Название: Voltas No Tempo
Автор: Guido Pagliarino
Издательство: Tektime S.r.l.s.
Жанр: Научная фантастика
isbn: 9788893987080
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A primeira pergunta do professor foi sobre a geografia política da Outra Terra. A resposta tinha sido que o globo inteiro era nazista, não apenas a Europa, e estava organizado no Império Mundial da Grande Alemanha que compreendia tanto os protetorados conduzidos por um governador alemão, como os Estados Unidos da América, a Rússia, a Suíça e a maioria dos Estados afro-asiáticos começando por aqueles ex-islâmicos, tanto reinos-fantoche, quanto o da Itália governado por um rei de nome Paul Adolf II: os monarcas locais tinham que adicionar Adolf a seu próprio nome. Quanto ao Império Mundial, o Estatuto nazista estipulava que, a fim de subir ao trono imperial, na morte ou derrubada violenta do imperador anterior – isso tinha acontecido apenas uma vez em 2069 –, o sucessor fosse eleito pela SS, um pouco como tinha sido para os Césares numa certa época da Roma Imperial, alçados ao trono pelas legiões; também estipulava que o recém-eleito deixasse totalmente os próprios primeiro e último nome e se tornasse Adolf Hitler. Um Adolf Hitler V estava agora no trono, ninguém menos que Kaiser do Universo; o Império, no entanto, de fato, incluía apenas poucos mundos além da Terra, a Lua, onde havia uma base científica, os planetas do sistema solar, dos quais apenas Marte, a partir de quando havia sido artificialmente mudado o clima, era habitado por poucos colonos, e, finalmente, alguns mundos de outras estrelas em que, por enquanto, havia apenas missões de estudo, entre as quais estava a expedição do charuto 22com o fato de que a cronoespaçonave tinha acabado de voltar à órbita terrestre. Os alemães chegaram a um muito grande poder graças, inicialmente, a um assalto tecnológico de partes do disco precipitado e recuperado pelos italianos na SIAI Marchetti de Vergiate: obviamente o Arquivo falava, em termos muito lisonjeiros, de uma brilhante operação militar realizada por gloriosos idealistas germânicos. Igualmente sabia-se que, para revelar aos alemães a existência e a posição do disco, tinha sido uma certa Claretta que Mussolini, descuidado como sempre da moral familiar, mantinha como sua amante fixa, mulher trinta anos mais jovem do que ele. A partir de fevereiro de 1933, ela tinha aceitado um contrato com os serviços secretos nazistas, por 2.000 liras por mês, que, naqueles tempos, era uma soma importante. A miserável não tinha percebido o problema que poderia ter vindo para a Itália a partir das suas escapadas junto aos alemães de notícias coletadas entre as dobras dos lençóis do Grande Chefe. Rezava o Arquivo que os italianos ingênuos tinham acreditado, por muitos anos, que tinham sido os ingleses, tidos como os construtores do disco, a realizar o roubo e que, além disso, tinha sido completamente eficiente o sigilo germânico, não só no que diz respeito à operação Patriota, como tinha sido definida convencionalmente, mas também nas atividades de estudo subsequentes, cuja direção tinha sido pessoalmente confiada por Hitler aos engenheiros Hermann Oberth e Andreas Epp: as obras haviam demandado anos, as bombas de desintegração e os discos voadores alemães tinham sido desenvolvidos somente no começo de 1939, após diversas tentativas, graças paradoxalmente a Mussolini com a aproximação agora estreitíssima entre a Itália e a Alemanha, mesmo antes do acordo entre os dois Países do assim chamado Pacto de Aço militar firmado em 22 de maio de 1939: o ditador italiano, agora psicologicamente subjugado pelo poder econômico e bélico demonstrado pelo Terceiro Reich, tinha fornecido a Hitler um dossiê sobre o disco capturado pela Itália e sobre os avistamentos de outros objetos voadores não convencionais e, mediante pedido específico, tinha até permitido que os físicos e engenheiros alemães participassem no projeto do Gabinete RS/33 sobre o que restava do disco, que tinha sido enquanto isso transportado para a nova base de Guidonia. Finalmente, foi precisamente a partilha de informações concedida pelo agora fraco e confuso Mussolini que determinou o pleno sucesso da operação de retroengenharia dos alemães: a Alemanha tinha feito trinta e um discos funcionais, equipados cada um de quatro mísseis com outras tantas bombas de desintegração; eles haviam sido construídos e testados em uma base a cerca de dez quilômetros de Bremerhaven, localizada na costa do Mar do Norte, na terra de Bremen; as bombas tinham sido fabricadas e testadas na localidade de Peenemünde, na ilha de Usedom em frente à costa báltica do Reich, tendo sido anteriormente evacuada a pequena população civil ali residente, assim como, por muitos quilômetros em extensão e profundidade, tinha sido limpa a costa frontal à ilha. A partir do momento do desenvolvimento de discos, mísseis e bombas, foi necessário aos nazistas ainda mais alguns meses para treinar aviadores para pilotar os mesmos discos na atmosfera e em voo suborbital, sob a liderança do ás da força aérea nazista Rudolph Schriever, bem como no uso de mísseis, obviamente lançados durante os exercícios sem as bombas de desintegração, substituídas por dispositivos com explosivo convencional. No início de julho de 1939, a Alemanha tinha entrado na guerra sem aviso prévio e, ao contrário do que narrava a História tradicional, na Outra História tinha-a vencido e quase imediatamente: em primeiro lugar, a partir dos fliegender scheiben – discos voadores – em voo suborbital, mísseis antigravitacionais haviam sido lançados em várias cidades da Grã-Bretanha, da França, da União Soviética e dos Estados Unidos da América, armados com bombas de desintegração, idênticas àquelas disponíveis para as naves de transporte para desembarque das cronoastronaves. Como tinham intuído Valerio Faro e aqueles que, por detrás de seus ombros, assistiam à pesquisa, o fato de que os discos tinham percorrido apenas subórbitas era devido a terem sido ainda imperfeitos, para o momento, em comparação com o protótipo que veio do futuro.
A Outra História prosseguia de forma completamente arrepiante, na perda de todo o valor espiritual e no triunfo do ateísmo absoluto. A pessoa tinha sido reduzida a um nada, mero peão do Império Nacional Socialista. Obviamente, o Arquivo Histórico Central exaltava essas coisas como uma conquista preciosíssima da humanidade, confusa esta com a pseudorraça ariana, enquanto subumanos eram considerados todos os outros seres humanos. Após a guerra relâmpago de 1939, progressos adicionais tinham sido feitos nos discos voadores, até chegar ao o voo orbital e depois ao espacial sub-luz: a Alemanha tinha chegado já na Lua em 1943 com os quatro homens da Luftwaffe, retornados à Outra Terra sãos e salvos, e, em 1998, seis aviadores nazistas, dos quais cinco alemães e um austríaco, com um disco muito maior do que os anteriores, projetado e propositadamente realizado, tinha desembarcado pela primeira vez em Marte e de lá retornado. A verdadeira colonização do planeta vermelho, no entanto, tinha ocorrido, como por outro lado no mundo de Valerio e Margherita, apenas com a criação das croonoastronaves, projetadas na Outra Terra em 2098, inteiramente um produto da engenharia nazista desta vez, bem como na Terra tinha sido da engenharia dos Estados Confederados da Europa alguns anos antes: a jornada experimental no espaço-tempo de astronautas nazistas tinha ocorrido em 2105, dirigido para o próximo sistema duplo Alfa Centauri A e B, sem descer em planetas: quase como tinha sido para a Terra, que tinha conquistado o espaço profundo em 2107, com uma viagem de circunavegação da estrela Próxima Centauri, a 4,22 anos-luz de distância do nosso Sol, e retorno imediato. Não constava, no entanto, no Arquivo que os nazistas da Outra Terra tinham feito viagens no tempo: talvez com medo de mudar a História para seu próprio prejuízo? Assim, nem mesmo houve uma expedição em 1933 para estudar o fascismo e, como Margherita e os outros tinham considerado, o disco capturado pelos italianos e roubado pelos alemães tinha vindo do futuro da Terra e não da Outra Terra. Valerio também tinha questionado o Arquivo sobre o tempo antes da década de 1930: desde o alvorecer da civilização até junho de 1933 a Outra História tinha sido idêntica à História.
"Eu acho que neste momento," a comandante da tripulação declarou à tripulação e aos cientistas, "não nos resta outra coisa que saltar para o passado e tentar mudar as coisas."
Mal tinha acabado de terminar a sentença, os computadores de bordo tinham colocado em alerta vermelho o charuto: eles tinham detectado um disco, certamente amigo, daqueles na dotação da nave 22, aproximando-se em velocidade máxima e, por trás dele, subindo a cerca de dez quilômetros abaixo, outros dois discos não identificados. Os computadores haviam avisado imediatamente após um lançamento de mísseis dos segundos contra o primeiro, enquanto o piloto amigo pedia desesperadamente ao charuto 22 para abrir o hangar com prioridade absoluta. Tinha sido feito. A manobra seguinte da navezinha tinha sido imprudente, com o risco de colidir com a cronoespaçonave e danificá-lo ou pior; o disco tinha, no entanto, entrado na garagem da espaçonave sem danos. Assim que a porta traseira СКАЧАТЬ