Confissões de amor. Sara Craven
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Название: Confissões de amor

Автор: Sara Craven

Издательство: Bookwire

Жанр: Языкознание

Серия: Sabrina

isbn: 9788413484945

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СКАЧАТЬ A Joanney pode conduzi-la ao seu quarto.

      A senhora Harrington deu uma palmadita na mão de Alanna.

      – Tenho de deixar-te ir, querida rapariga – disse, – mas teremos muito tempo para conversar.

      Joanne, a loira que antes estava sentada ao lado da sua avó, não só era bonita, como parecia claramente predisposta a ser amigável.

      – É melhor ela falar contigo do que comigo – confessou quando subiam as escadas. – A avó tem o costume de fazer perguntas cujas respostas já conhece. Mas isso não acontecerá contigo.

      Alanna confiou que assim fosse.

      – E tu sabes de literatura – prosseguiu Joanne. – Eu, a única coisa que leio é as revistas de coscuvilhices no cabeleireiro e a Kate é como eu, embora ela possa usar o Mark e o bebé como desculpa para não ler porque não tem tempo.

      Quando chegaram à parte de cima da impressionante escada de pedra, virou à esquerda.

      – Estamos aqui, na zona das solteironas, suponho, embora tu não o sejas, porque és a namorada do Gerard.

      – É um pouco cedo para chamar-me isso – disse Alanna com cautela. – Só andamos a sair há umas semanas.

      – Mas trouxe-te aqui. Expôs-te a todos os Harrington – Joanne soltou um risinho certeiro. – Decerto que a avó já esteve a analisar se as tuas ancas são boas para ter filhos. O pai dela tinha uma fazenda de garanhões em Tipperary e ela afirma ser descendente de Brian Boru. Portanto, quererá saber tudo da tua família. Não pode haver ramos suspeitos na árvore familiar.

      Alanna sobressaltou-se.

      – Estás a brincar.

      – Nem um pouco – Joanne fez uma careta. – Leva isso muito a sério – abriu uma porta. – Tu dormes aqui. Espero que fiques confortável – acrescentou, duvidando. – A casa de banho fica entre o teu quarto e o meu. É pequeno porque antes era um quarto de toucador, mas tem sempre água quente e ambas podemos fechar a porta dos quartos e não ouviremos ruídos quando uma ou a outra estiver lá dentro.

      Olhou para o seu relógio.

      – Venho buscar-te dentro de uns quarenta minutos. Parece-te bem?

      Alanna assentiu com a cabeça.

      Uma vez a sós, sentou-se na ponta de um colchão bastante duro e olhou em redor. Era um quarto antiquado, com uma janela estreita, e parecia mais escuro ainda por causa dos móveis pesados, de princípios do século anterior, e pelo papel pintado, cheio de grandes e chamativas rosas.

      Tinham deixado a mala aos pés da cama. Tirou o vestido de noite para o dia seguinte e arrumou-o no cavernoso armário.

      Decidiu que Joanne podia ser indiscreta além de simpática e que provavelmente deveria estar cautelosa com ela. Mas talvez fosse uma fonte de informação valiosa e talvez pudesse fazer-lhe algumas perguntas, como quem não quer a coisa.

      Porque tinha a impressão de que o outro neto de Niamh Harrington estava algo fora do círculo familiar.

      O seu primeiro instinto, uma vez mais, era fugir dali. Inventar uma urgência no trabalho e voltar para Londres. Mas isso faria Zandor Varga pensar que ela tinha medo dele e Alanna não queria dar-lhe esse prazer.

      O seu dilema imediato era o que vestir nessa noite. Claro, tinha levado um vestido, um de linho, preto e até ao joelho. Não era o que levava quando conheceu Zandor, mas parecia-se demasiado para seu gosto. Por outro lado, sentia-se já pegajosa com a roupa com que tinha viajado e a saia estava muito enrugada.

      Tomou um banho rápido na banheira antiquada, vestiu-se com rapidez e escovou o cabelo até este luzir. Pôs um colar de argolas de prata e acrescentou uma pulseira a condizer.

      Disfarçou a palidez com um pouco de blush e disfarçou as linhas tensas da boca com um batom rosa.

      Agarrou o frasquinho de perfume, mas hesitou. Usava sempre uma fragância de azáleas, da linha de Lizbeth Lane, uma jovem designer cuja loja tinha visitado com Susie ao chegar pela primeira vez a Londres. Pensou que Zandor a reconheceria se se aproximasse o suficiente e voltou a arrumá-la.

      Tentava acalmar-se com respirações de ioga quando Joanne bateu à a sua porta.

      – Pronta para o covil dos leões? – perguntou, animada. – Estás muito bonita. O teu cabelo tem uma cor incrível, é parecido com a mesa de mogno antiga da sala de jantar da minha outra avó, a avó Dennison.

      Suspirou.

      – Eras para ter ficado com outro quarto, mas Zandor chegou inesperadamente e mudaram-te. Ninguém sabia que virias. Suponho que é outra vez uma questão de dinheiro, o que significa a luta de sempre. Acho que é injusto fazer-lhe isso no fim de semana do seu aniversário. Por outro lado, suponho que devemos estar agradecidos por ele não ter trazido a Lili.

      Viu o olhar inquisidor de Alanna e corou.

      – Oh! Sou uma boca-aberta. Ouve, esquece que a mencionei, por favor.

      – Esquecido – assegurou-lhe Alanna, que acabava de comprovar que tinha acertado em cheio quanto ao talento de Joanne para a indiscrição.

      Mas era interessante que o senhor Varga precisasse de dinheiro, o que sugeria que talvez a Bazaar Vert se ressentisse também com a crise económica, como outros negócios importantes.

      Gerard não tinha mencionado nada disso, mas ela também não lhe tinha contado os seus medos sobre a compra de Hawkseye. Não estavam nesses termos.

      E agora já nunca o estariam, o que podia ser dececionante, mas não era o fim do mundo. Teria sido muito pior se ela e Gerard tivessem avançado mais na relação antes de descobrir a identidade do seu primo.

      Em qualquer caso, tudo aquilo terminaria dentro de quarenta e oito horas e ficaria livre para seguir com a sua vida.

      E não tinha necessidade de perguntar-se quem era Lili. Seria decerto a mais recente mulher a partilhar a cama de Zandor. Pois podia ficar com ele.

      – Cá estás tu, querida – Gerard foi ao seu encontro assim que entraram na sala, puxou-a para si e, para surpresa dela, deu-lhe um beijo demorado na boca.

      Quando levantou a cabeça, Alanna afastou-se, consciente de que tinha corado, não de prazer, mas de vergonha, e também de raiva por causa daquela segunda demonstração de um comportamento muito pouco característico nele.

      Dispunha-se a perguntar-lhe o que raio estava a fazer quando viu que Zandor os olhava com os seus olhos prateados brilhantes e uma cara que parecia talhada em pedra escura.

      Alanna atirou o cabelo para trás e forçou os lábios num sorriso sedutor. Zandor virou-se bruscamente e afastou-se.

      Gerard pegou-lhe na mão.

      – Anda cumprimentar a minha mãe.

      – Está melhor? – perguntou Alanna.

      O seu tom era forçado. Enquanto cruzavam a sala, era consciente dos olhares e encolhimentos de ombros que os presentes trocavam, como se a família de Gerard СКАЧАТЬ