Apaixonada Pelo Espião Americano. Dawn Brower
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Название: Apaixonada Pelo Espião Americano

Автор: Dawn Brower

Издательство: Tektime S.r.l.s.

Жанр: Историческая литература

Серия:

isbn: 9788835406327

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СКАЧАТЬ ao hospital de campanha.

      Virou-se lentamente e encontrou o olhar do soldado alemão. Ele segurava uma pistola, e ela estava apontada diretamente para William.

      – Não nos apressemos – disse ele ao homem. – Eu não quero ser alvejado hoje.

      Uma litania em alemão saiu da boca do soldado. O entendimento que William tinha da língua era bem limitado. Julian entendia muito mais que ele. Havia uma razão para William não sair da França com frequência. Ele era melhor no francês e no italiano. Deveria tentar arranhar o alemão se esperava que essa coisa de espionagem desse certo.

      – Infelizmente, não entendi absolutamente nada – disse ao soldado, e deu um passo à frente.

      Ele cuspiu mais algumas frases, mas dessa vez as falou com raiva. William ficou farto e fechou a curta distância entre eles. Eles lutaram pela arma, e ela disparou um estampido alto. Aquilo traria mais soldados. William tinha que pôr um fim à refrega e sair dali o mais rápido possível. Deu uma cotovelada no estômago do soldado, e ele se curvou.

      O homem puxou uma faca e a brandiu em direção a William, mas não foi rápido o bastante. Ela lhe deu um talho no flanco e uma dor aguda o invadiu. William gemeu e o socou no nariz. O soldado caiu, e William o chutou com força, então o socou na cara mais uma vez. Os olhos dele rolaram, e o homem perdeu a consciência. William soltou um suspiro de alívio e correu o mais rápido o possível para longe dele. Quanto mais se afastasse do soldado, melhor.

      Assim que se sentiu seguro, diminuiu o ritmo e começou a andar mais devagar. O flanco doía por causa do ferimento, mas não parou para ver o estado dele. Victoria iria costurá-lo assim que ele chegasse.

      William correu para o hospital de campanha no qual Victoria estava baseada assim que o viu. Fazia sete meses desde que a vira pela última vez, e mal podia esperar para tê-la nos braços. Ela tinha sido muito atenciosa quando foi sua enfermeira. Tinha até mesmo ralhado com ele alguma vezes por ter conseguido levar um tiro. Ela era maravilhosa, e ele a adorava. Victoria não ficaria feliz quando visse que tinha conseguido ser fatiado por uma faca.

      Às vezes, arrependia-se por ter se metido na guerra. Especialmente por seu país ainda não ter se juntado a ela. William acreditava que eles se juntariam, em algum momento, e queria já estar posicionado antes que isso acontecesse. Sentia que precisava fazer a sua parte em tornar o mundo um lugar mais seguro. William tinha um forte senso de dever.

      Victoria saiu da tenda e puxou uma capa de lã ao redor de si. Ela tremia um pouco e esfregava as mãos. O cabelo louro estava puxado para trás, preso em uma longa trança que caía até o meio de suas costas. William foi até ela. Victoria ergueu o olhar enquanto ele se aproximava e franziu o cenho até que o reconheceu.

      – William.

      Ela correu até ele e o abraçou com força.

      – Por que não me disse que estava vindo?

      – Não soube até hoje cedo, e quis fazer uma surpresa. – Ele se encolheu quando ela o abraçou com mais força. O ferimento no flanco estava doendo bastante.

      – O que é isso? – perguntou ela, dando um passo para trás. Victoria abriu o casaco dele e olhou. O sangue tinha encharcado a camisa de linho. Victoria suspirou. – Por que você sempre chega ferido?

      – Não estava nos meus planos, posso garantir. – Ele lhe lançou um sorriso. – Tive um pequeno desentendimento com um alemão enquanto vinha para cá. Ele queria que eu ficasse, mas, infelizmente, precisei insistir que ele me deixasse vir vê-la. Espero que perdoe a minha aparência. Não era assim que eu planejava chegar.

      – Venha comigo – ordenou ela. – Cuidarei do ferimento, e você poderá me contar tudo o que aconteceu desde a última carta.

      Eles foram em direção à tenda do hospital e ela o conduziu até os fundos. Ela fez sinal para que ele se sentasse em uma das macas e pegou os suprimentos para cuidar do ferimento.

      – Tire o casaco e a camisa. Preciso dar uma boa olhada no corte.

      – Você está tentando me ver nu, não está? – disse ele, despreocupado.

      Victoria olhou feio para ele.

      – Pode acreditar em uma coisa, essa não é a minha intenção.

      – Eu não quis dizer… – Ele suspirou. – Essa foi a minha lamentável tentativa de desanuviar as coisas. – William não estava lidando muito bem com a situação. Victoria parecia um pouco aborrecida com ele. Ela o cutucou, e ele deu um salto.

      – Desculpa – disse ela. – Não parece muito profundo. Você teve sorte; não vai precisar de pontos. Vou só fazer um curativo e então estará bom para ir.

      Ela trabalhou em silêncio até que cobriu o ferimento. Quando terminou, ela se afastou e lavou as mãos em uma pia ali perto.

      – Ficará por muito tempo?

      Por que ela lhe perguntou isso?

      – Você quer que eu parta?

      – Não foi o que eu disse… – Victoria afastou o olhar.

      William ficou de pé e a puxou para si. Ela veio para os seus braços e apoiou a cabeça em seu ombro. Queria confortá-la, mas chegou à conclusão de que aquilo era exatamente o que ele precisava. Abraçá-la e assegurar-se de que ela estava bem. Aquilo era tudo o que queria. Que Victoria estivesse segura e feliz…

      – O que posso fazer por você?

      – Já está fazendo – disse ela. – Mas talvez eu deva permitir que você termine de se vestir. – Victoria olhou para a camisa ensanguentada. – Tem outra camisa para vestir?

      – Não – disse ele. – Mas está tudo bem. Não me importo em usar a camisa suja por agora. Posso pegar outra mais tarde. – Não sabia onde, mas aquilo não importava. William não queria que ela se preocupasse. – Venha caminhar um pouco comigo.

      – Eu adoraria – disse ela, pegando a mão dele. Eles saíram da tenda e foram em direção às árvores. Estava frio, mas ele nem reparou. Ela estava com ele, e aquilo fazia todo o resto desaparecer.

      Passou a tarde com ela, e por algumas horas, ele ficou feliz. Foi capaz de esquecer que estavam na guerra, que tinha sido ferido mais cedo, e que teria que partir em breve. Ela lhe dava razão para ficar e lutar e esperar que, um dia, eles nunca mais se separassem.

      CAPÍTULO TRÊS

      Fevereiro de 1916

      Victoria suspirou enquanto saía do trem. Finalmente, estava em Paris. Teve o suficiente dos hospitais de campanha por uma vida. Não sabia o que esperar no hospital da capital francesa, mas ao menos não seria forçada a andar, frequentemente, pela lama. Aquilo tinha que ser uma melhora. Não que as coisas no lamaçal estivessem aquecidas esses dias… A lembrança daquilo estava cravada em sua mente. Ela tinha começado a odiar de verdade qualquer coisa que se parecesse com mistura de pó e água.

      Ela pisou na plataforma. Era um milagre os alemães ainda não terem destruído totalmente a linha férrea. Esperava que, em algum momento, viajar de trem fosse ser impossível. Ao menos não tinha sido forçada a caminhar até Paris.

      Levou СКАЧАТЬ