar e a fazer joias e tinha descoberto a melhor maneira de as vender.
– A propósito, preciso dos meus brincos.
– Pensas vendê-los?
– Sim. Abri um negócio de joalharia. Desenho peças caras e originais, únicas.
O seu pai não tomava a sério o seu trabalho e, pela expressão de Nathan, ele também não. Mas quanto mais trabalhava, mais desejava que Silas Montgomery reconhecesse o seu talento. Como podia dizer que a amava se nem sequer tentava entendê-la? Restituir os cem mil dólares era importante tanto para recuperar o seu fideicomisso como para demonstrar-lhes que era capaz de fazer algo bem.
– Vou conseguir esse dinheiro.
Nathan encolheu os ombros.
– Achas que o podes conseguir em cinco semanas?
Falava como o seu pai. Quando olhava para ela, só via o fracasso. Teria uma surpresa quando visse que era uma pessoa capaz de trabalhar para viver.
– Vou apresentar as minhas joias numa exposição e, com um pouco de sorte, vendo-as todas.
Naturalmente, não lhe contou que não tinha suficientes peças e que para comprar materiais teria de utilizar o dinheiro que tinha no banco. Para que é que lhe ia contar isso?
– Tenho a certeza que fazes joias muito bonitas – disse Nathan, com um tom condescendente que a fez apertar os punhos. – Mas não pensarás ganhar trinta e cinco mil dólares numa feira.
– Posso fazê-lo – afirmou Emma. – Vais ver.
– Muito bem, o que tu disseres. Mas podes mudar-te para minha casa enquanto te arranjam a casa de banho.
– Mudar-me para tua casa? Não, nada disso.
– Não vou deixar que fiques – disse ele, impaciente. – Vou procurar alguém que venha tirar o mofo e pôr um chuveiro. Não acredito que demore mais do que duas semanas. Entretanto, podes ficar na minha casa.
– Agradeço a tua ajuda, mas não penso alojar-me na tua casa.
– Porquê? Tens medo de gostar demasiado?
A pergunta despertou-lhe lembranças da passagem de ano, lembrando-lhe como era fácil sucumbir outra vez.
– Não tenho medo nenhum – disse, cruzando os braços.
Mas tinha pois.
Desejava que voltasse a beijá-la, СКАЧАТЬ