Constriundo o amor conjugal. Ricardo E. Facci
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Название: Constriundo o amor conjugal

Автор: Ricardo E. Facci

Издательство: Bookwire

Жанр: Сделай Сам

Серия: Por um Lar novo

isbn: 9789874756558

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СКАЧАТЬ entre um casal de namorados e outra que já vive um casamento há muito tempo, pois um destes casais sempre prefere passear à pé e o outro de carro. O jovem casal compartilha tudo: se abraçam, olham juntos as vitrines, nunca se separam fisicamente. O casal de alguns anos, por sua vez, vive tudo de outra maneira: ela olha as vitrines, ele fica parado na calçada pois a vitrine o aborrece e tem medo de que aquilo que ela está olhando seja caro demais para ser comprado. Quando os namorados passeiam parecem ser um só, sempre de mãos dadas. Então qual casal prefere passear de carro? Os esposos. Pois eles pensam: "menos mal que a porta tem um apoio para os braços, assim posso me apoiar" e não precisará dar as mãos. E isso tudo se o filho já crescidinho do casal não mandar a mãe se sentar no assento de trás.

      Um dia alguém me disse que ser romântico é algo para adolescentes apaixonados, imaturos, enfim, uma coisa de crianças. Simplesmente lhe disse: "Pobre casamento o seu!".

      Um casal percebe um ao outro quando está fazendo carinho. É diferente de apenas conversar verbalmente. Existe um vínculo definido quando se dá carinho ou quando se experimenta receber carinho. Cria-se distância quando não há contato físico. Não estar juntos, e sim separados, produz uma relação distante e impessoal. Quando não se há contato físico por muito tempo fica faltando um elemento especial de união. Um casal não precisar estar o tempo todo demonstrando fisicamente o afeto, porém, quando os carinhos são menos frequentes, ternura e doçura desaparecem da relação.

      É mais difícil escutar e concentrar-se no outro apenas com os olhos e com os ouvidos. Mas também são necessárias as mãos. É fácil perceber quando um parceiro não está concentrado no outro pois as mãos o demonstram.

      A diminuição de carinho é um sinal do esfriamento de uma relação, de uma concentração maior da pessoa em seus próprios interesses e, como consequência, aumenta a sensibilidade para se ferir. Começa a surgir uma sensação de estar isolado, de ser incompreendido e de estar sendo usado. O casamento pode se transformar em um trabalho. Se você acha que a fase romântica já passou - e isto não significa necessariamente que vocês se odeiem ou que rejeitem a responsabilidade do matrimônio - porém, de alguma maneira, infelizmente perderam a "chama", o entusiasmo que deve ser a vida a dois e tudo se tornou sem graça e monótono, é porque a atenção está em outras coisas e não no cônjuge. A sintonia com o outro foi perdida. O interior precisa do corpo para se expressar. Quando dois esposos se tocam são capazes de se entenderem plenamente.

      Para dialogar em casal

      1. Quanto nos acariciamos? Que efeitos sentimos quando nos damos menos carinho?

      2. Por que demonstramos menos carinho?

      3. Quem de nós demonstra carinho com mais frequência?

      4. O que nos dizemos quando damos as mãos?

      5. Sabemos escutar a linguagem não verbal?

      Para orar juntos

      Senhor,

      tu atuaste segundo

      os meios de comunicação do homem, fazendo-nos descobrir

      que a melhor maneira de chegar ao outro

      é através do seu próprio caminho.

      Ajude-nos a não desperdiçar

      a infinidade de maneiras que possuímos

      de nos comunicar com amor,

      que sempre nos sintonizemos

      um ao outro

      para que nosso diálogo verbal e não verbal

      não tenha interferências

      de nenhuma espécie.

      Que jamais deixemos de utilizar

      nossa comunicação

      para que o casamento não esfrie.

      Amém.

      Nos amamos e nos conhecemos também pelo corpo

      E conheceu Adão a Eva, sua mulher... (Gn 4,1)

      O sexo deixou de ser um tabu nas conversas cotidianas, entre os adolescentes e jovens, assim como em todas as conversas nas quais se trata do assunto de forma generalizada, sem afetar a intimidade dos interlocutores.

      Mesmo assim ainda é um tabu falar sobre o tema entre marido e mulher, porque isto diz respeito à intimidade. Vocês conversam sobre a sexualidade que vivem e compartilham? A experiência nos mostra que os casais não conversam sobre sua sexualidade. "Fazem amor", porém não falam a respeito pois "ficam envergonhados". Se doam e entregam fisicamente um ao outro mas tudo fica por aí. Cada um tem suas próprias interpretações pois trata-se de um "cinema mudo".

      Os corpos não amam, o prazer não ama, nem o desejo ama. Ama-se a partir da interioridade, da partir da profundeza do coração: os corpos são os mensageiros desta mensagem interior e profunda do ser. Assim, a sexualidade se dá por meio de uma linguagem calorosa e amorosa que contém em si o que cada um sente a respeito do outro.

      Se entregar totalmente e pessoalmente através de seus corpos é um sinal de abertura ao outro que não significa deixar de ser si mesmo. Um eu é corpo, sentimento e espírito e este eu entra em comunhão encarnada com o outro em uma tripla dimensão física, psicológica e espiritual.

      A sexualidade não é o amor mas sim a linguagem do amor. Uma sexualidade sem amor não é humana pois não integra a dimensão tripla de uma pessoa. Isto faz com que a sexualidade seja basicamente uma reflexo de duas vidas, de duas almas, de dois corpos. Ela é reflexo de duas verdades, de dois amores, de duas sinceridades que se abrem mutuamente. O reflexo dos corpos nus não é sinal de atrevimento ou provocação, mas sim sinal sagrado de dois corações e de duas vidas puras. Quando existe alguma mentira em nosso interior (um sentimento contrário ou mal expresso no momento em que se entrega) este reflexo perde a naturalidade e surge a vergonha de Adão e Eva (cfr. Gn 3,7).

      A limpidez da sexualidade fará com que as demonstrações físicas do casal sejam acompanhadas por palavras de amor preenchidas de sentido. Trata-se de um destes momentos únicos em que a fala é meiga, amorosa, doce e sem agressividade. Uma entrega física desacompanhada de ternura de palavras se torna misteriosa, turva e manchada. Este é o momento de avaliarem mutuamente o quanto vocês se amam e se querem, o quanto precisam e o quanto cada um se sente feliz em estar ao lado do outro.

      Não em vão, a palavra de Deus define a relação sexual com um termo um pouco estranho para a nossa linguagem de hoje em dia: conhecer. Como expresso no texto bíblico com o qual começamos a reflexão, E conheceu Adão a Eva, sua mulher. Assim é, pois toda entrega entre esposos deve ser mútua e levar ao conhecimento um do outro, revelando cada um tal qual é e como gostariam de ser. Conhecer-se é entrar dentro do outro, é compenetrar-se do outro, é descobrir a verdade do outro. Nos amamos e conhecemos também pelo corpo.

      Para dialogar em casal

      1. Nós conversamos sobre o nosso sexo?

      2. O que sentimos quando nos entregamos um ao outro?

      3. Como vemos nosso comportamento sexual?

      4. Em que devemos melhorar sexualmente para que nosso relacionamento de casal cresça?

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