Constriundo o amor conjugal. Ricardo E. Facci
Чтение книги онлайн.

Читать онлайн книгу Constriundo o amor conjugal - Ricardo E. Facci страница 3

Название: Constriundo o amor conjugal

Автор: Ricardo E. Facci

Издательство: Bookwire

Жанр: Сделай Сам

Серия: Por um Lar novo

isbn: 9789874756558

isbn:

СКАЧАТЬ que tem ouvidos para ouvir, que ouça (Mt 13, 9)

      Aquele que queira ouvir, que ouça - este pensamento de Jesus, manifestado em várias oportunidades, cabe perfeitamente ao diálogo de casal. Geralmente, quando um tema é aprofundado em uma conversa, uma ferida dolorosa se abre em muitos casais: a ausência de um diálogo maduro.

      É necessário não desanimar. Retomar o diálogo é possível. Mas como? Sacrificando tudo para chegar a uma compreensão mútua, reconhecendo aquilo que cada um fala, fazendo uma verdadeira e profunda análise da conversa, mas, acima de tudo, aprendendo a escutar, mas escutar amando.

      Aquele que tem ouvidos para ouvir, que ouça. É claro que Jesus não falava aos surdos ou a pessoas com problemas auditivos, mas sim a pessoas que simplesmente ouviam as palavras por um ouvido, mas não as deixavam entrar em seu coração. Aquele que tem ouvidos para ouvir com o coração, que ouça.

      Somente quem se dispõe a abrir o coração à palavra do outro saberá escutar amando. Ao invés de apenas falar, dialogar é escutar.

      Como escutar amando?

      • Estando disponível para que o outro se sinta disposto a seguir compartilhando sua interioridade.

      • Perguntando, de modo que motive o interlocutor a aprofundar mais sobre o tema.

      • Avaliando se o que foi ouvido é correto. No momento em que for oportuno, é preciso analisar o que foi escutado e compartilhá-lo com o outro, para que se avalie se o que foi recebido foi realmente o que se quis transmitir.

      • Evitar julgamentos e atitudes defensivas.

      Escutar não é apenas deixar que as palavras do outro entrem em nosso sistema auditivo. É acolher o outro como pessoa através da sua palavra. A capacidade de escutar amando depende de quão profundo é o desejo de ser tocado pelo outro. Escutar requer abertura.

      É necessário saber escutar para se ter um diálogo mais profundo. Tudo é possível para os que amam, principalmente quando há empenho para a reconstrução e o aumento das conversas. Quando o diálogo entre um casal ainda não se tornou totalmente profundo, é necessário que, para iniciar esta jornada, seja feita uma análise verdadeira para entender de fato qual a responsabilidade pessoal de cada um.

      Não se chega a um diálogo ideal:

      • Quando as conversas voltam-se somente para o passado, partindo sempre das mesmas situações e dos mesmos temas.

      • Quando um dos dois constantemente rejeita as ideias do outro.

      • Quando ambos expressam a mesma opinião mas não se entendem devido à incapacidade de escutar.

      • Quando a concordância em um ponto desperta a oposição a outros dez.

      • Quando se insiste obstinadamente em temas que separam, ao invés de insistir nos que unem.

      • Quando se encontra a resposta sem considerar o que o outro está dizendo.

      • Quando o mau costume de contrariar, de interromper e de levantar o tom não se dá por vencido.

      • Quando só se expressam palavras dolorosas e se interpretam as palavras do outro em sentido falso ou pouco comprometedor para si.

      • Quando se quer impor suposições falsas sobre verdades fundamentais.

      • Quando, por orgulho, soberba e intolerância, prefere-se seguir vivendo na lama e em poças contaminadas do que buscar fontes de água viva e cristalina.

      • Quando se esperam atenção e agradecimentos e só se recebem reprovações.

      • Quando um está disposto a defender as próprias ideias até a morte e o outro as combate com bobagens.

      Quando tudo isso acontece com um casal, se dá um verdadeiro inferno, porém um inferno frio.

      Construir o diálogo, "escutando com amor", é solidificar a harmonia conjugal.

      Para dialogar em casal

       1. Estamos dispostos a "escutar amando"?

       2. Que sentimentos este capítulo despertou em nossa maneira de dialogar?

      Para orar juntos

      Senhor,

      quantos perderam a oportunidade,

      quantos seguem na escuridão,

      por não escutar tua Palavra

      com o coração aberto.

      Não queremos que em nosso casamento

      ocorra o mesmo,

      que cada um permaneça na escuridão,

      por não deixar que a luz cresça

      e nos conheçamos mais e melhor.

       Senhor,

      queremos nos conhecer com mais

      rofundidade, através do diálogo

      que se manifesta e consegue por meio da

      capacidade de escutar

      e assim, não só receber a palavra que vem do outro,

      mas também aceitá-lo verdadeiramente.

      Ajuda-nos a "escutar amando".

      Amém.

      O diálogo não verbal

      Jesus, pois, operou muitos outros sinais (Jo, 30).

      Ao tocar seu corpo, possuo todo o seu ser.

      Deus chegou até nós para se revelar, se mostrar, para dialogar. Ele se fez humano através dos outros e de seu próprio Filho, para nos contar quem Ele realmente é. O curioso é que fez tudo isto à nossa maneira, utilizando símbolos e palavras para que pudéssemos compreender.

      Ele sabe que os homens se comunicam com palavras e com símbolos. Por isso também devemos entender que somos capazes de elaborar tanto diálogos verbais quanto não verbais.

      O diálogo verbal é aquele que requer palavras e que foi tratado nos últimos dois capítulos. Agora, vamos refletir sobre o diálogo não verbal. Este que se realiza com gestos, olhares, carinho, etc.

      Quando um casal vive sua primeira fase de paixão, pensa que estará sempre junto e que com o passar do tempo a relação continuará sendo da mesma maneira ou ainda melhor.

      Enquanto são namorados, o casal está sempre trocando carinho, experimentando algo novo e de mãos dadas. Nem sequer lhes passa pela cabeça que mais adiante não trocarão carinhos com a mesma frequência e sensibilidade.

      Poucos anos após o casamento começam a surgir algumas mudanças. Quase não lhes veem em mente a ideia de fazer um carinho. Não é verdade que as mãos acabam estando sempre ocupadas com um jornal, um cigarro, um livro, uma ferramenta СКАЧАТЬ