Cativa entre os seus braços. Carol Marinelli
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Название: Cativa entre os seus braços

Автор: Carol Marinelli

Издательство: Bookwire

Жанр: Языкознание

Серия: Sabrina

isbn: 9788413484938

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СКАЧАТЬ para o informar da sua decisão.

      Mas Ilyas mostrara-se em desacordo.

      – Não há necessidade de me casar.

      O rei Ahmed franzira o sobrolho, presumindo que Ilyas entendera mal, pois o rei estava habituado a que se cumprissem as suas exigências.

      No entanto, Ilyas mantivera-se firme no assunto do casamento.

      Aceitara o conselho do pai de olhar para o futuro e tinha muitos planos, mas não havia ninguém com quem pudesse arriscar-se a partilhar esses planos.

      Ninguém.

      O casamento não era algo que queria considerar naquele momento, por isso rejeitara a sugestão do pai. O rei insistira.

      – Um casamento, seguido de um herdeiro, agradaria ao nosso povo.

      – O povo chorará quando chegar o momento – replicara Ilyas. – Vou casar-me quando for o momento oportuno, não quando tu decidires.

      Nesse momento, olhara para Mahmoud, que empalidecera ao ouvir aquele desafio à autoridade absoluta do rei.

      – Disse que quero que te cases! – gritara o rei.

      – O casamento é um compromisso para o resto da vida e não estou disposto a fazê-lo agora. Por enquanto, basta-me o harém. – Ilyas voltara a olhar para Mahmoud e seguira em frente com a reunião. – Ponto seguinte.

      Ilyas era rígido, mas justo; equilibrado, mas frio e o povo de Zayrinia adorava-o e desejava em silêncio que chegasse o dia em que seria rei.

      À medida que a saúde do rei se deteriorava, o poder de Ilyas aumentava, embora não o suficiente para o seu gosto. Porém, naquela sexta-feira em particular, quando Mahmoud anunciou que uma nova crise ameaçava ao palácio, foi Ilyas que assumiu o controlo.

      – Já lidámos com ela – informou ao seu pai, com calma, embora o tom âmbar dos seus olhos cor de avelã brilhasse de irritação. Porque raios falara da última indiscrição do irmão mais novo à frente do rei?

      – Mas que tipo de festa era? – perguntou o monarca.

      – Era apenas uma reunião – indicou Ilyas, com suavidade. – Tu próprio disseste que querias que o Hazin viesse a casa com mais frequência.

      – Sim, mas para cumprir os seus deveres reais – respondeu o rei. Olhou para o assistente. – Que tipo de festa deu no seu iate?

      Ilyas conseguia adivinhar perfeitamente que tipo de reunião depravada acontecera.

      O irmão era famoso por elas.

      Quase.

      O palácio esforçara-se para esconder os escândalos que Hazin deixava atrás ele e o rei decidira que já estava farto. O rei Ahmed al-Razim estava mais do que disposto a deserdar o filho mais novo e privá-lo dos seus privilégios e do título.

      Muitos diriam que Hazin merecia.

      Mas Ilyas não se deixava influenciar pelos outros. Nem sequer pelo pai.

      – Falei com o Hazin antes de se ir embora – disse. – Garantiu-me que foi apenas uma saída de um dia com amigos antes de regressar a Londres.

      – E recordaste-lhe que, se houver mais um indício de escândalo, já não poderá usar o apartamento de Londres? Disseste-lhe que cancelarei as suas contas e não terá acesso aos iates ou aos aviões privados da família?

      – Disse-lhe, sim.

      – Talvez, se tivesse de trabalhar para viver, gastasse o dinheiro com mais sabedoria.

      – O Hazin é rico por direito próprio – disse Ilyas ao pai.

      – Poucos são suficientemente ricos para manter os seus hábitos – resmungou o rei. – Mais vale que se emende, Ilyas.

      O rei saiu do escritório. Mahmoud falou com preocupação.

      – O seu pai tem de saber que estão a chantagear o palácio para não tornar os segredos do Hazin públicos. Se isto se souber, será um desastre – insistiu. – O Hazin já teve demasiadas oportunidades.

      – Disse que me encarregarei disso – avisou Ilyas.

      – O rei Ahmed tem de saber! Temos de pagar a essas pessoas. Fui o seu conselheiro durante quase meio século…

      – Já deve ser hora de te reformares – interrompeu Ilyas e Mahmoud soprou de indignação. – O palácio não deve ceder às ameaças. – Encolheu os ombros. – Não acho que exista um vídeo sexual.

      – Não tenho assim tanta certeza – replicou Mahmoud. – Se não pagarmos antes do meio-dia de segunda-feira, tornarão o vídeo público. A mulher voltou a entrar em contacto.

      Ilyas leu as mensagens que, há uma semana, chegavam ao servidor privado, mas as exigências eram mais específicas agora, estabeleciam a soma de dinheiro que queriam e onde e quando tinham de o depositar para impedir a publicação do vídeo.

      – É muito atrevida – disse Mahmoud.

      Ilyas não estava de acordo com isso.

      – Não – respondeu. – Se a tal Suzanne acha que pode chantagear-me, é uma estúpida.

      Examinou as fotografias anexas à mensagem e soube depressa que tinham sido tiradas a bordo do iate do irmão.

      Uma ruiva esplêndida de olhos verdes e grandes e pele pálida de aspeto delicado fora fotografada com um biquíni verde.

      Havia outra fotografia, granulosa, como se a tivessem tirado de longe, que a mostrava deitada numa cama quando Hazin entrava no que Ilyas sabia que era o camarote real.

      A mensagem avisava que as imagens mais explícitas tiradas dentro do camarote seriam perturbadoras, mas Ilyas não acreditava.

      – Se tivessem mais, tê-las-iam enviado.

      – Têm mais – afirmou Mahmoud.

      Ilyas passou para a fotografia seguinte, em que aparecia o irmão de frente, numa posição muito pouco majestosa.

      Hazin estava completamente nu, embora para ser justo, Ilyas parecesse estar a tomar banho, presumivelmente, depois de ter nadado.

      – Isto não é nada que o nosso público sofrido não tenha visto. Na Internet, circulam incontáveis fotografias do Hazin nu. Não é nada.

      Na verdade, era muito. Hazin parecia-se com o irmão nesse aspeto e isso era evidente na fotografia.

      Mas havia outro assunto.

      – Esta fotografia foi tirada nas águas da Zayrinia – indicou Mahmoud. – Até pode ver-se o palácio ao longe. O rei prometeu ao povo que não haveria mais escândalos do Hazin.

      Nesse caso, o parvo era o pai.

      Hazin e Ilyas podiam ser parecidos em certos assuntos, СКАЧАТЬ